sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Reflexão Literária - Manoel Messias Pereira , Castro Alves,noticias da Universidade de Évora

poesia de Manoel Messias Pereira

o cemitério



O silêncio
teórico
dos formalistas
em sessões
poéticas,
e as tentativas
de uma
reescritura
a beira
de um
túmulo,
polidez
em busca
de uma
nova história,
com
o silencio,
entre
flores,
e um abraço
de quem
entende
que todos
morrem,
mas ninguém
desejas,
e chora,
em silencio.


Manoel Messias Pereira
poeta 
São José do Rio Preto - SP




Poesia de Castro Alves


A um coração


"Coração de Filigrana de Oiro"


Ai! Pobre coração! Assim vazio
E frio
Sem guardar a lembrança de um amor!
Nada em teus seio os dias hão deixado!...
É fado?
Nem relíquias de um sonho encantador?


Não frio coração! É que na terra
Ninguém te abriu... Nada teu seio encerra!
O vácuo apenas queres tu conter!
Não te faltam suspiros delirantes,
nem lágrimas de afeto verdadeiro...
É que nem mesmo — o oceano inteiro —
Poderia te encher!...

Castro Alves
poeta brasileiro

Castro Alves - BA - Brasil

Nelso Gonçalves interpreta Cartola


Professora Ofélia Paiva Monteiro

Cerimónia de Entrega do Prémio Vergílio Ferreira 2014
Na próxima segunda-feira, dia 3 de março, pelas 15 horas, tem lugar na Sala dos Atos da Universidade de Évora, no Colégio do Espírito Santo, a cerimónia de entrega do Prémio Vergílio Ferreira. Este ano o galardão distingue Ofélia Paiva Monteiro, Professora Catedrática aposentada de Literaturas Francesa e Portuguesa da Universidade de Coimbra.

O júri decidiu atribuir o prémio a Ofélia Paiva Monteiro pelo seu “perfil de grande investigadora e de autora que brilha pela profundidade e subtileza especulativa na sua vasta obra ensaística, que incide particularmente em Almeida Garrett, mas também em outros autores marcantes da literatura portuguesa.”

O Prémio Vergílio Ferreira, instituído pela Universidade de Évora em 1997, destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio. Um prémio que pretende homenagear o escritor de “Aparição”, que entre 1945 e 1958 lecionou no Liceu de Évora, período da sua vida que acabaria por influenciar a sua obra

Nota Biográfica de Ofélia Paiva Monteiro

Desde que, em 1965, publicou a sua tese de Licenciatura (sobre D. Francisco Xavier de Meneses), a Doutora Ofélia Paiva Monteiro tem-se afirmado como figura de referência em vários domínios dos nossos estudos literários. Integrando-se numa geração onde a história da literatura se constituía como dominante, concedeu sempre ao texto uma atenção destacada, assumindo-se como intérprete fina de estruturas, estilos e subjetividades. Professora de Literaturas Francesa e Portuguesa na Faculdade de Letras de Coimbra (entre 1959 e 1999), não se limitou a investigar uma e outra, assumindo perspetivas de comparatismo fecundo e muitas vezes inovador. Tendo-se dedicado primacialmente a Garrett (com quem construiu, ao longo de décadas, uma forte intimidade intelectual e cuja edição crítica vem dirigindo, desde há 8 anos, com notáveis resultados), não deixou de visitar, em registo de articulação periodológica, nomes como Camões, Herculano, Stendhal, Castilho, Victor Hugo, Eça de Queirós, André Gide, Vergílio Ferreira entre muitos outros.

Fonte: Uma Coisa na Ordem das Coisas. Estudos para Ofélia Paiva Monteiro (coord. Carlos Reis, José Augusto Cardoso Bernardes e Maria Helena Santana), Coimbra, IUC-CLP, 2013

Galardoados com o Prémio Vergílio Ferreira

Maria Velho da Costa (1997); Maria Judite de Carvalho (1998); Mia Couto (1999); Almeida Faria (2000); Eduardo Lourenço (2001): Óscar Lopes (2002); Manuel de Aguiar e Silva (2003); Agustina Bessa-Luís (2004); Manuel Gusmão (2005); Fernando Guimarães (2006); Vasco Graça Moura (2007); Mário Cláudio (2008); Mário de Carvalho (2009); Luísa Dacosta (2010); Maria Alzira Seixo (2011); José Gil (2012); Hélia Correia (2013).

JS | UELINE

Roberto Carlos

Boa Música - Alta Sensibilidade e Espirituosidade - Adrina Calcanhoto








Sempre um cano cai bem, em nossos ouvidos em nosso coração, como um mágica feita por quem tem a paz, a leitura de uma vida e um violão. Ouvir Adriana da Cunha Calcanhoto, seja ela Adrina Partimpim ou Adrina Calcanhoto, é a ternura que canta. Já ganhou o Premio Grammy Latino da melhor canção e de melhor album infantil. Ouviremos com atenção.

Filme Reflexivo - Cristiane F - treze anos, drogada, prostituída





Christiane Vera Felscherinow, mais conhecida como Christiane F. (Hamburgo, 20 de maio de 1962), é uma escritora e blogueira alemã, ex-viciada em heroína, que se tornou célebre por contribuir para o livro autobiográfico Wir Kinder vom Bahnhof Zoo, publicado e editado pela revista alemã Stern em 1978 e que descreve sua luta contra o vício durante a adolescência.


Mudou-se para Berlim em 1968 com os pais e com a irmã mais nova. Morou primeiramente no distrito municipal de Kreuzberg, depois no distrito municipal de Neukölln. Mas foi no bairro de Groppiusstadt, onde Christiane começou a envolver-se com as drogas ao frequentar o Grupo de Jovens. Em 1974, aos 12 anos de idade, começou a fumar maconha e consumir medicamentos como Valium e Mandrix, além de LSD.

Boa Sessão

Fatos Históricos importantes do dia 28 de fevereiro



Em 28 de fevereiro de 1927 - Em Londres grande manifestação operária contra a condenação a morte dos imigrantes Nicolas Sacco e Bartolomeu Vanzetti.

Em 28 de fevereiro de 1935 - O comunista do PCP Acácio Jose da Costa acaba indo preso por agitação no Barreiro nas oficinas do caminho de ferro.
Chiquinha Gonzaga


Em 28 de fevereiro de 1935 - Faleceu a compositora e pianista Chiquinha Gonzaga.
Em 28 de fevereiro de 1959 - A voz Operária do PCB foi substituida pelo Semanário Novos Rumos
Tereza Cristina


Em 28 de fevereiro de 1968 - Nasceu a cantora Tereza Cristina no Rio de Janeiro


Em 28 de fevereiro de 1980 - Fundação do grupo Quilombhoje Literatura


Em 28 de fevereiro de 1985 - Ulisses Guimarães é eleito presidente da Câmara dos Deputados

Em 28 de fevereiro de 1989 - Falece Aurelio Buarque de Holanda Ferreira, lexicógrafo, filólogo e ensaista brasileiro.
Em 28 de fevereiro de 2012 - Em Gaibim é lançada o Projeto Encruzilhada de Direitos com o curso de Formação de Raça, Gênero e enfrentando à violência contra as mulheres Negras no Baixo Sul, no Reconcavo, Pietmonte do Itapicuru, Sisal e Chapada Diamantina

Camarada Lenina falou em nome do PCB no Congresso do MST



Camarada Lenina falou em nome do PCB, no Congresso do MST

 MOVIMENTOS - POPULAR



O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST – comemora seus 30 anos de luta e vitórias com a proposta de radicalizar a luta pela reforma agrária. O lema “Lutar, Construir Reforma Agrária Popular” apresentado no IV Congresso Nacional e que contou com a presença de 15 mil delegados tem como objetivo repensar as ações, tarefas, desafios e do papel do Movimento nesse período histórico que se abre.

O Programa Agrário busca ampliar as lutas conjuntas com demais movimentos, da cidade e do campo e ampliar a atuação junto às bases. Segundo o documento “busca mudanças estruturais na forma de usar os bens da natureza, que pertencem a toda sociedade, na organização da produção e nas relações sociais no campo. Queremos contribuir de forma permanente na construção de uma sociedade justa, igualitária e fraterna.” Uma nova forma de agricultura, diferente do modelo capitalista, que seja voltada ao povo brasileiro. “Para isso precisaremos lutar e fortalecer nossa organização e a qualificação das nossas lutas para promovermos, junto com toda a classe trabalhadora, as mudanças estruturais da sociedade capitalista” (Programa Agrário do MST).

Na quinta-feira, 13 de fevereiro, aconteceu o Ato Político em apoio à Reforma Agrária. O PCB, em nome do Comitê Central leu uma nota política de apoio e um poema do camarada Mauro Iasi escrito especialmente para a comemoração dos 30 anos. Quem falou em nome do PCB foi a militante do partido, membro do CR de São Paulo, Lenina Vernucci da Silva. Lenina, além de representar o partido, estava como delegada pelo NARA – Núcleo de Ação pela Reforma Agrária e foi a única mulher a falar no ato político. Em entrevista, conta um pouco da sua luta junto ao MST.

O que é o NARA e como funciona sua atuação junto aos assentamentos e acampamentos do MST?

Lenina: O Núcleo de Ação pela Reforma Agrária atua em São José do Rio Preto, interior de São Paulo desde 2005. Foi criado por diferentes partidos políticos na época (PCB, PT, PSOl) e outros idealizadores para auxiliar na luta de um acampamento que chegava à região. Quem nos procurou foram os membros do MST e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) do Assentamento Reunidas, em Promissão, um dos mais antigos do estado de São Paulo e possui uma forte militância, principalmente a Agrovila Campinas. Desejavam, há muito tempo, realizar um trabalho maior campo-cidade. A cidade, por meio do nosso núcleo, teria como papel: ajudar a divulgar a luta pela terra, mostrando um olhar diferente do propagado pela mídia; acompanhar os acampamentos que se formariam; fazer trabalho de base junto às famílias acampadas e assentadas. Futuramente poderia se tornar um núcleo urbano para agregar as famílias interessadas em voltar às raízes (um trabalho que ainda não começamos).

Mas você é sem terra?

Lenina: Segundo o lema do movimento “enquanto houver um sem terra, somos todos sem terra” eu me considero sim, ideologicamente e politicamente. Mas na prática não, sou da cidade, não tenho passado rural e nem interesse em batalhar por um lote meu. A minha luta é por justiça social, por reforma agrária e pelo fim da grande extensão de terras no país. Acredito que a cidade precisa se envolver nesse amplo debate para que se tenha uma nova forma de sociedade. O fim do latifúndio é uma luta de todos.

Como você avalia o 6° Congresso Nacional do MST?

Lenina: Foi muito emocionante ficar uma semana ao lado de trabalhadores e trabalhadoras na construção de um programa de luta pela terra e transformação social. O MST é um dos maiores movimentos sociais da contemporaneidade e ainda consegue, depois de 30 anos, despertar os maiores amores e temores possíveis. Tem muita força e coragem. Mas precisa se posicionar mais, precisa ter mais ousadia para romper definitivamente com o governo e ampliar sua atuação junto às classes trabalhadoras. Precisa – e senti falta desse posicionamento mais claro – definir concretamente um programa de ação mais radical, de ruptura com o sistema. A marcha, ocorrida dia 12, foi indício de que 2014 irá ampliar as jornadas de luta, irá mais para o embate. É isso que espero que ocorra.

Qual a importância do apoio demonstrado ao MST pelas várias entidades e organizações na luta pela Reforma Agrária?

Lenina: Naquele espaço estavam reunidos desde as organizações de esquerda até as mais moderadas e de centro, além de setores da Igreja e do governo. Isso é fantástico e ao mesmo tempo complicado. É fantástico ver como o movimento consegue agregar tantos apoios, o que mostra a atualidade de sua luta e sua beleza. Mas também mostra o quanto ainda está apegado ao governo e isso pode comprometê-lo. É preciso, como foi dito em uma das mesas, definir de que lado ele samba. Saí do congresso muito renovada e com certeza de estar cada vez mais junto ao movimento, levar para o NARA e para a cidade de Rio Preto como um todo, a experiência e aprendizado que o congresso proporcionou, mesmo que a resposta de ruptura não tenha sido dada. Isso significa que é um espaço em disputa muito importante e que nossa luta deve ser ainda mais forte.

Trinta anos

(aos 30 anos do MST)

Trinta anos não são trinta dias,

Um mês, mesada

São muitas águas passadas

Muitas que ainda hão de passar.

Trinta anos é uma vida Menina bonita, mulher,

Menino que virou rapaz,

Uma estrada que já deixou de longe

A porteira, muita gente com saudade,

Os pés doídos da caminhada

um vazio no peito da pessoa amada

e uma vontade doida de chegar.

Trinta anos é uma caminhada,

Marcha, movimento, jornada,

Muita pedra chutada,

Muita cerca arrancada

Muita esperança plantada

E também as coisas erradas

Que ajudam a acertar o rumo

De verdade onde queremos chegar.

Trinta grãos de areia na praia do tempo

Trinta gotas de sangue no mar do povo

Trinta badaladas navegando no vento

Anunciando o novo tempo que vai chegar

Quem tem seus noventa saiu na frente

E as vezes fica pra trás,

mas não nos perdemos,

pois temos um encontro marcado

No dia que este mundo vai mudar.

Mauro Iasi

Curso de Extensão Universitária Africana e Afro Brasileira em Matão


Comissão da Verdade acusa general por morte de Rubens Paiva


Comissão da Verdade acusa general por morte de Rubnes Paiva
Por Bernardo Mello Franco
RIO DE JANEIRO, RJ,  (Folhapress) -

 A Comissão Nacional da Verdade acusou hoje o general reformado José Antonio Nogueira Belham, 80, pela morte do deputado Rubens Paiva, preso e torturado pela ditadura militar.

O parlamentar era perseguido pelo regime e foi preso em 20 de janeiro de 1971. Morreu no dia seguinte, após sofrer espancamentos em bases da Aeronáutica e do Exército no Rio.
Belham comandava o DOI-Codi carioca, onde a vítima foi vista pela última vez. Ele foi ouvido pela comissão em 2013 e negou participação no caso. Após o surgimento de novas provas, recusou-se a prestar outro depoimento.

"O general Belham tem total ciência dos fatos ligados à morte e à ocultação do corpo de Rubens Paiva", afirmou o coordenador da comissão, Pedro Dallari.
"Ele está vivo, sabe o que que aconteceu e tem a obrigação moral de dizer onde estão os restos mortais", acrescentou.

A Comissão da Verdade também apontou, na quarta-feira, o então tenente Antonio Fernando Hughes de Carvalho, morto em 2005, como um dos assassinos de Rubens Paiva. Ele foi visto por dois militares agredindo o deputado.

A comissão vai pedir à Câmara dos Deputados que instale uma CPI para obrigar o oficial a depor. Em 2012, a Casa devolveu simbolicamente o mandato de Paiva, cassado pelos militares em 1964.
Belham não foi localizado ontem, e o Exército voltou a se recusar a dar informações sobre o caso.
Rosa Cardoso, da Comissão da Verdade, disse que o órgão se esforçará para descobrir o paradeiro do corpo até o fim do ano. Ela comparou o caso ao desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, no Rio.

"A sociedade, assim como no caso do Amarildo, ainda se pergunta onde está Rubens Paiva. A dúvida não cala."
Novas provas
Belham disse estar de férias quando Paiva foi preso. Mas a comissão descobriu documentos que atestam que ele não só estava no local como examinou papéis apreendidos com o deputado.
Além disso, duas testemunhas disseram ter avisado ao general que Paiva estava gravemente ferido pelas sessões de tortura, com hemorragia abdominal, e precisava ser hospitalizado com urgência.
Isso não ocorreu. Após a morte, militares do DOI-Codi encenaram uma farsa para sustentar que o deputado teria sido libertado em ação da guerrilha. A versão foi derrubada recentemente pelo coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Reflexão Literária - Edvaldo Jacomelli, Allen Gisberg e Manoel Messias Pereira

poesia de Edvaldo Jacomelli
FORNALHA DA PAZ

Edvaldo Jacomelli

Estão cozinhando granadas em banho-maria
Estourando estilhaços contra a paz
Fervendo o ferro para fundir miolos
Construindo desilusões
Estão escrevendo uma história sangrenta
Lapidando ogivas
Fabricando lágrimas
Enlatando a fome
Soltando bombas na noite bela
Dragando canais
Queimando o solo
Esburacando a alma
desnutrindo o sentido da vida
Estão poluindo os vales
Codificando a amizade
Computando o diálogo
Intelectualizando a maldade
Adulterando valores sociais
Fazendo sopa com a sabedoria divina
Esculpindo totens para a fraqueza carnal
Treinando letras garrafais nos jornais obscenos
Estão despindo a boa-vontade
Cicatrizando as marcas da descrença
Sangrando os passos do otimismo
Ateando fogo nos edifícios da honra
Lesando a caridade,
Estão frutificando genes cibernéticos
Congelando sentimentos relevantes
Coagulando vozes esquecidas nas consciências
Engolindo a erosão dos fatos embaralhados,
tontos de olhar para pontos-de-fuga
Nessa bacia de emoções saltitantes
Coloco em minha fornalha da paz
O livro de Cupido e a flecha do amor
Para que os átomos da inteligência escutem:
O grito de sangue
Dedilhando o vago na esperança da magia
Esperando a gravidez de a estrela gerar
A compreensão
E que o infinito mostre aos homens o fim da violência
Explodindo-os de alegria
E amor pelo irmão…

Edvaldo Jacomelli
poeta e cronista
de Irapuã para São José do Rio Preto- SP

2º lugar VIII Festival Rio-pretense de poesias – jun 1988
2º lugar II Concurso de Poesia da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal – dez 1988
Gilberto Gil


Poesia de Allen Gisberg

Presença em Gales

Neblina fina que sobe o morro e descamba
rios de vento que alisam árvores.
De cada
nuvem que ondula explode e passa um mesmo giro fundo evapora
por cima de samambaias que prendem
a pedra verde em franja mansa
vista através da vidraça enquanto chove no vale
Bardo, ó ser, Visitacione, não fale
nada ou então diga somente o que esse homem já viu num vale em Álbion
um povo cuja ciência termina na coerência ecológica
das sábias relações terrestres
dez séculos de trama tecida de olhos bocas visíveis
pomares da linguagem da mente humanifesta
um cardo em simetria satânica uma planta eriçada
florindo no chão veloz sobre um centro
de leves margaridas irmãs angelicais como lampadas -
Além de Londres sua torre de espinhos suas cenas simétricas
de TV em cadeia & o Ser do Bardo barbado, onde lembrar
um dia como hoje no morro a nesga de carneiros balindo árvores
no ouvido do velho Blake & a velha calma de Words -
worth com os mudos pensamentos nela
nuvens no esqueleto dos arcos passando em Tintern Abbey -
Bardo Sem Nome do vasto assombro de tudo, rumor!
Uma só coisa, o vale se esticava tremendo, o vento
deitava em lençóis de musgo,
grande força redonda que afogava a neblina na água fina vermelha
dos riachos da encosta
cujas ramas se torciam caladas
calcadas em mistura granítica -
e erguia também do chão o Espaço Nébulo erguia o braço
das árvores e o capim do instante
mantinha erguidos os carneiros parados
alçava, numa onda solene, o dorso verde

Sólido pedaço no Céu, gota de vale,
toda a imensidão diminuta rolando em Llanthony Valley,
em toda a área da Inglaterra coesa, vale em vale, sob o risco
das doces toneladas do oceano do Céu
Céu que se equilibra num fiapo de grama
urro do morro vento lento e esse corpo
um Ser, um perto Algum, visão da encosta
cosendo em brilho e calma os equilíbrios fluindo,
um gesto vara o escuro céu-chão e são milhões de margaridas que o fazem,
é o gesto de uma Força Serena que induz o mato molhado
até a rama mais distante de neblina fina aspergida
na corola do morro -
Nenhuma imperfeição no morro em flor
Os vales respiram, céu e terra andam juntos
margaridas engolem polegadas de ar verduras vergam
átomos piscantes vegetam no capim em mandalas
manchas espalhadas ruminam com olhos de carneiro vazios
cavalos dançam na chuva quente
árvores ladeiam canais em rede viva nos campos
ermos paredões frutificam
seios de espinheiros desabrocham colinas
passam roceiros ermos cuspindo samambaias e ervas -
passar entrar cair rolando no oceano de sons, rajadas
cair no chão ó mãe ó grã-Mãe Úmida, jamais uma lesão em teu corpo!
Pare vendo de perto, nada é imperfeito no mato,
todaflor cada olhoflor um Buda, e a história se repete,
a alma multiforme ajoelha
perante botões quentes inquietos erectos, sinos
dobrados no caule trêmula antena,
& olhe vendo de dentro nos carneiros que espiam
paradamente respirando sob folhas e gotas -
Deito e misturo a barba no morro em pelo viscoso
cheirando ileso o chão-vagina provando
úmidas emanações violetas de penugem de cardo -
Um ser tão vasto, em tão vertiginoso equilíbrio, que seu sopro mais fino
afasta no assoalho dos olhos a flor mais quieta do vale
treme em rendas de águateias na lãcapim dos carneiros
suspende copas e raízes, pássaros na grande corrente
levando o mesmo peso na chuva, a força eclusa
gemendo chamando terra
coração, junção de espantos.
O grande mistério é o não-mistério
os sentidos correspondem aos ventos
o visível é visível
o vale em ondas anda com uma barba de chuva
átomos cinzentos desaguam na cabala do ar.
A mente está de pernas cruzadas
imóvel numa pedra e respira
está elástica no capim mole e respira
na beira de margaridas brancas na estrada.
O sopro do Céu desce ao umbigo,
minha própria simetria descamba, sopram samambaias rasgadas
cujas frondes me aspiram, sopra o mesmo agora
vento de Capel-Y-Ffn, sons de Aleph e Aum
na vegetação dos ossos
na massa de cartilagens-paisagens
crânios e colinas iguais numa só Álbion.
Que foi que eu vi? Detalhes. A
visão do grande Um pluriforme -
marcas de fumaça subindo
no calor silencioso da casa
marcas de uma noite que embarca
vazia de estrelas
porém ainda molhada de gestos no céu preto dos ventos.


Allen Gisberg

poeta norte americano
da geração beat
Nova York - EUA.



Poesia de Manoel Messias Pereira
Globalização

Vejo o ser vivo,
cético, amargo,
e a globalização
numa fundação
de conexão
do capital
e desconexão
internacional
em que não há
uma seguridade social
o um salário mundial
com o direito igual
como imaginou o velho Karl,
pra imperar a paz universal
o direito de comer
de vestir, de crescer
de respeitar e ser respeitado,
em qualquer parte
deste planeta,
mas almas capitalesca
tidas como desbravadoras,
só sabem ser e,
são exploradoras,
agentes do sofrimento e morte,
e a tal liberdade
sonhada está sim alicerçada,
num engano. Desculpe.

Manoel Messias Pereira

poeta
São José do Rio Preto - SP
Gabriel Pensador

Filme Reflexivo - O Crime do Século - Direito Penal



Filme “O Crime do Século”
Cirilo Veloso Moraes
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Em 20 de maio de 1927, o norte-americano Charles Lindbherg cruzou o Atlântico em um avião monomotor, naquela que foi considerada a maior aventura da primeira metade do século. Por sua bravura o jovem piloto tornou-se herói nacional, ícone de toda uma geração de jovens americanos, sendo até hoje reverenciado por seu prodígio. Mas o fato mais marcante de sua atribulada vida não foi exatamente o ato heróico que o tornou famoso ou a posterior acusação de traição quando foi condecorado pelo Governo Nazista, mas uma tragédia de proporções históricas que sobre ele abateu-se: o seqüestro e morte de seu filho menor de 02 anos de idade. É disso que trata o filme O Crime do Século (Crime of the Century).
Cinco anos após a extraordinária façanha de cruzar sozinho o oceano Atlântico, o filho de Charles Lindbherg foi seqüestrado de sua residência em Louisiana. Este é o ponto de partida do filme naquele que se tornou o mais rumoroso julgamento do século naquele País.
Bruno Richard Hauptman, simples carpinteiro imigrante alemão, é a personagem principal do drama relatado no filme. De forma surpreendentemente acidental Hauptman vê-se envolvido no seqüestro do bebê Lindbherg e a partir daí desenvolve-se toda a trama caracterizada pelo confronto entre a angústia de um homem em sua luta para provar inocência e a comoção de toda uma Nação na ânsia para encontrar e punir os responsáveis pelo crime.
O filme mostra com clareza a condução do processo pelo Promotor de Justiça, David Wilentz, que inicialmente investigativo passa a tomar contornos de verdadeira armadilha para a imputação de culpa a Hauptman que jura inocência desde o início. A manipulação das provas materiais contra Hauptman (exame grafotécnico e pericial de objeto do crime) aliada à condução das provas testemunhais levam ao que seria o erro judiciário do século naquele País.


Boa Sessão

Boa Musica - Alta Sensibilidade e Espirituosidade - Paulinho da Viola






Um momento sentimental, de que temos a instaurar na Tela da Reflexão, ter Paulo Cesar Batista Faria, o nosso Paulinho da Viola, no foco e estabelecer o Samba de qualidade, a ternura de um grande compositor, a elegância de um cantor, que foi timoneiro, deixou um rio passar na nossa vida, sem perder a ternura jamais. Vamos ouvir esse menino da Portela.

Fatos Históricos importantes do dia 27 de fevereiro

Em 27 de fevereiro de 1825 - A Santa Sé reconhece o Brasil como Estado soberano
República Dominicana

Em 27 de fevereiro de 1844 - Independência da República Dominicana
Guerra dos Boeres
Em 27 de fevereiro de 1881 - Um regimento de 75 Boeres venceu um destacamento de 700 ingleses, em Majuba Hill, com um morto e cinco ferido, e Transval readquiriu a independência. Foi de início uma independência parcial, mediante a Convenção de Pretória de 1881 e seguidamente independência total, com a Convenção de Londres de 1884.
Em 27 de fevereiro de 1917 - Vitória da Revolução democrática burguesa da Rússia.

Incendio de Reinstag

Em 27 de fevereiro de 1933 - Incendio da resistag em Berlim, os nazistas incendeiam o parlamento e tenta culpar o extinto Partido Comunista da Alemanha.
Em 27 de fevereiro de 1937 - A imprensa internacional fala de 17 mil extremista presos no Brasil e dá destaque aos protestos de presos políticos.
Luis Carlos Prestes
Em 27 de fevereiro de 1940 - Luis Carlos Prestes, na prisão escreve a sua mãe como iniciou fazer em tdas as terças - feiras e pergunta por Olga, sobre a saúde da avó da mãe, da irma que ele trata com carinho de Lyginha e pede para que a irmã beije Anita Leocardia que ele carinhosamente chamava de "pequerrucha" e  terina a carta assim com os mais ardentes votos pela saúde da mãe de todos deste seu filho que te quer bem.

Lauriberto José Reys
Alexander Jose Ibsen Voeroes
Em 27 de fevereiro de 1972 em São Paulo na Rua serra de Botucatu, bairro do Tatuape, os revolucionários Lauriberto José Reys e Alexander Ibsen Pinheiro foram emboscados pelo CODI/DOI e acabaram mortos atingidos por tiros de fuzis FAL manejados por policiais que postaram dos dois lados da rua atrás de um muro, na oportunidade também esses policiais mataram um funcionário aposentado da Prefeitura Municipal chamado Napoleão Felipe Biscardi que passava do outro lado da rua.
Lauriberto era Membro da Ação Libertadora - ALN e anteriormente militou no Movimento de Libertação Popular a Molipo, foi estudante da Escola Politecnica da Universidade de São Paulo - USP e membro da Comissão executiva da União Nacional dos Estudantes - UNE e havia sido preso no Congresso da Une de 1968, o autor da rajada que matou Lauriberto foi o torturador Dirceu conhecido também por J.C.
Alexander José era chileno de nascimento integrante da Ação Libertadora Nacional - ALN e mais tarde da Molipo, estudante secundarista do Colégio de Aplicação, vinha sendo perseguido desde 1970.. Essa operação do CODI/DOI foi chefiada pelo torturador conhecido por Dr. José um assassino de sangue frio.
José Benedito Corria Leite

Em 27 de fevereiro de 1989 - Faleceu em São Paulo José Benedito Correia Leite militante negro ativista na imprensa negra fundador dos jornais "O Clarim" e a Chibata 1989 entre outros.
Paul Sweezy


Em 27 de fevereiro de 2004 - Faleceu Paul Sweezy marxista norte-americano fundador da Revista Montly Review no seu primeiro número trouxe o artigo de Albert Einstein "Porque o Socialismo".
Moacir Scliar

Em 27 de fevereiro de 2011 - Falece Moacir Scliar escritor gaúcho da Academia Brasileira de Letras.

Destruir A Revolução Bolivariana é o objetivo do Imperialismo


DESTRUIR A REVOLUÇÃO BOLIVARIANA
OBJECTIVO DO IMPERIALISMO

Por Miguel Urbano Rodrigues

O imperialismo norte- americano (com o apoio dos governos do Reino Unido e da França) está na ofensiva em duas frentes. Obrigado pela Russia a recuar na Siria ataca na Ucrânia e na Venezuela.
Na Ucrânia, o apoio de Washington às forças empenhadas em derrubar o presidente Iakunovitch foi ostensivo (ver artigo de Paul Craig Roberts ( http://www.odiario.info/?p=3187 ).
Na Venezuela, a estratégia dos EUA é mais subtil. Nela a Embaixada em Caracas e a CIA têm desempenhado um importante papel.
O projeto inicial de implantar no país uma situação caótica fracassou. Os apelos à violência de Leopoldo Lopez que assumiram caráter insurrecional na jornada de 12 de Fevereiro tiveram a resposta que mereciam das Forças Armadas e das massas populares solidárias com a revolução bolivariana. Os crimes cometidos pelos grupos de extrema-direita suscitaram tamanha repulsa popular que até Capriles Radonski – o candidato derrotado à Presidência da Republica -optou por se distanciar de Lopez e sua gente, mas convoca novas manifestações «pacíficas».
Inviabilizada a tentativa de golpe com recurso à força, o esforço para desestabilizar o país prosseguiu, mas o projeto de tomada do poder foi alterado. O governo define-o agora como «um golpe de estado suave».
Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endêmica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise econômica se aprofunda.
Ocultam a realidade. Quem promove a violência é a extrema direita , quem incendiou lojas da Mision Mercal que vende ao povo mercadorias a preços reduzidos,quem saqueia supermercados é essa oposição neofascista que se apresenta como democrática», é ela que sabota a economia e organiza o açambarcamento de produtos essenciais.
No Estado de Táchira, grupos terroristas-paramilitares vindos da Colômbia semeiam o terror, forçando o presidente Maduro a decretar ali o estado de exceção.
É significativo que o embaixador da Venezuela em Lisboa, general Lucas Rincón Romero, tenha sentido a necessidade de emitir um comunicado ( http://www.odiario.info/?p=3186 ) para esclarecer que os media internacionais publicam quase exclusivamente declarações da oposição que deturpam grosseiramente os acontecimentos do seu pais.
A Revolução Bolivariana enfrenta hoje uma guerra econômica- a expressão é de Maduro- que é simultaneamente uma guerra psicológica, política e social.
Nesse contexto, o Presidente da Venezuela ao alertar o seu povo para a cumplicidade de Washington na montagem de «um golpe de estado» denunciou o envolvimento em atividades conspirativas da oposição de três funcionários consulares dos Estados Unidos, e ordenou a sua imediata expulsão. Reagindo também à campanha anti venezuelana da CNN, acusou aquele canal de TV de uma «programação de guerra».
Como reage Barack Obama? Com hipocrisia e arrogância. Não citou o episódio da expulsão dos diplomatas, mas pediu a Maduro que liberte os dirigentes da oposição presos. Como nele é habitual invocou no seu apelo retórico princípios humanitários, o respeito pelos direitos humanos, o diálogo democrático, enfim, aquilo os EUA violam com a sua política de terrorismo de estado.
Somente faltou mencionar explicitamente Leopoldo Lopez, o líder das jornadas de violência que provocaram mortes e destruições em Caracas e noutras cidades.
O senador republicano John Mac Cain, ex candidato à Casa Branca, foi mais longe do que Obama. Numa entrevista à BBC sugeriu com despudor uma intervenção militar direta na Venezuela para «estabelecer a paz e a democracia».
A escalada golpista assumiu tais proporções que desencadeou a nível mundial um poderoso movimento de apoio à Revolução Bolivariana, ameaçada pelo imperialismo e o fascismo caseiro.
Um manifesto de solidariedade ao governo de Maduro, iniciado na Argentina, já foi assinado em muitos países por milhares de intelectuais, artistas, dirigentes políticos, parlamentares e sindicalistas.
A solidariedade com o povo de Bolívar corre mundo como torrente caudalosa.

Vila Nova de Gaia,22 de Fevereiro de 2014


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Escalada Fascista na Ucrânia



ESCALADA FASCISTA NA UCRÂNIA

A situação na Ucrânia configura a crise politica e social mais grave ocorrida no Continente Europeu desde a guerra de agressão contra a Iugoslávia.

Uma aparente dualidade de poderes oculta um real vazio de poder.

A Rada (Camara de deputados) pretende controlar a situação. Oleksandr Turtchinov , do Partido Pátria, de Júlia Timoshenko, assumiu  interinamente a presidência do país. Esse órgão legislativo destituiu o presidente Yanukovitch, restabeleceu a Constituição de 2004 e marcou eleições presidenciais para 25 de Maio.

A  Ucrânia está à beira da bancarrota e muita água correrá pelo Dnieper até essa data.

Na prática os grupos extremistas da Praça Maidan que recusaram o Acordo firmado por Yanukovitch, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de países da União Europeia e pela oposição da Rada, forçaram o presidente (cujo comportamento foi indecoroso) a fugir para Kharkov, e emergem como poder real na caótica situação criada   na Ucrânia Ocidental.

Júlia Timoshenko, vinda do hospital onde se encontrava em Kharkov sob prisão, compareceu na Praça numa cadeira de rodas e pronunciou ali em tom patético um discurso populista, carregado de ameaças. Mas não despertou o entusiasmo que esperava. Ela e o seu partido Pátria mantiveram ligações íntimas com a oligarquia corrupta que dominava o país.

Bem organizados, os grupos extremistas da Praça Maidan continuam a atuar como poder real. Um deputado   do Partido das Regiões, de Yanukovitch, que afirmara a sua indisponibilidade para participar num governo de coligação, foi retirado da Rada e levado para a Praça algemado, com um cartaz onde se lia a palavra «Traidor!».

Na Rada a língua russa foi proibida e os canais de televisão que transmitiam também em russo passaram a emitir somente em ucraniano. Uma deputada do partido de extrema-direita Svoboda sugeriu  num discurso impregnado de ódio que todos os russos da Ucrânia (mais de 20 milhões) sejam expulsos.

O líder de outro partido ultra nacionalista, neo fascista,  pediu a expulsão dos «comunistas, dos judeus e da escumalha russa».

O deputado do Partido Radical Oleg  Lyashko exigiu a execução publica de Yanukovitch.

Em Lvov, no Noroeste do país (província de maioria católica que era polaca em 1939), a perseguição aos comunistas é frenética, feroz.

Uma vaga de anticomunismo selvagem varre grande parte da Ucrania. Na capital e nas cidades da Ucrânia Ocidental, organizações de extrema-direita praticam crimes abjetos, perante a passividade do exército e das polícias. Desde o III Reich nazi que não  acontecia algo comparável na Europa. O fascismo exibe na Ucrânia, com arrogância desafiadora, a sua face hedionda.

OS EDITORES DE ODIARIO.INF0

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Ator Vinícius Romão preso por engano comemora a liberdade

Ator Vinícius Romão, preso por engano, comemora liberdade



Vinicius Romão com amigos (Foto: Reprodução/Facebook)Vinicius Romão com amigos (Foto: Reprodução/Facebook)

O ator Vinícius Romão, que foi preso por engano ao ser acusado de roubar a bolsa de uma mulher, foi recebido com alegria pelos amigos ao deixar a prisão nesta quarta-feira, 26. No Facebook, um amigo de Vinícius, postou uma foto dele comemorando sua liberdade.


Vinícius Romão de Souza, de 27 anos, estava preso desde o último dia 10, depois de deixar a loja em que trabalha foi abordado por dois policiais. O ator, detido na Rua Amaro Cavalcante, no Méier, no Rio, foi acusado de assaltar uma copeira do Hospital Pasteur. Ele foi obrigado a se deitar de bruços no chão e foi levado à 25ª DP, onde foi reconhecido pela vítima.

Segundo o advogado de Vinícius, Rubens Nogueira de Abreu, vídeos de segurança do hospital e de prédios vizinhos mostram que o verdadeiro ladrão, que também era negro, vestia apenas uma bermuda, enquanto Vinícius estava com uma calça e uma camisa pretas. Ele informou que já entrou com um pedido de liberdade provisória, que ainda não foi apreciado pela Justiça. O ator permanece detido na Casa de Detenção Patrícia Acioli, em São Gonçalo, para onde foi levado no dia 11 de fevereiro.

A prisão de Vinícius ganhou grande exposição na internet, já que amigos do ator fazem campanha para que ele seja solto e dizem que ele foi vítima de preconceito.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Reflexão Literária, Manoel Messias Pereira, Otavio Brandão e Ana Cristina Cesar

Golpe Cego


Quando a massificação
entrou em ação,
Quebrou  o sistema
golpeou com violência
e obrigou nos a viver a inocência
em plena via de deslacração
disritmia onde função natural
foi o fato prático
e o momento político
o advento total e  crítico
em que adormece
 a justiça e a ação
e se implanta neste
 país
a corrupção,
e ela está ai 
até hoje.

Manoel Messias Pereira
poeta

São José do Rio Preto - SP


Racionais MC




Nostalgia



Adeus, imenso Mar Negro,

Mar azul do meu amor,

Canto bravio das ondas,

Canto vivo, embalador.



     A saudade dilacera

Meu coração insaciável.

Ó nunca mais te verei,

Meu amor incomparável.



A brisa canta nas palmas,

Nas magnólias rouxinóis,

Minha alma – choupo sem vida,

Morre sem ver arrebóis



O sol ri, ri o universo,

Tudo vibra de alegria,

Só o meu coração chora

E morre de nostalgia!



Cidade de Gágri,  no Cáucaso, à Margem do Mar Negro, todo azul, no começo de 1933.




Otávio Brandão
poeta e comunista
Viçosa - AL - Brasil


Mariza




CASABLANCA

Te acalma, minha loucura!
Veste galochas nos teus cílios tontos e habitados!
Este som de serra de afiar facas
não chegará nem perto do teu canteiro de taquicardías...
Estas molas a gemer no quarto ao lado
Roberto Carlos a gemer nas curvas da Bahia
O cheiro inebriante dos cabelos na fila em frente no cinema...
As chaminés espumam pros meus olhos
As hélices do adeus despertam pros meus olhos
Os tamancos e os sinos me acordam depressa na
madrugada feita de binóculos de gávea
e chuveirinhos de bidê que escuto rígida nos lençóis de pano


Ana Cristina Cesar
(1952-1983)
poeta
Rio de Janeiro (falecida)


trilha sonora de Casablanca

Boa Música, Alta Sensibilidade e espirituosidade - Maria Rita








Maria Rita Camargo Mariano, cantora, produtora musical, uma das grandes estrelas da Musica Popular Brasileira, linda voz, postura no palco impecável, mulher bonita, filha do maestro Cesar Camargo Mariano e da cantora Elis Regina, talvez uns dos maiores talento que a Musica Popular já conheceu. Ouvir Maria Rita é simplesmente viajar ao infinito da Canção e maravilhar-se com o Som, ritmo, e uma doçura de interpretação. Confira.

Manoel Messias Pereira

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