domingo, 15 de novembro de 2009

A Liga Anti Comunista


Na Folha de São Paulo de 15 de novembro de 2009, Página Brasil A11, uma matéria com título "Célula anticomunista atuou no Brasil durante a ditadura"


Na matéria consta que o Arquivo Nacional de Brasilía, foi encontrados documentos, que fala de uma célula anticomunista que operou no Brasil por mais de 15 (quinze) anos. E este fato veio a tona a partir da leitura produzida pelos representante do SNI (Serviço Nacional de Informação) no Ministério das relações exteriores.
(-Busch- Um dos Lideres da WACL) falando sobre o terrorismo.

A WACL (World Anticommunist League) ou Liga Comunista Mundial, tinha entre seus membros os banqueiros brasileiros, Carlos Barbieri Filho, cuja a família era dona do Banco Aplik. E o grupo surgiu a partir do contato que Barbieri e seu pai teve com o ex-Ministro da fazenda da ditadura Mario Henrique Simonsem.


O primeiro passo de Barbieri foi fundar a Sepes - Sociedade de Estudos Políticos Economicos e Sociais, sediado no Shopping Iguatemi em São Paulo, depois teve uma carreira meteórica assumindo a presidência mundial da organização em 1975. Trabalhou com 400 (quatrocentas) pessoas de 65 (sessenta e cinco) países.


Segundo o ex-banqueiro toda a sociedade empresarial tinha um nome no Conselho do SEPE, como a Fiesp, através de Sr. Theobaldo De Negris, na qual recebeu dinheiro da organização.


Barbieri tinha contato com pessoas ligada a ditadura no Brasil e em toda a Ámerica Latina, e é citado na reportagem que o Ministro da Justiça Alfredo Buzaid foi advogado de uma empresa da família dele, fala sobre o ditador Pinochett e sobre o Rei Kalid Abdual Aziz. e comenta ainda sobre a demissão de General Dávila Mello ou melhor exoneração do general, envolvido na morte de vários militantes comunistas entre eles, Vladimir Herzog.


Essa história recente do Brasil, ainda tem muitas feridas, e com certeza há um sangramento evidente na camuflagem da noite. Alguém ainda chora lembrando seus entes queridos que foram desaparecidos misteriosamente.



Manoel Messias Pereira

professor de História

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