domingo, 26 de dezembro de 2010

Prêmio Nacional de Jornalismo de Angola



Prémio Nacional de Jornalismo distingue os melhores de 2010



O Vice-Presidente da República Fernando da Piedade posa com Sílvia João, vencedora na categoria de Televisão, e com os finalistas Amílcar Xavier e Alves de Jesus





Fotografia: Kindala Manuel

Os jornalistas Gustavo Costa (Novo Jornal), Sílvia João (TPA), Paulino Damião (Edições Novembro-EP/Jornal de Economia & Finanças) Ngola Yetu (RNA) e Carlos Guimarães (free lancer) foram, na última quarta-feira, consagrados como os dignos vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo, edição 2010.

A gala de outorga do Prémio, avaliado em 35 mil dólares em moeda nacional (kwanzas) para cada categoria, decorreu numa das unidades hoteleiras de Luanda, e contou com a presença do Vice-Presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Nesta 3ª edição do Prémio Nacional de Jornalismo o Júri, presidido por Mateus de Brito Júnior, decidiu conferir o galardão na categoria de Imprensa, ao jornalista Gustavo Costa, pela mestria oficinal na utilização da língua portuguesa e acutilância crítica na análise dos fenómenos políticos e sociais, assim como pela elevada qualidade literária e regularidade de publicação dos seus artigos.

Paulino Damião e Carlos Guimarães, dois gigantes no domínio da fotografia, repartiram o prémio na classe de Fotojornalismo, pelo contributo prestado ao longo de muitos anos ao desenvolvimento do jornalismo angolano, registando com as suas câmaras, o percurso histórico de Angola.

Pela importância que tem assumido na manutenção da memória colectiva e do imaginário dos angolanos consubstanciada na promoção das línguas nacionais, o corpo de jurados atribuiu o prémio na categoria de Rádio, ao colectivo da Rádio Ngola Yetu.

A jornalista Sílvia João arrebatou o galardão na classe de Televisão, pela actualidade das suas reportagens, que retratam dramas humanos da sociedade angolana, sem que os actores das tragédias dêem conta da sua profundidade.

Os finalistas de cada uma das categorias receberam 5 mil dólares em kwanzas e um diploma de participação. Albino Carlos, Luandino de Carvalho, Antónia Pacavira e Paula Simons integraram o corpo de jurados.



Participação ultrapassou edições anteriores



Para a presente edição do Prémio, o corpo de jurados recepcionou 90 participações, nomeadamente, 43 de imprensa, 17 de Rádio, 22 de Televisão, e 8 de Fotojornalismo.

Os concorrentes apresentaram várias matérias de sua autoria, que foram avaliadas pelo júri, segundo os critérios de objectividade e actualidade informativas, respeito às regras ético-deontológicas, princípio do contraditório, a citação e diversidade das fontes, entre outros.

O desempenho técnico dos candidatos, a qualidade dos textos, os efeitos técnicos e o percurso profissional dos candidatos também foram tidos em consideração.

O Jornal de Angola foi o órgão mais representativo no concurso com 25 participações, seguindo-se a TPA (21), e a RNA (17).

De acordo com o relatório do corpo de jurados, o presente concurso foi revestido de carácter “verdadeiramente nacional” por terem participado jornalistas de 13 das 18 províncias do país.

O júri considerou positivo o nível de participação nesta edição porque ultrapassa largamente o das edições anteriores. Na primeira edição realizada em 2008 participaram apenas 21 candidatos, e na segunda, o ano passado, 33 concorrentes.O júri enalteceu por outro lado a contribuição do Ministério da Comunicação Social, das direcções dos órgãos e das associações sócio-profissionais, na mobilização dos profissionais.



Escolha difícil



O presidente do Júri, Brito Júnior, considera que foi “difícil” a escolha dos finalistas para a presente edição, visto que candidataram-se figuras reconhecidas do jornalismo angolano, que ao lado de profissionais mais jovens, conferiram a este Prémio Nacional de Jornalismo 2010 uma abrangência competitiva digna de registo pela qualidade dos trabalhos.Brito Júnior disse que dado o tempo limitado de que o Júri dispunha para a realização do evento, definiu-se uma estratégia assente na promoção e divulgação do certame, bem como no estabelecimento de contactos institucionais com órgãos de difusão massiva e o incentivo de participação individual dos profissionais do sector.

Esta estratégia, acrescentou, garantiu que se atingissem os resultados desejados, sobretudo no domínio de participação dos candidatos.

O Prémio Nacional de Jornalismo, uma iniciativa do Ministério da Comunicação Social, foi criado com o objectivo de incentivar a criatividade e a investigação jornalística, bem como promover a qualidade, regularidade, oportunidade e o mérito dos jornalistas angolanos no exercício da profissão.

A presente edição enquadra-se no programa dos festejos dos 35 anos de Independência Nacional, celebrados a 11 de Novembro, como prova da contribuição dos jornalistas na luta de libertação e na conquista e consolidação da democracia.

A cerimónia de outorga dos prémios contou com a presença de deputados, membros do Executivo, entidades eclesiásticas, representantes do corpo diplomático, entre outros convidados.





Estatísticas do Prémio



Para a presente edição, candidataram-se 79 jornalistas do sexo masculino e 11 do sexo feminino afectos aos órgãos públicos e privados de comunicação social.

Províncias com candidatos: Luanda, Malange, Zaire, Kwanza-Sul, Lunda-Sul, Benguela, Namibe, Uíge, Bengo, Kuando-Kubango, Bié, Cabinda e Huíla.

Órgãos Públicos: Jornal de Angola, Angop, Televisão Pública de Angola, Rádio Nacional de Angola, Jornal dos Desportos.

Órgãos Privados : Semanário Angolense, Revista Exame, Semanário A Capital, Semanário Agora, Jornal O País, Jornal Angolense, Tv Zimbo, Novo Jornal, e Revista Bessangana.

Equipas ou Órgãos com candidaturas colectivas: Semanário Angolense, Novo Jornal, Tv Regiões, Rádio Ngola Yetu, Equipa da Grande Reportagem.

Órgãos com mais candidatos: 1º - Jornal de Angola (25)

2º - TPA (21)

3º - RNA (17)

4º - Angop (8)

5º - Novo Jornal (4)

6º - O País

e o Semanário A Capital (3)

GF





















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Manoel Messias Pereira

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