segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sergio Bandeira de Melo lança livro sobre o Tenentismo

 




Investigações históricas

27/06/2011

Fonte: O Tempo (MG)



O projeto Sempre um Papo recebe, hoje, o escritor carioca Sérgio Bandeira de Mello, que lança seu novo livro, "As Flores do Tenentismo". A obra dá continuidade a uma série de romances policiais históricos - que já conta com outros cinco títulos pregressos, todos tendo um mesmo protagonista, o comissário Amílcar Mesquita, e ambientados numa mesma época, entre fins do século XIX e início do século XX.

O autor destaca que são histórias policiais, mas os costumes de época também estão no cerne de seus livros - o que deriva, conforme aponta, do interesse que há muito tempo nutre pelo período retratado. "Os livros todos abarcam um espaço de tempo que vai de 1898, que é o ano em que o protagonista nasceu, até as primeiras décadas do século XX. ?As Flores do Tenentismo? pega como pano de fundo o golpe de Estado de Getúlio Vargas", diz, destacando que não houve um fato específico ou evento que tenha servido de estímulo para desenvolver sua história, que, além de Amílcar Mesquita, centra foco em três jovens - a estenógrafa Carmen Lúcia, a comerciária e enfermeira frustrada Paulina e a professora primária Débora. Série. Sérgio diz que desenvolve já há algum tempo uma pesquisa histórica que abarca o período que vai de 1920 até o golpe militar de 1964, mas que cada livro da série policial demanda uma pesquisa específica para a contextualização da narrativa. "Esse tempo que vai de 1920 a 1964 é muito interessante, foi uma época muito rica, em todos os sentidos, e já tenho bastante informação acumulada a respeito, mas, para cada livro, tenho que me aprofundar naquele momento específico em que a trama vai se desenrolar. Agora, com o Google, isso ficou mais fácil.

Quando fiz o primeiro livro com o Amílcar Mesquita, ?O Rabo do Bookmaker?, em 1998, minha fonte era a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Me enfurnava lá para ficar pesquisando", diz. Ele destaca que leu, quando jovem, os mestres da literatura policial, como Conan-Doyle e Agatha Christie, mas que seus autores prediletos, hoje, não são ligados ao gênero. "No meu rol de referências vem, primeiro, Eça de Queiroz, mas também gosto muito de Érico Veríssimo e Gabriel Garcia Marquez. Mas é claro que já li todos os nomes célebres do romance policial, os clássicos e também os contemporâneos, como o Dennis Lehane (autor, entre outros, de "Sobre Meninos e Lobos", que foi levado às telas do cinema por Clint Eastwood)", diz. Particularidades. E, com uma tradição tão vasta de detetives que são referência na literatura policial, quais seriam as particularidades de Amílcar Mesquita? "Acho que, primeiro de tudo, é o fato de ele não usar arma em hipótese nenhuma. As armas dele são a caneta, um bloquinho e o raciocínio. Outra coisa é que ele é bem-humorado e torcedor do América do Rio de Janeiro, que, na época em que se passa a história, ainda era um grande time.

 O Amílcar também adora ópera e ouve muito as mulheres", diz. Ele admite um grande apreço pelo personagem que criou e garante que, no futuro, certamente virão à luz outros títulos da mesma série. O único livro de Sérgio que não gira em torno de Amílcar Mesquita é "Ouro e Estrelas", de 2002 - uma ficção ambientada no Brasil colônia, desenvolvida, em grande parte, em Minas Gerais.

 Nascido em 1955, Sérgio Carvalho Bandeira de Mello é engenheiro civil, pós-graduado em produção de petróleo. Especialista em marketing, em 1995 trocou a engenharia pela comunicação. De 2003 a 2008 atuou como gerente executivo de comunicação da Petrobras Distribuidora durante a retomada do cinema brasileiro. Foi, também, gerente de patrocínio da Petrobras à época da contratação dos grupos Corpo e Galpão. Depois da estreia com "O Rabo do Bookmaker", publicou "Assassinato sem Memória" (2000), "Amores Isósceles" (2006), "Um Júri Suspeito" (2008) e "O Mistério das Âncoras Fenícias" (2009), além de "Ouro e Estrelas". Agenda O Que. Lançamento do livro "As Flores do Tenentismo", de Sérgio Bandeira de Mello Quando. Hoje, às 19h30 Onde. Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro) Quanto. Entrada franca















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Manoel Messias Pereira

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