A minha leitura de mundo passa pela compreensão da existência humana. Pela busca de uma construção de sonhos. Pela aventura do compartilhamento social, entendendo que ninguém é uma ilha.
Nascemos como luz de um mundo. Daí a idéa de que as mulheres estão dando a luz. E convivemos na busca do outro ou da outra, como companheiros ou como camaradas, construímos famílias, ampliamos o numero de sêres viventes com nossos filhos, acreditando numa única lógica, que existe amor no mundo.
A lógica do amor está no respeito ao outro e a natureza. Porque todos nós fazemos parte desta natureza, somos filhos da mesma genesis, todos nós somos irmãos, por isto tratamos com muito respeito e propriedade de camaradas.
Crer que ainda existe amor, é saber cuidar da vida, deste planeta. Preservando os rios, a água subterrânea, os mares. É cuidar das plantas e dos animais ou sejam adotamos a fauna e a flora como bandeira de luta, pra ter um planeta mais saudável já que há um equilíbrio na natureza e uma cadeia alimentar, que envolve, os reinos animais e vegetais.
Para cuidar da terra e cuidar da água, temos que pensar na preservação de nosso planeta, e imaginar que todo o espaço da terra é simplesmente para atender aos anseios sociais. Isto não é de ninguém e ao mesmo tempo de todos.
E pensar nesta natureza, é entender que é dela que retiramos, os benefícios, que atendam os nossos anseios em relação a necessidade basicas, como a água, o ar, o solo e o subsolo. São valores físicos, para as nossas necessidades físicas, que transformam em valores sociais, para tender as nossas necessidades sociais.
Daí a nossa ação política, que precisa ser pensada, num processo de transformação da natureza, não para atender somente o que acreditamos, para o bem privado, para um quesito particular, ou que apenas atenda a um valor econômico. Mas pensando num coletivo, que estabeleça que os benefícios são da humanidade.
E pensar na humanidade, é pensar em qual estrutura devemos criar a nossa superestrutura ideológica, naquela que crê, que o mundo precisa ser loteado, vendido, espoliado, explorado. Explorando recursos naturais, mãos de obras, de homens pelo homem, nações por nação? Ou naquela que pensa no compartilhamento de todos para o bem comum, ou seja no compartilhamento, na leitura de uma revolução urbana e rural, como a terra a serviço de todos, moradias para todos. Benefícios das ciências para todos, a serviços de toda a coletividade.
No resgate as palavras de Jesus Cristo, quando ele afirma que o pão precisa ser repartido, que os peixes precisam ser multiplicados, que a água precisa ser transformada em vinhos, ou seja é necessário que haja um real milagre entre os homens.
Mas vejo Cristãos preocupados em atacar o próximo que crê na guerra como busca de libertação, que tenta questionar o compartilhamento, entendendo que isto precisa de uma divinação ou um satanismo como leitura de mundo.
Mas a realidade é feita de necessidades básicas que necessáriamente precisa ser atendidas. E isto é compreender que homens e mulheres, nasceram e cresceram pensando em unir-se no amor. Trouxeram ao mundo filhos como frutos deste amor. E necessitam viver na paz, na construção coletiva do respeito da paixão pela vida, na amplidão da liberdade, na consciência dos direitos individuais, na garantia e no equilíbrio democrático. Que todos possam ter vozes e vêzes, que ninguem deva ficar ou ser excluído de nenhum processo social.É preciso plantar e cuidar toda a vida do milagre da compreensão e da construção coletiva. E mais uma vez entender, nenhum homem é uma ilha.
Pra isto entendemos que a nossa humanidade precisa alicerçar rumos, da fraternidade, do socialismo, da internacionalidade, da universalidade e sobretudo num sentimento abstrato que precisa ser concretizado num grande e eterno Amor.
Manoel Messias Pereira
professor de história
poeta e cronista
São José do Rio Preto-SP
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