Um dia recebi um desenho de uma casa entre neves e uma árvore de Natal. E o desenho não tinha data. Acreditei que na realidade que me deu aquele desenho pensava que todos os dias fossem o natal.
Recebi outro desenho que tinham crianças entoando musicas. Não porque as ouviam mas elas estavam com um caderno e flautas na boca. E entre estrelas. Pensei que fossem anjos.
E recebi da mesma pessoa, um desejo, "Manoel, que papai Noel, te traga, muito carinho, amor e felicidade, dinheiro, saude, paz e esperança. Mas o Natal naquele ano passou. janeiro chegou e a mesma pessoa enviou-me apenas uma folha de caderno, em que ela colou pequenas estrelas, e lá estava frases como "Quem o seu caminho seja sem obstáculo, para que possa seguir confiante na busca de seus ideais" ou "Que seu caminho seja cheia de encanto, para que possa fazer de seus sonhos algo palpavel real".
A singeleza dos desenhos e a ternura das folhas de papel, os cadernos reais de nossas vidas, dá-nos essa condição de entendermos que olhar a rosa, disperta-nos para a beleza, e que olhar o luar e as estrela reflete-nos pequenos, diante do gigantesco universo. E olhar as coisas simples como um desejo contido num desenho, faz compreender que nascemos pra compartilhar um abraço, um beijo, um olhar. Até transformar uma pequena folha de papel. Em nosso céu. Só nosso. E entender que as estrelas brilham. Mas sem o papo cientificista ou cientifico, só ilusório. Viver a nossa constancia como se entendessemos bem a nossa imaginação ou ignorância. É um bom barato.
Manoel Messias Pereira
poeta
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