Na avenida da minha casa
pousam almas cansadas.
Nos bares da avenida da minha casa
pousam almas cansadas cansadas.
Nas mesas dos bares da avenida da minha casa
pousam almas cansadas cansadas.
Nos copos das mesas dos bares da avenida da minha casa
pousam almas cansadas cansadas cansadas cansadas.
Nas bocas dos copos das mesas dos bares da avenida da minha casa
pousam almas cansada cansada cansadas cansadas cansadas.
Nas almas das bocas dos copos das mesas dos bares da avenida da minha casa
pousam almas cansadas cansadas cansadas cansadas cansadas cansadas.
Edelcio Smargiassi
poeta, professor brasileiro
radicado em Guaxupé - MG
Brasil
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Excelente reflexão, em um poema inteligente. A repetição da palavra 'cansadas' se fez necessária para passar melhor a ideia. Gostei muito!
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