São Paulo – O ex-presidente da África do Sul, prêmio Nobel da Paz e principal nome na luta contra o apartheid, Nelson Mandela, morreu hoje, aos 95 anos. Ele estava em sua casa, em Joanesburgo.
A notícia foi dada na televisão sul-africana pelo presidente Jacob Zuma. "Nossa nação perdeu o seu grande filho", disse Zuma. Segundo ele, Mandela morreu às 20h50, horário local.
"Sua humildade, compaixão e humanidade lhe valeu o nosso amor", completou.
No final de 2012, Mandela foi internado em Pretória para a realização de exames. No dia 11 dezembro, após reduzir a intensidade de informações divulgadas sobre o líder, a presidência da África do Sul informou que Mandela apresentava um quadro de infecção pulmonar, mas estava recebendo os devidos tratamentos e passava bem.
Em fevereiro de 2013, Mandela passou uma noite no hospital após reclamar de fortes dores abdominais. Na época, Mandela recebeu alta, mas voltou para o hospital em 27 de março e ficou até 6 de abril. Retornou mais uma vez em 8 de junho, quando piorou.
História
Nelson Rolihlahla Mandela também era chamado de Madiba, o nome de seu clã. Nasceu em 18 de julho de 1918, em Transkei.
Embora já demonstrasse engajamento político, participando inclusive de movimentos estudantis, a luta pela paz de Mandela tomou força em 1944, quando o líder entrou para o Congresso Nacional Africano (CNA), que hoje é o partido que governa a África do Sul. No grupo, ajudou a fundar a Liga da Juventude do CNA.
Nos anos seguintes, por influência da Liga, o CNA adotou uma postura mais radical. Em 1956, Mandela foi um dos julgados no Treason Trial, um julgamento de 156 pessoas acusadas de trair a África do Sul. O último veredito do Treason saiu apenas em 1961.
Em 1962, Mandela viajou em sua luta para outras partes da África e países da Europa. Ao retornar para a África do Sul, Mandela foi preso e condenado a cinco anos de cadeia por deixar o país ilegalmente.
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