poesia de Manoel Messias Pereira
o cemitério
O silêncio
teórico
dos formalistas
em sessões
poéticas,
e as tentativas
de uma
reescritura
a beira
de um
túmulo,
polidez
em busca
de uma
nova história,
com
o silencio,
entre
flores,
e um abraço
de quem
entende
que todos
morrem,
mas ninguém
desejas,
e chora,
em silencio.
Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto - SP
Poesia de Castro Alves
A um coração
"Coração de Filigrana de Oiro"
Ai! Pobre coração! Assim vazio
E frio
Sem guardar a lembrança de um amor!
Nada em teus seio os dias hão deixado!...
É fado?
Nem relíquias de um sonho encantador?
Não frio coração! É que na terra
Ninguém te abriu... Nada teu seio encerra!
O vácuo apenas queres tu conter!
Não te faltam suspiros delirantes,
nem lágrimas de afeto verdadeiro...
É que nem mesmo — o oceano inteiro —
Poderia te encher!...
Castro Alves
poeta brasileiro
Castro Alves - BA - Brasil
Nelso Gonçalves interpreta Cartola
Cerimónia de Entrega do Prémio Vergílio Ferreira 2014
Na próxima segunda-feira, dia 3 de março, pelas 15 horas, tem lugar na Sala dos Atos da Universidade de Évora, no Colégio do Espírito Santo, a cerimónia de entrega do Prémio Vergílio Ferreira. Este ano o galardão distingue Ofélia Paiva Monteiro, Professora Catedrática aposentada de Literaturas Francesa e Portuguesa da Universidade de Coimbra.
O júri decidiu atribuir o prémio a Ofélia Paiva Monteiro pelo seu “perfil de grande investigadora e de autora que brilha pela profundidade e subtileza especulativa na sua vasta obra ensaística, que incide particularmente em Almeida Garrett, mas também em outros autores marcantes da literatura portuguesa.”
O Prémio Vergílio Ferreira, instituído pela Universidade de Évora em 1997, destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio. Um prémio que pretende homenagear o escritor de “Aparição”, que entre 1945 e 1958 lecionou no Liceu de Évora, período da sua vida que acabaria por influenciar a sua obra
Nota Biográfica de Ofélia Paiva Monteiro
Desde que, em 1965, publicou a sua tese de Licenciatura (sobre D. Francisco Xavier de Meneses), a Doutora Ofélia Paiva Monteiro tem-se afirmado como figura de referência em vários domínios dos nossos estudos literários. Integrando-se numa geração onde a história da literatura se constituía como dominante, concedeu sempre ao texto uma atenção destacada, assumindo-se como intérprete fina de estruturas, estilos e subjetividades. Professora de Literaturas Francesa e Portuguesa na Faculdade de Letras de Coimbra (entre 1959 e 1999), não se limitou a investigar uma e outra, assumindo perspetivas de comparatismo fecundo e muitas vezes inovador. Tendo-se dedicado primacialmente a Garrett (com quem construiu, ao longo de décadas, uma forte intimidade intelectual e cuja edição crítica vem dirigindo, desde há 8 anos, com notáveis resultados), não deixou de visitar, em registo de articulação periodológica, nomes como Camões, Herculano, Stendhal, Castilho, Victor Hugo, Eça de Queirós, André Gide, Vergílio Ferreira entre muitos outros.
Fonte: Uma Coisa na Ordem das Coisas. Estudos para Ofélia Paiva Monteiro (coord. Carlos Reis, José Augusto Cardoso Bernardes e Maria Helena Santana), Coimbra, IUC-CLP, 2013
Galardoados com o Prémio Vergílio Ferreira
Maria Velho da Costa (1997); Maria Judite de Carvalho (1998); Mia Couto (1999); Almeida Faria (2000); Eduardo Lourenço (2001): Óscar Lopes (2002); Manuel de Aguiar e Silva (2003); Agustina Bessa-Luís (2004); Manuel Gusmão (2005); Fernando Guimarães (2006); Vasco Graça Moura (2007); Mário Cláudio (2008); Mário de Carvalho (2009); Luísa Dacosta (2010); Maria Alzira Seixo (2011); José Gil (2012); Hélia Correia (2013).
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Roberto Carlos
o cemitério
O silêncio
teórico
dos formalistas
em sessões
poéticas,
e as tentativas
de uma
reescritura
a beira
de um
túmulo,
polidez
em busca
de uma
nova história,
com
o silencio,
entre
flores,
e um abraço
de quem
entende
que todos
morrem,
mas ninguém
desejas,
e chora,
em silencio.
Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto - SP
Poesia de Castro Alves
A um coração
"Coração de Filigrana de Oiro"
Ai! Pobre coração! Assim vazio
E frio
Sem guardar a lembrança de um amor!
Nada em teus seio os dias hão deixado!...
É fado?
Nem relíquias de um sonho encantador?
Não frio coração! É que na terra
Ninguém te abriu... Nada teu seio encerra!
O vácuo apenas queres tu conter!
Não te faltam suspiros delirantes,
nem lágrimas de afeto verdadeiro...
É que nem mesmo — o oceano inteiro —
Poderia te encher!...
Castro Alves
poeta brasileiro
Castro Alves - BA - Brasil
Professora Ofélia Paiva Monteiro
Cerimónia de Entrega do Prémio Vergílio Ferreira 2014
Na próxima segunda-feira, dia 3 de março, pelas 15 horas, tem lugar na Sala dos Atos da Universidade de Évora, no Colégio do Espírito Santo, a cerimónia de entrega do Prémio Vergílio Ferreira. Este ano o galardão distingue Ofélia Paiva Monteiro, Professora Catedrática aposentada de Literaturas Francesa e Portuguesa da Universidade de Coimbra.
O júri decidiu atribuir o prémio a Ofélia Paiva Monteiro pelo seu “perfil de grande investigadora e de autora que brilha pela profundidade e subtileza especulativa na sua vasta obra ensaística, que incide particularmente em Almeida Garrett, mas também em outros autores marcantes da literatura portuguesa.”
O Prémio Vergílio Ferreira, instituído pela Universidade de Évora em 1997, destina-se a galardoar anualmente o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio. Um prémio que pretende homenagear o escritor de “Aparição”, que entre 1945 e 1958 lecionou no Liceu de Évora, período da sua vida que acabaria por influenciar a sua obra
Nota Biográfica de Ofélia Paiva Monteiro
Desde que, em 1965, publicou a sua tese de Licenciatura (sobre D. Francisco Xavier de Meneses), a Doutora Ofélia Paiva Monteiro tem-se afirmado como figura de referência em vários domínios dos nossos estudos literários. Integrando-se numa geração onde a história da literatura se constituía como dominante, concedeu sempre ao texto uma atenção destacada, assumindo-se como intérprete fina de estruturas, estilos e subjetividades. Professora de Literaturas Francesa e Portuguesa na Faculdade de Letras de Coimbra (entre 1959 e 1999), não se limitou a investigar uma e outra, assumindo perspetivas de comparatismo fecundo e muitas vezes inovador. Tendo-se dedicado primacialmente a Garrett (com quem construiu, ao longo de décadas, uma forte intimidade intelectual e cuja edição crítica vem dirigindo, desde há 8 anos, com notáveis resultados), não deixou de visitar, em registo de articulação periodológica, nomes como Camões, Herculano, Stendhal, Castilho, Victor Hugo, Eça de Queirós, André Gide, Vergílio Ferreira entre muitos outros.
Fonte: Uma Coisa na Ordem das Coisas. Estudos para Ofélia Paiva Monteiro (coord. Carlos Reis, José Augusto Cardoso Bernardes e Maria Helena Santana), Coimbra, IUC-CLP, 2013
Galardoados com o Prémio Vergílio Ferreira
Maria Velho da Costa (1997); Maria Judite de Carvalho (1998); Mia Couto (1999); Almeida Faria (2000); Eduardo Lourenço (2001): Óscar Lopes (2002); Manuel de Aguiar e Silva (2003); Agustina Bessa-Luís (2004); Manuel Gusmão (2005); Fernando Guimarães (2006); Vasco Graça Moura (2007); Mário Cláudio (2008); Mário de Carvalho (2009); Luísa Dacosta (2010); Maria Alzira Seixo (2011); José Gil (2012); Hélia Correia (2013).
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