E o contador levava dois livros para amada. E o conto haveria de ser feito, escrito, narrado e contado como um conto rasgado de Amor, assim com as palavras marcadas de tempo e mais tempo no tempo de dias, de meses e anos a fio este conto em aquele escrever. Já estava na hora. E as horas passavam, os dia passavam, o tempo passava, e o conto que não é bom nada nada de conto e contar ou cantares. Quem sabe os cantares de Pound o fizesse lembrar do conto não contado ainda de forma alguma para ninguem e de jeito nenhum.
Pois bem o contador, aquele que falava narrando, buscava estórias no contar. E o conto era mesmo da cidade, isto ele sabia, pois saíra de casa pensando escrevê-lo. E o conto estava na cidade, ele sabia. E mais que o tempo ainda que de gatilho fosse, todo o tempo falado em gatilho que disse que disse etc e o gatilho não vinha.
Desceu pois da moto que a amiga o levava e se foi a procura do conto. E nada de falares, nem prosas e nem reticências nas falas das pessoas e personagens e, lotadas delas que estavam no conto ou deveriam estar.
_Mas isto era o conto? O outro perguntava e um outro ainda relutava: -Mas qual, sabelá. . .
E saiu pelas ruas a procura do conto escrever. Passou na Shangrilá, tradicional que era o cafezinho de todos os dias e o cigarro acendia pensando na amada por onde andaria: tão bela a mocinha menina que era mulher, mulher de verdade. E fumava enquanto lia as notícias do dia, do dia anterior estampadas em letras pequenas nas páginas dos jornais etc.
E seu Amor, comose aumentando fosse pela amada, ia nas pessoas, nos rostos e olhares das pessoas da cidade e a cidade e os bares e oscarros nas ruas fluindo como que em perene trânsito de carros e transeuntes, as pessoas e os carros e os cartazes do cinema fluiam-lhe a idéia.
Passou frio nas alamedas, estava sem blusa, e viu muitas árvores, folhas verdinhas e lindas, e uma sequinha sequinha qui só: E esta sequinha na tarde em seu fim, pois a noite chegava com a lua cheia e achuva trazida, por esta parecia mesmo uma árvore de ficção invenal. Enem era inverno ainda. O m^s era maio e a praça chafariz.
Olhou para o céu, fechou a manga comprida da camisa, subiu e desceu vária ruas a pé a procura do conto no ar procurava para ser escrito. Sentindo o Amor pela amada o sujeito do amor era ele a procura de ela, a amada tão bela e malvada seu bem não queria, seu bem recusava e dizia pra ele amador diletante - Esse amor cê que cria, esse amor fantasia não existe tolinho, sai dessa barango, dizia a amada ao amnte que ria.E os dois bem assim se riam demais um do outro. E a noite caía assim como na chuva que a lua trouxera tão cheia que era de chuva e ficção, ficção científica.
E é verdade que procurava o amigo em todos os lugares, precisava falar-lhe deste conto escrever. E o amigo? Qui nada o amigo não estava em lugar algum ou melhor, em lugar algum encontrável.
Ligou para ele, sua mãe atendeu, qui nada de amigo encontrar pra contar esse conto, parece de fada, qui nada ele é foda esse Amor pela amada. E dizia a si mesmo que Amor é foda.
_Esse Amor que me rói, que me dói, que me queima, como é belo sentir e você meu amor minha amada não sentes mais nada? E dizia ainda mais - meu bem já não creio em mais nada, tampouco em você minha amada se mentes ou não vais saber o que sentes ou sento se é regra ou só fato.
E a form? Oras a forma que ele deveria usar prá escrever este conto ou aquele ou quem aabe o outro ainda que deveria de contar se tivesse sido contado por outro. A verdade é que haveria de contar o contar.
E tu querido leitor ou leitora querida,o que sentes neste conto narrando um conto falado? Imagino te assim agora semi deitado ou semi deitada lendo bem a vontade , gozando do prazer de ler um conto a se contar prá alguem, pois mudam-se os contoares mudam-se os contos e as formas, e os contos continuam contos, contos e contos: rasgado de amor.
Marco Aurelio Brezeghello
poeta contista
nascido em 24 de dezembro de 1961
Secetário da Arpe
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