Uivo, uivo
estofo e madurez do coração
Eu posso não vir com vocês
Companheiros de bóia inutil
Eu posso não bastar
O ancoradouro de sua costa sedimentada.
Quem pode censurar
Sua sábia retirada? Vocês testemunharam, acocorados
Sobre sua aba de espaço, o amontoado
De cinzas de uma realidade estranhamente passada?
Eu te amo
Que suas mentes desafiaram o infinito
E retornaram
Para falar em línguas estranhas.
Embora muros
Possam romper as costuras cansadas
Do manto mágico que dividimos,
Eu intimamente posso não vir
E embore eu cole os meus ouvidos
Na canção de despedida, ainda assim uivo
Na hora do sono, diga a estes muros
Que só o coração humano
Pode conter tanto desespero.
Wole Soyinka
(tradução feita por Paulo Colina)
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