O lundu a noite ecoa,
ressoa a pele, o descampado,
o abandono do requebro,
a gana.
Soa o breu da alma, a rima nua.
Brilha a treva
- luz de mãos e ventres -
Chorado mulundu enrosca o gesto
ao ar,
sua o batuque n'alma retorcida,
olhos se comem, perto, longe.
O lume no rosto,
rastro de fogo,
traço de cheiro esguio,
Lundum hesita, rompe o ritmo
altera e incorpora
a usura da dança,
e o imenso oleoso desejo,
solto sob a noite
flutua aos sons dos olhos.
Lilia Silvestre Chaves
poetisa
Belém - PA - Brasil
Lundu Marajoara (espetáculo)
ressoa a pele, o descampado,
o abandono do requebro,
a gana.
Soa o breu da alma, a rima nua.
Brilha a treva
- luz de mãos e ventres -
Chorado mulundu enrosca o gesto
ao ar,
sua o batuque n'alma retorcida,
olhos se comem, perto, longe.
O lume no rosto,
rastro de fogo,
traço de cheiro esguio,
Lundum hesita, rompe o ritmo
altera e incorpora
a usura da dança,
e o imenso oleoso desejo,
solto sob a noite
flutua aos sons dos olhos.
Lilia Silvestre Chaves
poetisa
Belém - PA - Brasil
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