domingo, 17 de novembro de 2013

Festival vai explorar mitologia e história de Perséfone através da dança árabe

 Cultura
‘Deusas’ no palco
Festival vai explorar mitologia e história de Perséfone através da dança árabe
Mariana Cerigatto
Jade Suhaila


Fotos: Reprodução Facebook

Evento contará com participação das especialistas Jade Suhaila...

Para os gregos, Perséfone era a Rainha distante do Mundo Avernal, que vigiava as almas dos falecidos. Mas, para os romanos, ela era conhecida também como a virgem, donzela, associada com os símbolos de fertilidade: romã, o grão, o milho e, ainda, com o narciso, a flor que a atraiu. E a história desta deusa será a principal inspiração do 3º Festival de Danças Árabes e Étnicas de Bauru. O espetáculo do dia 22 de novembro, às 20h, no Teatro Municipal, contará com a apresentação de aproximadamente 25 danças e envolverá cerca de 70 bailarinos. A iniciativa é da companhia de danças árabes Jade Suhaila.

Ainda na programação do Festival, no dia 23 de novembro, às 14h, na Academia Sigma, haverá dois workshops com Munira Magharib – bastante conceituada em folclore árabe e danças tradicionais da atualidade. Além de Munira, o evento contará com convidados, como Cyra Gagliardi e Insaf (Sorocaba), Nil Silva (Botucatu), Aisha (São Paulo), Grupo Equilíbrio (Araçatuba), além das apresentações bauruenses de Nilza e Pablito, com o tango, e Gabriel Woelke.

Mitologia grega

Jade salienta que a escolha de uma deusa atende à necessidade de resgatar o “essencial feminino” de cada mulher. “Quando trabalhamos com mulheres e dança árabe, precisamos também resgatar o essencial feminino de cada uma. Por isso, durante as aulas passamos exercícios de autoconhecimento, percepção do seu ‘eu feminino’; para isso usamos alguns arquétipos da mitologia grega”, enfatiza.

Através dos arquétipos, é possível compreender um pouco mais sobre os comportamentos femininos, sentimentos e como lidamos com as situações, conforme aponta Jade. “Escolhemos um arquétipo em especial, que é o da deusa Perséfone. É o arquétipo do misticismo, da ligação profunda com o inconsciente, da polaridade vida-morte. Contaremos a história através da dança, pela visão de Perséfone, como se fossemos ela, e mostraremos como ela se sentiu dentro de cada situação.”


Diversidade

Um dos objetivos do Festival, conforme explica Jade Suhaila, professora e organizadora do Festival, é mostrar a riqueza e diversidade das diferentes modalidades da dança árabe, como as folclóricas, tradicionais, clássicas e modernas, entre outros estilos, como o tribal fusion, o gótico e a dança cigana. Já Munira Magharib salienta que “a dança é bem difundida no Brasil, mas, às vezes, é entendida de forma muito simplificada.





...e Munira Magharib
Oficinas de dança

No dia 23 de novembro, às 14h, na Academia Sigma, haverá dois workshops com Munira Magharib, com duração de 1h30 cada um, totalizando três horas. Ainda no mesmo dia, após às 17h, Jade Suhaila também vai ministrar atividades ligadas ao Festival.

Munira versará sobre dois temas diferentes – “Movimento de Véu para Entrada de Música Clássica” e “Técnicas de Expressão Corporal no Saidi”. “O objetivo da primeira oficina é desenvolver mais técnica e postura na movimentação do véu e evoluções mais impactantes para a música clássica”, explica. “Já a outra oficina demonstra a expressão corporal para o Saidi – dança típica do Sul do Egito. O Saidi segue um estilo bem diferente da música clássica”, esclarece Munira.


Serviço
Ingressos custam R$ 20,00 (inteira) ou R$ 10,00 (meia-entrada) + 1kg de alimento não-perecível, que será destinado à Sapab. Pontos de venda: Ballet Vitória Régia (às terças, quartas e quintas, das 19h30 às 22h30) e na Academia Sigma (sextas, das 15h às 17h, e sábados, das 14h às 18h). Informações: (14) 98129-9779, (14) 3231-2421 e www.facebook.com/jade.suhaila





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Manoel Messias Pereira

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