Quando o sol entre as folhas beija a brisa,
Pisar o chão do corpo e da memória,
Olhar o tempo em cântico marcado.
Cantar o sino à tarde de poeira,
Sentir o templo, nave intemporal,
Ouvir murmúrios longos de silêncio
Entre as fímbrias dos dedos e da voz.
Cantar dos olhos a saudade antiga,
Rever a rua solta na penúmbra,
Vagar dos anjos, leve entre os cascalhos.
Amarelar janelas, pó, sacadas,
Gritar no ventre da saudade grande
Deixar morrer com medo e com ternura.
Wilson Daher
poeta
São José do Rio Preto.
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