Armando Manuel nomeado ministro das Finanças em Angola

Armando Manuel

O presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel, foi nomeado ministro das Finanças, no âmbito de uma remodelação no Governo feita pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.



Um decreto do Presidente exonerou na segunda-feira Carlos Alberto Lopes, ministro desde 2010, e nomeou para o cargo Armando Manuel, que tem liderado o fundo de investimento de cinco mil milhões de dólares lançado por Angola em Outubro de 2012 e era secretário presidencial para os assuntos económicos.

Não é claro se Armando Manuel se manterá na presidência do fundo que tem, entre os administradores, José Filomeno dos Santos, filho do Presidente da República e líder do executivo, cuja indicação foi criticada pela oposição. O terceiro administrador é Hugo Gonçalves, que ocupou cargos no sector bancário e na gestão de activos em organizações como o Standard Bank  Angola e o Fundo de Pensões e Desenvolvimento de Angola.

A AFP refere-se a rumores divulgados pela imprensa angolana segundo os quais a entrada de Armando Manuel abriria o caminho à nomeação de José Filomeno dos Santos para presidente do fundo.

O novo ministro das Finanças foi, antes da indicação para liderar o fundo, Director Nacional do Tesouro e chefe dos departamentos de pesquisa e de tesouraria do Ministério das Finanças.

Na primeira remodelação após as eleições gerais de Setembro de 2012, foi também substituído o titular da pasta da Construção. Fernando Fonseca foi exonerado, sendo nomeado para o cargo Waldemar Pires Alexandre, até aqui coordenador adjunto da comissão de gestão do Instituto Nacional de Estradas de Angola. O cargo de secretário presidencial para os assuntos económicos passa a ser ocupado por Sérgio Mendes dos Santos, em substituição de Armando Manuel.

O Presidente mexeu igualmente na equipa de governadores: Armando da Cruz Neto é substituído na província de Benguela por Isaac dos Anjos, que foi exonerado da província do Namibe, onde é substituído por Rui Falcão Pinto de Andrade, membro do bureau político e porta-voz do partido no governo, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).

Baseado nas receitas de venda de petróleo, o Fundo Soberano de Angola foi apresentado como elemento instrumento para o investimento em projectos de desenvolvimento económico do país.