USP quer 'ampliar democracia' com eleição para reitor
Agência Estado
O reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas propôs mudanças no sistema de escolha de dirigentes da instituição, com adoção de auditoria externa. Em carta à comunidade acadêmica, Rodas propõe “ampliar a democracia” na USP. Eleições diretas para reitor e dirigentes está entre as opções de mudanças.
Alunos, professores, funcionários e até a sociedade civil podem fazer propostas. Uma reunião do Conselho Universitário (CO), instância máxima da instituição, está marcada para outubro para debater o assunto. “A questão mais importante é a participação e colaboração da comunidade acadêmica nesse processo”, disse.
A reitoria criou um site (democracia.com.br) para receber as sugestões. Já há um compêndio de propostas de alterações disponível. Uma delas prevê definição direta do reitor se o candidato obtiver maioria absoluta. Se nenhum a tiver, uma lista de três nomes seria encaminhada ao governador, como é hoje. A mudança desse quesito, entretanto, pede uma nova lei.
Segundo o aluno Caio Callegari, do Centro Acadêmico da Faculdade de Economia (FEA), o tema sempre é uma bandeira dos estudantes. “Há um consenso de que a USP precisa ser mais democrática. Os alunos querem decidir quem vai ser o reitor.” Hoje, a eleição para reitor na USP tem dois turnos. No primeiro, cada um dos 1.925 eleitores (a maioria professores) escolhe três nomes. Os oito mais votados vão para o segundo turno, quando são 330 eleitores (integrantes do CO e conselhos centrais). A lista dos três mais votados vai para o governador, que faz a escolha final.
Na eleição passada, só um em cada três professores votou. Entre os alunos, a representatividade foi mais baixa (1 em cada 483 estudantes). Nas eleições para reitor nas Universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp), todos têm direito a voto. Na lista tríplice de 2009, Rodas havia ficado em 2.º na votação, mas foi escolhido pelo então governador José Serra (PSDB).
Fonte ; Agencia Estado
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