O Haiti hoje é um país frágil, econômicamente, que foi surpreendido pela violência da natureza, que trouxe os abalos sísmicos, que derrubaram prédios, interromperam serviços públicos e deixaram uma população em desespero com mortes em grande proporção e muitos feridos, que necessitam da ajuda humanitária do mundo, da solidariedade, da fraternidade e principalmente do respeito aos haitianos, pela suas dores.
Porém algumas falas de seres humanos, devidamente bem relacionados nos meios políticos religiosos e diplomáticos, fez-me indignar com veemência. E essas são as falas do Pastor Pat Robertson e do Consul Geral do Haiti em São Paulo Sr. George Antoine, por suas expressões descabidas e vertente de racismo e xenofobia, utizando pra isto a idéia da racialidade e o preconceito religioso.
No dia 12 de janeiro de 2010 o pastor Pat Roberson, repúblicano que disputou e perdeu as prévias primárias do seu partido, nos Estados Unidos na última eleição afirmou que "o Haiti é um país amaldiçoado, pois fez um pacto com o diabo para se ver livre dos colonizadores franceses e o diabo aceitou."
No dia 16 de janeiro de 2010 o Consul Geral do Haiti , morador em São Paulo declarou a Folha de São Paulo, Caderno Mundo, Página A21, que "De tanto mexer com macumbaria não sei o que é aquilo. O povo africano em si tem uma maldição. Todo lugar que tem africano está fodido".
Essas duas falas são desqualificadas do ponto de vista científico, e tem um ranço podre das pessoas ignorantes antropológicamente. Mas na verdade são racistas contumazes, e puderam exercer esse racismo neste momento de dor.
Nós negros estamos no mundo, porque os nossos ancestrais, foram arrancados do seu continente de origem ou seja em África e espalhados no mundo para o trabalho escravo. Portanto mesmo vítima desta violência causada pela civilização, nós afrosdescentes seres da diáspora africana, estamos brilhando como profissionais, como seres intelectuais em todas as áreas da atividade humana, ou seja somos luzes que florescem em cada ponto do globo, pois no Atlântico, não trafegaram apenas corpos para o trabalho, mas filosofia, cultura, religião, pensamento que soubemos preservar. E um exemplo disto são seres humanos nobres como Abdias do Nascimento político e antopólogo respeitado, BaracK Obama, político presidente dos Estados Unidos da América Prêmio Nóbel da Paz, Edison Arantes do Nascimento Pelé, maior jogador de futebol do Mundo, Dr. Hédio da Silva Junior um dos maiores juristas que este país ja conheceu, Sra. Condelessa Rice ex-Secretária Americana e reitora de Universidade nos Estados Unidos, Stuart Hill antropólogo inglês, Paul Guiroy antropólogo ingles, Luis da Gama Jurista brasileiro, Dr. Joaquim Barbosa Ministro do Supremo Tribunal Federal, Petronilha Beatriz Gonaçves professora pós doutora do Conselho Nacional de Educação, Senhor Walter Silvério professor Universitário e todos são afros descendentes, filhos ou netos da diáspora africana.
Só necessitamos que todos possam ver-nos com o olhar da diferença, mas do respeito a nossa presença pois estamos no mundo pra ter igualdade de oportunidade, na participação da produção e num compartilhamento e melhoria das relações sociais estabelecidas.
Manoel Messias Pereira
professor de História
especialista em africanidade
extensão em africanidade
São José do Rio Preto-SP
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