terça-feira, 23 de novembro de 2010

Diario do PCB
























O POVO DO HAITI COMEÇOU A REAGIR CONTRA A INGERENCIA ESTRANGEIRA

Faleceu Joaquim Gomes - PCP

Grande" imprensa assume voz da tortura e da ditadura - Editorial- Carta Maior





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O povo do Haiti começou a reagir contra a ingerência estrangeira



Crédito: Resumen









LEANDRO ALBANI



O Haiti sofre a invasão militar estrangeira enquanto as mortes pela coléra aumentam junto às pessoas hospitalizadas.



Resumo Latino-americano/ AVN – O povo do Haiti começou a reagir por conta da situação crítica em que vive. Esta situação não está relacionada apenas ao terremoto ocorrido no início do ano e nem ao atual surto de cólera, que matou mais de mil pessoas. Também porque já não tolera a ingerência dos Estados Unidos.



É o que conta a entrevista concedida à Agência Venezuelana de Notícias (AVN) por Emmacula Nervil, integrante do Movimento Unidos Socialista Haitiano (Mush).



Há dois dias, o país se encontra entre a emergência gerada pela cólera e os protestos contra as forças militares estrangeiras, que ocupam a nação desde a derrubada do mandatário Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004.



Para Nervil, as mobilizações se devem ao fato de que o povo “já começa a reagir” em momentos de ascensão da crise e do aumento número de hospitalizados e mortos.



Nesta quarta-feira, se contabilizavam no Haiti, 1.100 pessoas falecidas e 18.382 hospitalizados, ainda que a dirigente do Mush assegure que essas cifras não são reais, já que o governo nacional não possui os dados completos.



A invasão estrangeira



Com a derrubada de Aristide por parte das forças internas apoiadas, principalmente, pelos Estados Unidos, França e Canadá, ordenou-se o envio da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), qualificada por Nervil como uma força de ocupação.



No “mapa desenhado pelo império para destruir e exterminar o povo haitiano”, a integrante do Mush indica que as tropas da ONU são parte fundamental para manter o controle e acrescentar a repressão contra os cidadãos que se organizam.



“Essas tropas têm que sair do Haiti porque mantem a pobreza no país, pois esses soldados são pagos. Não temos nenhum hospital, não temos sequer iluminação pública. A gente ilumina com velas em pleno século XXI”, explica.



Com denúncias cada vez mais frequentes, Nervil revela que uma das formas utilizadas pela MINUSTAH para reprimir é catalogando as lideranças sociais como ladrões comuns ou narcotraficantes, onde em muitos casos, essas pessoas são assassinadas.



Outra forma de ingerência contra o Haiti é promovida através da Usaid, que se infiltra nas organizações sociais e políticas, oferecendo apoio financeiro.



“Como não há o que comer, como não existe facilidade no acesso à educação e saúde, se utilizaram da entrega de dinheiro para comprar a consciência da gente. Porém, existe muita gente que eles não conseguirão comprar”, assegura.



Ainda que esta forma de ingerência busque quebrar o conjunto social do Haiti, a dirigente do Mush afirma que os movimentos seguem organizando e protagonizando lutas contra o governo nacional, o qual ela qualifica como marionete da Casa Branca.



“A única forma de ajudar o Haiti não é dando dinheiro, mas formando a juventude, preparando-a para poder vencer e trabalhar no país”, expressa.



A saída é a Alba



Diante desta situação de ingerência e de invasão, Nervil explica que a saída mais real para o povo haitiano é ingressar na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), ainda que o atual presidente, René Preval, “esteja comprometido com o império e a oligarquia” e não disposto a fazer isso, disse.



Para a entrevistada, “graças à ajuda da Alba estamos respirando”. Também lembra a importância da presença de médicos cubanos, permanecendo no território haitiano mesmo após as tentativas de rechaçá-los.



Em abril passado a Alba ofereceu, durante a Conferência das Nações Unidas pela reconstrução do Haiti, a soma de 2.147 milhões de dólares em ajudas, superando os montantes oferecidos pela União Europeia (UE) e os Estados Unidos, colaboração que será entregue entre 2010 e 2016.



No total, o bloco regional destina ao Haiti 2.240 milhões de dólares, considerando os projetos que, atualmente, estão sendo executados no país.



“A única forma de salvar o Haiti é ingressando na Alba. Caso contrário, a ilha vai desaparecer”, reitera Nervil.



Haiti está disposto a tudo por sua libertação



Um médico a cada mil habitantes, 65% de analfabetismo, apenas dois hospitais públicos para atender toda a nação, educação privatizada e altas taxas de mortalidade infantil e fome. O Haiti vive uma situação crítica que vai além do terremoto sofrido no início do ano e do atual surto de cólera.



A aplicação de medidas políticas e econômicas desenhadas na Casa Branca, além dos altos graus de corrupção que posicionam o país entre as nações que mais sofrem este flagelo, tem como consequência que quatro milhões de pessoas vivam nas ruas.



“Neste século vinte e um estamos dispostos a tudo. Nós haitianos não vamos permitir que o império faça o que tiver vontade”, assevera Nervil.



A dirigente do Mush denuncia que nos planos dos Estados Unidos, com a desculpa das catástrofes sofridas pela nação, está o objetivo de enviar habitantes “à África e utilizar a cidade de Porto Príncipe para construir bingos e hotéis”.



Sobre o desempenho da maioria da comunidade internacional, Nervil opina que é “cúmplice da tragédia que o império ianque está cometendo em toda América Latina”.



“Querem converter o Haiti em Porto Rico, porém não vão conseguir”, expõe.



Deixando claro as verdadeiras circunstâncias que atravessa a nação caribenha, Nervil manifesta que “o Haiti é uma causa política. Não nos falta comida, mas as terras que se podem semear. O país possui recursos naturais e humanos. O que buscamos é uma saída mais política. Queremos um acompanhamento político. Não queremos dinheiro e nem comida”, finalizou.



http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2453&Itemid=49&lang=en



Tradução: Maria Fernanda M. Scelza







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Faleceu Joaquim Gomes - PCP





Camaradas



Para conhecimento.

Saudações,

Hermine











O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português informa, com profunda mágoa e tristeza, do falecimento hoje, dia 20 de Novembro, aos 93 anos de idade, de Joaquim Gomes, um dos mais destacados dirigentes comunistas da história do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português. Uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, contra a exploração capitalista, pela democracia, a paz, o socialismo e o comunismo.



O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português informa que o corpo de Joaquim Gomes estará em câmara ardente, na Casa Mortuária da Igreja de S. Francisco de Assis, na Av. Afonso III (ao Alto de S. João), a partir das 12h00 de dia 20, realizando-se o funeral domingo, dia 21, pelas 13h00, para o Cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado pelas 14h00.



Nascido a 4 de Março de 1917 na Marinha Grande, Joaquim Gomes tornou-se operário aprendiz na indústria vidreira, com apenas 6 anos de idade.



É também muito jovem, durante a década de trinta, que inicia a sua actividade de militante comunista, tendo ingressado aos 14 anos na Federação da Juventude Comunista Portuguesa e, em Março de 1934, no Partido Comunista Português, passando imediatamente a fazer parte do Comité Local da Marinha Grande do PCP.



Foi aí que encabeçou as primeiras lutas dos aprendizes por reivindicações salariais e contra o trabalho violento e as arbitrariedades do patronato. É no desenvolvimento destas lutas, que vieram a ter expressão revolucionária na histórica insurreição de 18 de Janeiro de 1934 contra a fascização dos sindicatos, que Joaquim Gomes é preso pela primeira vez em fins de Novembro de 1933, tinha então 16 anos.



Após a sua libertação em Março de 1934, desempenhou importante papel na reactivação da organização do Partido na Marinha Grande e na solidariedade aos presos do 18 de Janeiro.



A partir dos finais dos anos 30 passou a desempenhar tarefas ligadas à distribuição da imprensa partidária e às casas de apoio à Direcção do Partido.



Em 1952 passa à clandestinidade e entra para o Comité Local de Lisboa. Em 1955 torna-se membro suplente do Comité Central e dois anos depois passa a membro efectivo. Em 1963 integra a Comissão Executiva do Comité Central e posteriormente a Comissão Política.



Foi preso por três vezes pela PIDE e por duas vezes fugiu da cadeia. Uma das suas fugas foi a célebre fuga de Peniche, com Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Carlos Costa e outros destacados militantes do Partido.



Depois da revolução de Abril e até ao XV Congresso em 1996 foi membro do Comité Central, tendo mantido as suas responsabilidades como membro do Secretariado e da Comissão Política até ao XIV Congresso em 1992, altura em que foi eleito membro da Comissão Central de Controlo. Exerceu responsabilidades no âmbito da Comissão Administrativa e Financeira e da Comissão de Património Central até ao fim da sua vida.



Foi deputado eleito pelo Distrito de Leiria entre 1976 e 1987.



Modesto e discreto, Joaquim Gomes deixa-nos recordações de uma vida de dedicação e de exemplo da resistência ao fascismo, de luta pela liberdade, a democracia e o socialismo.



Joaquim Gomes lega-nos um exemplo de coragem e abnegação revolucionária, reveladoras da vontade e firmeza inquebrantável na luta ao serviço da classe operária, do povo e da pátria.



O Secretariado do Comité Central endereça à camarada Maria da Piedade Gomes e restante família, as suas sentidas condolências.



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Grande" imprensa assume voz da tortura e da ditadura - Editorial- Carta Maior





Camaradas



Deixando o lulismo à parte, parece ter algum fundo de verdade.

Saudações,

Hermine

"Grande" imprensa assume voz da tortura e da ditadura



Ao dar legitimidade a relatos de torturadores e assassinos a chamada “grande imprensa” está assinando definitivamente seu atestado de óbito como instituição democrática. O problema é mais grave do que simplesmente alimentar um terceiro turno de uma eleição que já foi decidida pela vontade soberana do povo. O mais grave é tomar a voz da morte, da violência e do arbítrio como sua! Tomar a voz do torturador como sua e vendê-la à sociedade como se fosse uma informação útil à democracia e ao interesse público. O que seria útil à democracia e ao interesse público neste caso seria publicar o arquivo secreto do comportamento vergonhoso dessa imprensa durante a ditadura. Editorial da Carta Maior.



Editorial - Carta Maior



A chamada “grande imprensa” brasileira envergonha e enfraquece a nossa jovem democracia. O uso da palavra “grande”, neste caso, revela-se cada vez mais inapropriado. Não é grande no sentido da grandeza moral que uma instituição pode ter, posto que enveredou para o domínio da mesquinharia, da manipulação e da ocultação de seus reais interesses. E não é grande também no sentido quantitativo da palavra, uma vez que vem perdendo leitores e público a cada ano que passa. Mais do que isso, vem perdendo credibilidade e aí reside justamente uma das principais ameaças à ideia de democracia e de República. As empresas que representam esse setor se autonomearam porta vozes do interesse público quando o que fazem, na verdade, é defender seus interesses econômicos e os interesses políticos de seus aliados.



Falta de transparência, manipulação da informação e ocultação da verdade constituem o tripé editorial que anima as pautas e as colunas de seus porta vozes de plantão. O repentino e seletivo interesse dessas empresas por uma parte da história do Brasil no período da ditadura militar (que elas apoiaram entusiasticamente, aliás) fornece mais um prova disso. Os seus veículos estão interessados em uma parte apenas da história, como de hábito. Uma parte bem pequena. Mas bem pequena mesmo. Só aquela relacionada ao período em que a presidente eleita Dilma Rousseff esteve presa nos porões do regime militar, onde foi barbaramente torturada. O interesse é denunciar o que a presidente eleita sofreu e pedir a responsabilização dos responsáveis? Não seria esse o interesse legítimo de uma imprensa comprometida, de fato, com a ditadura? É razoável, para dizer o mínimo, pensar assim. Mas não é nada disso que interessa à “grande” imprensa.



O objetivo declarado é um só: torturar Dilma Rousseff mais uma vez. Remover o lixo que eles mesmo produziram com seu apoio vergonhoso à ditadura e tentar, de algum modo, atingir a imagem de uma mulher que teve a coragem e a grandeza de oferecer à própria vida em uma luta absolutamente desigual contra a truculência armada e o fascismo político. O compromisso com o resgate da memória do país é zero. Talvez seja negativo. Se fosse verdadeiro e honesto tal compromisso as informações dos arquivos da ditadura contra Dilma e outros brasileiros e brasileiras que usufruíram do legítimo direito da resistência contra uma ditadura não seriam publicadas do modo que estão sendo, como sendo um relato realista do que aconteceu. Esse relato, nunca é demais lembrar, foi escrito pelas mesmas mãos que torturavam, aplicavam choques, colocavam no pau de arara, violentavam e assassinavam jovens cujo crime era resistir a sua perversidade assassina e mórbida.



Ao tomar esses relatos como seus e dar-lhes legitimidade a chamada “grande imprensa” está assinando definitivamente seu atestado de óbito como instituição democrática. O problema é mais grave do que simplesmente alimentar um terceiro turno de uma eleição que já foi decidida pela vontade soberana do povo. O mais grave é tomar a voz da morte, da violência e do arbítrio como sua! Tomar a voz do torturador como sua e vendê-la à sociedade como se fosse uma informação útil à democracia e ao interesse público.



O que seria útil à democracia e ao interesse público neste caso seria publicar o arquivo secreto do comportamento dessa imprensa durante a ditadura. É verdade que a Folha de S.Paulo emprestou carros para transportar presos que estavam sendo ou seriam torturados? Se esse jornal está, de fato, interessado em reconstruir a história recente do Brasil por que não publica os arquivos sobre esse episódio? Por que não publica o balanço de quanto dinheiro ganhou com publicidade e outros benefícios durante os governos militares? Por que o jornal O Globo não publica os arquivos secretos das reuniões (inúmeras) do sr. Roberto Marinho com os generais que pisotearam a Constituição brasileira e depuseram um presidente eleito pelo voto popular?



Obviamente, nenhuma dessas perguntas será motivo de pauta. E a razão é muito simples: essas empresas e seus veículos não estão preocupadas com a verdade ou com a memória. Mais do que isso, a verdade e a memória são obstáculos para seus negócios. Por essa razão, precisam sequestrar a verdade e a memória e apresentar-se, ao mesmo tempo, como seus libertadores. É uma história bem conhecida em praticamente toda a América Latina, onde a imensa maioria dos meios de comunicação desempenhou um papel vergonhoso, aliando-se sistematicamente a ditaduras e a oligarquias decrépitas e sufocando o florescimento da democracia e da justiça social no continente.



Um episódio ocorrido dia 15 de novembro em Florianópolis ilustra bem a natureza e o caráter dessa imprensa. O comentarista da RBS TV, Luiz Carlos Prates, fez um inflamado discurso sobre os acidentes no trânsito dizendo que a culpa é “deste governo espúrio que permitiu que qualquer miserável tivesse um carro”. O governo espúrio em questão é o governo Lula que, por três vezes agora, foi consagrado nas urnas. O que o comentarista da RBS está dizendo, na verdade, resume bem o que a chamada grande imprensa pensa: é espúrio um governo que permita que qualquer miserável tenha um carro; é espúrio um governo que permita que qualquer miserável vote; é espúrio um governo que ousa apontar para um caminho diferente daquele que defendemos.



Durante a campanha eleitoral, essa mesma imprensa, ao mesmo tempo em que acusava o governo e sua candidata de “ameaçar a liberdade de imprensa”, demitia colunistas por crime de opinião, ingressava na justiça para tirar sites do ar e omitia-se vergonhosamente quando o seu candidato e seus aliados censuravam pesquisas, revistas e blogs. Houve alguma censura por parte do governo? Nenhuma, zero. Apenas uma crítica feita pelo presidente da República à cobertura sobre as eleições. Um crime inafiançável.



Não há mais nenhuma razão para palavras mediadas, expectativas ambíguas e estratégias de comunicação esquizofrênicas. Essas mesmas empresas que não se cansam de pisotear a democracia, desrespeitar a verdade e desprezar o povo não se cansam também de sugar milhões de reais todos os anos em publicidade dos governos que acusam de ameaçar sua liberdade. Cinismo, hipocrisia, mentira e autoritarismo: essas são as mãos que embalam o berço dessas corporações que entravam a democracia e a justiça social no Brasil.













































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Comite Regional PCB - SP



Tel: (11) 31068461

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Manoel Messias Pereira

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