Em 24 de outubro de 1970 - A Frente de Unidade Popular foi eleita no Chile e o Congresso Nacional confirmou o médico e socialista Salvador Alende como presidente e o poeta Pablo Neruda como o seu vice.
Em 24 de outubro de 1968 - O bispo D. Helder Câmara, teve a sua residência em Recife metralhada.
Em 24 de outubro de 1929 - Houve a queda da bolsa de Nova Iorque, começou a Grande Depressão Economica nos Estados Unidos da América e que afetou economia do mundo todo.
Em 24 de outubro de 1930 - O presidente do Brasil, Wasghiton Luis, foi deposto em consequência do Golpe da Aliança Liberal, aplicado por Getúlio Vargas.
Em 24 de outubro de 1917 (Calendário Juliano) e 6 de novembro 1917 (Calendário Gregoriano), aconteceu a Revolução Bolchevique. Quando Vladimir Ilictch Ulianov, o popular Lênin, soube fazer a leitura dos anseios do povo. E conseguiu fazer a Revolução Socialista de 1917 na Rússia.
Revolução Russa
A Revolução Russa de 1917 foi um acontecimento capital na História do Século XX. Foi uma etapa importante, no contexto histórico, uma experiencia socialista, que o mundo errôneamente chamaram de Comunismo.
Lenin foi o primeiro chefe do Governo Socialista russo, implantado com a revolução de outubro de 1917.
Antecedentes
Os antecedentes da Revolução Russa devem ser procurados na Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, e em seus desdobramentos: formação do proletariado, prática do “capitalismo selvagem” e evolução das idéias socialistas.
A Revolução Industrial consolidou o sistema capitalista e as relações de trabalho assalariado. Nestas, o trabalhador não tem qualquer controle sobre os meios nem sobre os instrumentos de produção, entrando no processo produtivo como mera força de trabalho não-qualificada. Tal situação, agravada pela enorme oferta de mão-de-obra existente, levou os capitalistas a explorar o proletariado de forma absolutamente desumana, configurando o que se convencionou chamar de “capitalismo selvagem”.
O proletariado, por ser um grupo social novo, demorou para adquirir consciência de classe, que Ihe daria a coesão necessária para lutar por melhorias em suas condições de trabalho e de vida. Foi somente a partir de meados do século XIX que começaram a se organizar os primeiros sindicatos e apenas em fins daquele século que eles começaram a conquistar alguns direitos. Os governos dos países industrializados, controlados pela burguesia, obviamente dificultaram ao máximo a organização do operariado e sua luta reivindicatória.
Assim, como a miséria dos trabalhadores permanecia sem expectativa de solução, certos intelectuais (geralmente de origem burguesa, mas sensibilizados pela causa operária) começaram a criar teorias que propunham mudanças na estrutura econômica e social do capitalismo, com vistas a criar uma sociedade mais justa e menos diferenciada. Surgiram então as idéias socialistas.
As primeiras teorias ficaram conhecidas pelo nome de socialismo utópico porque não pregavam a destruição do capitalismo, mas apenas sua reforma; ora, na opinião dos socialistas radicais, essa atitude era utópica, já que, para eles, o capitalismo era intrinsecamente mau, não podendo ser reformado — mas apenas destruído. Os pensadores utópicos eram apenas burgueses, e tinham medidas socializantes, mas nada que pudesse garantir a massa de despossuídos, o equilíbrio econômico e social.
O socialismo Científico encontrou sua maior expressão em Karl Marx e Friedrich Engels.Para eles, o capitalismo deveria ser destruído . E a idéia marxista, estava alicerçado na crítica ao capitalismo, que possibilitou a burguesia o seu bem estar com o capitalismo industrial monopolista, mas não resolveu, as dores sociais e as agonias para a sobrevivência da classe trabalhadora, além distoMarx e Engels, observaram as experiencias dos jacobinos, assim como a Conspiração do Iguais na França o que eles chamaram de "socialismo francês", ou seja se a pequena burguesia, conseguiram governar, mesmo sofrendo todas as pressões que culminaram com a Revolta Termidoriana, quando os Girondinos tomam o poder dos Jacobinos, mas ficou certo que o trabalhador também conseguiria governar e a questão é a luta de classe. Outro ponto e o processo da Dialética Hegeliana, na qual é com ela, que Marx e Engels pensam a teoria da "Dialética do Materialismo Histórico.
E assim Lênin vai colocar em prática, toda a teoria, embora na prática, Marx chegara afirmava que o socialismo seria possível num país industrializado, mas a experiência foi num país agrário, com profundas desigualdades, num ambiente teocrático, sustentado pelos Czares, o exército, aIgreja Católica Ortodoxa, e uma burguesia incipiente, que viviam de capital estrangeiro.
Marx afirmava que a revolução socialista deveria triunfar nos países mais industrializados, onde o proletariado seria mais numeroso e organizado. E o que vimos em país como a Inglaterra foi a exploração do homem pelo homem. Enquanto desenvolvia-se a máquinas e equipamentos, graças a revolução Cientifica combinada com a revolução Industrial e que beneficiava a classe burguesa, o trabalhador permanecia a serviço do patrão até 18 horas diarias, sendo que a exploração era além dos homens de mulheres e crianças. E quando havia um desenvolvimento das máquinas e equipamentos, as pessoas eram dispensadas de seus trabalhos, e isto vem ocorrendo até hoje numa outra fase da industrialização como a automação, a informática a robótica. Foi por isto que surgiram o Movimento Ludita como os quebradores de máquinas de orientação ideológica anarquistas, e mas tarde as trudes unions, até o movimento cartista, e mais tarde o movimento de trabalhadores, unidos pelas greves, passeatas, marchas, vão chegar até o movimento socialista.
A Rússia no início do século XX
Ao iniciar-se o século XX, o Império Russo apresentava um extraordinário atraso em relação às demais potências européias:
Atraso econômico — A economia ainda era basicamente agrária, praticada em latifúndios explorados de forma antiquada, através do trabalho de milhões de camponeses miseráveis. A industrialização russa foi tardia, dependente de capitais estrangeiros e se restringia a algumas grandes cidades.
Atraso social — A sociedade russa era ainda mais desigual que a sociedade francesa às vésperas da Revolução de 1789. Havia o absoluto predomínio da aristocracia fundiária, diante de uma burguesia fraca e das massas camponesas marginalizadas. O proletariado russo era violentamente explorado; mas já possuía uma forte consciência social e política e estava concentrado nos grandes centros urbanos — o que facilitaria sua mobilização em caso de revolução.
Atraso político — O Império Russo era oficialmente uma autocracia (isto é, uma monarquia absoluta), com todos os poderes centralizados nas mãos do czar. Não havia partidos políticos legalizados, embora as agremiações clandestinas fossem bastante atuantes. Delas, a mais importante era o Partido Social-Democrata Russo. Que dividiu-se em Menchevique a minoria e Bolchevique a maioria.
A Revolução de 1905
Em 1904-5, a Rússia entrou em guerra com o Japão, disputando territórios no Extremo Oriente, e foi derrotada.
Esse conflito repercutiu na Rússia Européia, dando origem à ao Domingo Sangrento, quando a população saiu em manifesto segundo alguns historiadores e louvando ao rei em outros, mas o czar Nicolau ordenou ao exército que dispersassem a população e neste momento é que ocorre o Massacre do dia 7 de janeiro de 1905. — O que Lênin mais tarde considerou um “ensaio geral para a Revolução de 1917”.
A Revolução de 1905 consistiu em três episódios distintos, todos extremamente significativos:
O Domingo Sangrento — Uma manifestação pacífica de milhares de operários de São Petersburgo (então capital da Rússia) foi violentamente dispersada pela Guarda Imperial, com centenas de vítimas. Esse acontecimento abalou profundamente a confiança do povo em seu imperador.
A revolta do “Potemkin” — O “Potemkin” era um couraçado pertencente à frota russa do Mar Negro. Sua tripulação rebelou-se ao saber que seria enviada para lutar contra os japoneses. Os demais navios da esquadra não aderiram à revolta do “Potemkin”, cujos tripulantes acabaram refugiando-se na Romênia. De qualquer forma, tratava-se de um motim em uma grande unidade da Marinha Russa, evidenciando que as Forças Armadas já não podiam ser consideradas sustentáculos fiéis da Monarquia.
A greve geral — Em São Petersburgo, Moscou e Kiev, os operários entraram em greve geral. Apesar da repressão militar, os trabalhadores resistiram por algumas semanas, sobretudo em Moscou. Dois fatos importantes ocorreram durante essa greve: foram organizados os primeiros sovietes (conselhos) de trabalhadores e houve operários que se defenderam a bala, mostrando que estavam se preparando para uma insurreição armada.
Em 1906, tendo em vista os abalos produzidos pela Revolução de 1905 e pela derrota frente ao Japão, o czar Nicolau ll resolveu criar a Duma, como um primeiro passo em direção à liberalização. Tratava-se de uma Assembléia Legislativa com poderes extremamente limitados; e, como era censitária, seus deputados representavam apenas 2% do total da população.
A Revolução de 1917 (1ª fase)
A causa imediata da Revolução Russa foram os efeitos desastrosos do envolvimento russo na I Guerra Mundial. Na qualidade de membro da Tríplice Entente, juntamente com a Grã-Bretanha e a França, o Império Russo entrou em guerra com a Alemanha e a Áustria-Hungria em 1914. Mas, embora seu gigantesco exército tivesse o apelido de “rolo compressor”, os russos não estavam à altura de seus adversários alemães. Estes impuseram às tropas do czar derrotas esmagadoras, que só não levaram a Rússia à rendição porque a Alemanha, dividida entre duas frentes de batalha (havia uma Frente Ocidental, contra ingleses e franceses), não pôde explorar suas vitórias a fundo. Mesmo assim, boa parte do território russo encontrava-se em poder dos invasores — principalmente a Ucrânia, cujo tchernoziom (terra negra) era considerado o celeiro do Império.
As pesadas perdas sofridas pelo exército, mais as dificuldades de abastecimento, somadas à alta do custo de vida e à ineficiência e corrupção administrativas, levaram o povo russo a uma situação de verdadeiro desespero. Assim, em fevereiro de 1917 (março, pelo calendário vigente nos países ocidentais), eclodiram manifestações em Petrogrado (novo nome de São Petersburgo), exigindo a saída da Rússia da guerra. As tropas da capital recusaram-se a reprimir os manifestantes e aderiram a eles. O czar Nicolau ll, que se encontrava em seu quartel-general, foi impedido de entrar em Petrogrado. Em questão de dias, a insurreição alastrou-se por todas as grandes cidades do Império.
Como o príncipe-herdeiro era hemofílico, Nicolau ll preferiu abdicar em favor de seu irmão, mas este recusou o trono. Para que a Rússia não ficasse acéfala, a Duma organizou um governo provisório constituído de aristocratas e burgueses, sob a chefia do príncipe Lvov.
Tentando ganhar o apoio das massas, o novo governo adotou uma postura liberal, decretando anistia política. Com isso, milhares de prisioneiros foram libertados e centenas de exilados retornaram à Rússia. Entre eles, inúmeros revolucionários bolcheviques, liderados por Lenin. Imediatamente começaram a ser organizados sovietes de operários, soldados e camponeses, com vistas à realização da revolução socialista.
Recém-chegado do exílio, Lenin tentou um golpe de Estado em julho de 1917, mas falhou e foi obrigado a se esconder por algum tempo. O príncipe Lvov foi substituído na chefia do governo provisório por um advogado chamado Kerensky, do Partido Social-Revolucionário (apesar do nome, essa era uma agremiação política moderada), que gozava de uma certa popularidade. Mas esta se deteriorou rapidamente, devido à insistência de Kerensky em continuar a guerra contra a Alemanha, apesar dos anseios de paz da população e da impossibilidade de a Rússia poder sustentar um conflito militar de tais proporções.
A Revolução de 1917 (2ª fase)
Em outubro de 1917 (novembro, pelo calendário ocidental), os bolcheviques finalmente tomaram o poder. Os sovietes, controlados por eles, haviam se transformado no poder de fato da Rússia, anulando o papel da Duma e de Kerensky. Um assalto ao palácio do governo, conduzido por soldados bolcheviques, resultou na fuga de Kerensky, que conseguiu se refugiar nos Estados Unidos. Algumas dezenas de jovens cadetes pereceram nas escadarias e salões do palácio, tentando defender seu líder que fugia.
A Duma foi dissolvida e o poder foi assumido por um Conselho de Comissários do Povo, chefiado por Lenin. O novo governo convocou imediatamente uma Assembléia Constituinte.
Esta é uma das mais belas páginas da história.
Em 24 de outubro de de 1865 - Morreu Paul Bogle - lider rebelde jamaicano, nascido em 1822.
Em 24 de outubro de 2005 - Morreu Rosa Parks, a costureira, ativista estadunidense, pelos direitos civis dos negros norte-americanos.
Em 24 de outubro de 1945 - Fundação da Organização das Nações Unidas - ONU.
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