terça-feira, 24 de novembro de 2009

Boletim de Ocorrência




Mulher negra não pára


por essa coisa bruta


por essa discriminação morna


tua força ainda é segredo


mostra tua fala nos poros


o grito ecoará na cidade


capinam como mato venenoso


a tua dignidade


ferem-te com flechas encomendadas


te fazem alvo de experiências


tua negritude


incomoda


teu redemoinho de forças afoga


não querem tua presença


risca o teu nome com ausência


mulher negra, chega


mulher negra, seja,


mulher negra, veja,


de´pois do temporal.






Alzira Rufino

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Manoel Messias Pereira

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