Ogunté, Kayá e as senhoras do mar
são as sereias que encantam
os mares de Yemanjá.
Eruya...
Mas são tantos os encantados
que os sons dos tambores
dobra ao seu chegar
Ogum na sua luta
pela liberdade de seu povo.
Oxossi (Odé) caça a fartura
de negros e quilombolas famintos.
Ossaim cultiva as folhas
a cura da dor de uma raça
que tem graça e força.
Omulu, o senhor da terra
chora embaixo de seu afilá
o não assentamento nos Quilombos dos filhos de Yemanjá
Xangô na sua ira vem buscar
a justiça de nossa gente,
enquanto Oxumaré lança o arco-íris
para iluminar a esperança do amanhã
que Tempo deixa rodar e o povo negro a sonhar.
Oyá, Oxum e tantas outras Yabás,
acalentam no seu cantar
Epa, Epa, Babá no seu cajado
vem devagar,
para que essa justiça não demore a chegar.
Kaiámiteobá
(Marizilda R Xavier)
poetisa e babalorixá
São Paulo-SP
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