Minha cidade
A leitura que faço a cada momento dos edifícios, das ruas, dos jardins, dos bancos das praças, do chafariz, da fonte, e das flores, evidente que tens muito a ver com as pessoas, que moram, na minha cidade.
São José do Rio Preto-SP, este ano de 2013, esta evidentemente completando 162 anos de vida, uma jovem cidade, que tens lindas avenidas, como a Bady Bassit, Murchid Homsi, Alberto Andaló.
Que tens as ternuras da represa municipal, o grande lago artificial, que encanta as pessoas que vens fazer caminhadas nas tardes, nas noites e até saborear um acarajé da Dona Edna, uma doce senhora, que mantem o sorriso mais lindo, é quase uma deusa, que veio de Salvador, pra ficar neste interior paulista e ser conhecida carinhosamente de baiana.
Rio Preto, possui o Rio Preto, que já nasceu preto, "parodiando meu querido Romildo Sant'Anna", mas que a estupidez de governantes, que apenas sabe bem assassinar a natureza, emudecendo um rio que podia cantar, mas que é calado pelo doce fedorento caldo de merda, pois jogar o esgoto em natura nos rios ainda é uma pratica no Brasil que deveria ser abolida, já que há tecnologia, há engenharia capaz de fazer a capitação dos dejetos e tratá-los condignamente, sem violentar a natureza.
Hoje já temos uma estação de tratamento que dá um outro olhar, pra essa cidade. Que permite que o Rio Preto, tenha apenas as águas escura, pelo seu leito e não pela degradação ambiental.
A leitura, as vezes tens um olhar, ferino, querendo que todos os problemas possam ser resolvidos rapidamente, as vezes tem um olhar terno acreditando que todas as belezas se resume no belo olhar das meninas rio-pretense.
São José do Rio Preto, em que foi encontrado uma imagem de São José de Botas, em que João Bernadino de Seixas o seu fundador, se perdeu e acabou sendo guiado por um misterioso pássaro azul. Parece que tens o dom de ser um município feliz, e possibilitar as pessoas de compartilhar de esperanças, de respeito, de fraternidade, são esses passos, que permitem-nos viver e amar, crescer e envelhecer, esperando um dia ser sepultado um corpo mas permanecer nas mentes eternamente, como rio-pretense.
Minha cidade é um encanto, tens ternuras, tens cantos, hinos, pintores, como José Antonio da Silva, Florêncio Duarte, Daniel Firmino, Fuzinelli, Jocelino Soares, e tens escritores e poetas, como Marco Aurelio Breseghello, Walter Merlotto, Joventino Cardoso, Julio Vieira, Valter de Lucca, Rosalie Gallo Y Sanches, Silvia Purita (in-memória) e outras beldades.
Conhecer uma bela cidade interiorana, é ter a felicidade de passear, por este encanto.Respirar essa memória, e saber de nossas histórias, como quem alimenta-se de prazer, epicurista.
Manoel Messias Pereira
professor e poeta
São José do Rio Preto-SP - Brasil
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