Mulher negra não pára
por essa coisa bruta
por essa discriminação morna
tua força ainda é segredo
mostra tua fala nos poros
o grito ecoará na cidade
capinam como mato venenoso
a tua dignidade
ferem-te com flechas encomendadas
te fazem alvo de experiências
tua negritude
incomoda
teu redemoinho de forças afoga
não querem tua presença
risca o teu nome com ausência
mulher negra, chega
mulher negra, seja,
mulher negra, veja,
de´pois do temporal.
Alzira Rufino
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