sábado, 1 de janeiro de 2011

A posse de Dilma Rousseff





Agência Senado





Dilma RousseffNeste sábado, 1º de janeiro de 2011, a primeira mulher a assumir a Presidência da República tomará posse no cargo. Dilma Vana Rousseff, 63 anos, economista, eleita com 55.752.529 votos, sairá às 14h da catedral de Brasília, em um Rolls Royce da Presidência e desfilará pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Congresso Nacional, onde assinará o termo de posse.



Só no Congresso foram credenciados para acompanhar a cerimônia, com duração prevista de duas horas, 460 jornalistas, repórteres fotográficos e técnicos de comunicação. Os organizadores aguardam a presença de 1.700 pessoas no Plenário da Câmara dos Deputados, onde será realizada a cerimônia, e 20 mil na Esplanada dos Ministérios. Para cuidar da segurança da festa, estão escalados 3 mil agentes das Polícias Federal, Civil e Militar. Seis agentes federais do sexo feminino cuidarão da segurança pessoal de Dilma Rousseff.



Se o tempo estiver bom, Dilma desfilará sozinha no Rolls-Royce presidencial, seguida por um Cadilac ocupado pelo vice-presidente Michel Temer. A comitiva será acompanhada por batedores das Forças Armadas e pelos Dragões da Independência. A cavalaria virá atrás.



O cortejo que conduzirá Dilma ao Congresso será precedido de um caminhão ocupado por um pool de fotógrafos credenciados para a cobertura do evento.



Chegada ao Congresso



A partir da Alameda dos Estados, onde se inicia o gramado do Palácio do Congresso, o cortejo presidencial segue, sem escolta e sem carro de segurança à frente, até a rampa principal do Palácio do Congresso, onde deve chegar às 14h25.



Se chover, o percurso entre a catedral e o Congresso será feito em carro coberto e, em vez de subir a rampa, Dilma entrará no prédio pelo Salão Branco (conhecido como "chapelaria"), acesso que fica abaixo da rampa do Congresso Nacional.



Os chefes de Estado ou de governo devem começar a chegar ao Congresso às 13h30 e serão recepcionados no Salão Nobre pelo presidente do Senado, José Sarney, e pelo presidente da Câmara, Marco Maia.



No momento em que Sarney e Maia se dirigirem à rampa do Congresso para receber Dilma e Temer, esses convidados serão conduzidos ao Plenário da Câmara.



Ao desembarcarem dos carros, na chegada à rampa do Congresso, Dilma Rousseff e Michel Temer serão

recebidos pela chefe do Cerimonial do Senado, Mônica Freitas. Ela os conduzirá até a parte plana da rampa. Em seguida, Sarney e Marco Maia acompanham os eleitos através de duas fileiras ordenadas de Dragões da Independência posicionados desde o início da rampa até a entrada do Plenário. A chefe do Cerimonial seguirá sempre adiante das autoridades, indicando-lhes o caminho. O grupo segue pela rampa (ou pelo Salão Branco, se chover) e passa pelo Salão Negro e pelo Salão Verde em direção ao Plenário da Câmara dos Deputados.



Mãe na tribuna de honra



Nas primeiras poltronas do Plenário ficarão os representantes estrangeiros. Doze chefes de Estado e 30 autoridades internacionais, entre elas Hillary Clinton, a secretária de Estado do governo de Barack Obama, estarão em Brasília para a posse.



Também são aguardados os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez; da Colômbia, Juan Manuel Santos; do Peru, Alan García Pérez e os primeiro-ministros da Coréia, Kim Kwang-sik e do Haiti, Jean Max Bellerive.



São aguardados na cerimônia todos os ministros de Estado, governadores em exercício e eleitos, parlamentares atuais e eleitos e os presidentes dos tribunais superiores.



No Plenário da Câmara a sessão solene do Congresso será aberta pelo presidente do Senado, José Sarney, que preside a Mesa do Congresso. À mesa, Dilma Rousseff e Michel Temer vão sentar-se, respectivamente, à direita e à esquerda de José Sarney. À direita de Dilma vai sentar-se o deputado Marco Maia e, à direita deste, o deputado Rafael Guerra, 1º secretário do Congresso, incumbido de ler os termos de posse. À esquerda de Michel Temer, vai sentar-se o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal. À esquerda de Peluso, ficará o senador João Vicente Claudino (PTB-PI), 2º secretário do Congresso.



Compromisso constitucional



Dilma Rousseff e Michel Temer prestarão compromisso constitucional perante o Congresso Nacional. Será feita pelo 1º secretário da Mesa do Congresso, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), a leitura do termo de posse, que será assinado pelos dois. Nesse momento, Sarney declara Dilma Rousseff e Michel Temer empossados nos cargos de presidente e vice-presidente da República.



Todos os presentes ficam de pé para ouvir o Hino Nacional executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Será executada a versão completa do Hino Nacional. De acordo com o cerimonial, todos poderão cantar.



Dilma Rousseff, presidente da República, faz seu discurso. A previsão é que ela fale por cerca de 45 minutos. Em seguida, José Sarney também deverá discursar e, depois, declarar encerrada a sessão.



A presidente da República segue para o gabinete da Presidência do Senado, onde deverá retocar a maquiagem. Dali passa pelos Salões Azul e Negro e desce a rampa do Congresso.



O grupo então ouve a execução do Hino Nacional pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial, com salva de 21 tiros dados por canhões localizados no gramado em frente ao Palácio do Congresso.



Dilma Rousseff será então convidada pelo comandante da Guarda de Honra a passar a tropa em revista. Se o dia for chuvoso, a parte da cerimônia ao ar livre fica suspensa.



Discurso no parlatório



Dilma seguirá no mesmo carro em que chegou ao Congresso para o Palácio do Planalto, onde receberá de Luiz Inácio Lula da Silva a faixa presidencial.



Depois de entregar a faixa presidencial, Lula descerá a rampa do Palácio do Planalto ao som do Tema da Vitória, música executada tradicionalmente nas vitórias obtidas por pilotos brasileiros em corridas de Fórmula 1.



Em seguida, Dilma irá ao parlatório, espécie de tribuna externa do Palácio do Planalto, de onde discursará para a multidão na Praça dos Três Poderes,.



À noite, Dilma Rousseff receberá convidados para um coquetel no Palácio do Itamaraty, onde são esperados 2 mil convidados.

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Manoel Messias Pereira

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