Crônica de Manoel Messias Pereira
A Paz de Gandhi
Mahatma Gandhi afirmava que a não violência era o seu primeiro artigo de fé e também o último artigo de seu credo. Foi um lutador contra a injustiça. Dizia da coragem silenciosa de morrer sem matar, e que o perdão realçava o valor do soldado.
Em 2002, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris a paz nos dias de hoje e concluíram que em tempo de globalização isto seria impossível.
E num artigo Umberto Eco chegou a afirmar "A paz universal é como desejo da imortalidade, tão difícil de satisfazer que as religiões prometem para depois da morte.
Para refletir a Paz é preciso lembrar Gandhi que teve palavras iluminadoras, verdadeiras estrelas.
Diante deste contexto é importante lembrar-o, é importante estabelecer um paralelo entre a paz e a estupidez de governantes que utiliza da vulgaridade do comércio da guerra, da destruição de edifícios de hospitais, da indústria e do alto faturamento econômico para os produtores de materiais bélicos que com certeza financiam governantes, não se importando com famílias dizimadas, com crianças mutiladas ou com a imprensa permanentemente de luto, graças, aos assassinatos de seus repórteres e jornalista, nada disto comove os facínoras travestido de humanismos, que permanecem em seus postos de comando sob a égide de um culto ou de uma crença.
Gandhi afirmava " a guerra que aqui se desenvolve mostra a futilidade da violência, o ódio que mata sempre, enquanto que o amor não mata nunca. tenho por objeto a amizade com o mundo inteiro. Quero unir o maior amor à mais firme posição do mal."
Diante do contexto, refletimos que as lições de ódio, tiranias e a falta de caráter de alguns homens públicos, que traçam a guerra para desviar a atenção da sua capacidade gerencial administrativa não deve sobrepor a exemplos de amor, que já assimilamos.
E concluímos numa frase de Gadhi, " A verdade é dura como diamante e frágil como a flor do pêssego".
Manoel Messias Pereira
professor cronista
São José do Rio Preto-SP
John Lennon
Poesia de Edvaldo Jacomelli
CÁPSULAS DE CARNE
Edvaldo Jacomelli
O pensamento é uma carne
Que vive exalando perfume
De flores invadidas por abelhas,
Que nos fornece mel em doses de aurora
Quando o sol se nos mostra feliz!
É bom repousar nesse vale de arco-íris
Recheado de azuis celestes do infinito
Para que o pensamento possa brotar
Verde e vasto
Iluminando a geração de cascalhos da alma
Fortificar essa residência de lúmens
Do interior nosso de fome sábia
Que vai traçando os conhecimentos,
Furando os obstáculos da ignorância,
Favorecendo a caminhada encorpada em busca da verdade
Então, o corpo em carne do que se pensa em alma
Flui naturalmente;
entusiasmado assopra oxigênio na natureza viva,
Em gotículas de beleza interior fura a amargura,
Sorrindo na essência daquilo que gratifica a existência
Edvaldo Jacomelli
poeta, cronista e contista
São José do Rio Preto - SP
João Nogueira
Poesia de Carlos Drummond de Andrade
A Flor e a Náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
A Paz de Gandhi
Mahatma Gandhi afirmava que a não violência era o seu primeiro artigo de fé e também o último artigo de seu credo. Foi um lutador contra a injustiça. Dizia da coragem silenciosa de morrer sem matar, e que o perdão realçava o valor do soldado.
Em 2002, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris a paz nos dias de hoje e concluíram que em tempo de globalização isto seria impossível.
E num artigo Umberto Eco chegou a afirmar "A paz universal é como desejo da imortalidade, tão difícil de satisfazer que as religiões prometem para depois da morte.
Para refletir a Paz é preciso lembrar Gandhi que teve palavras iluminadoras, verdadeiras estrelas.
Diante deste contexto é importante lembrar-o, é importante estabelecer um paralelo entre a paz e a estupidez de governantes que utiliza da vulgaridade do comércio da guerra, da destruição de edifícios de hospitais, da indústria e do alto faturamento econômico para os produtores de materiais bélicos que com certeza financiam governantes, não se importando com famílias dizimadas, com crianças mutiladas ou com a imprensa permanentemente de luto, graças, aos assassinatos de seus repórteres e jornalista, nada disto comove os facínoras travestido de humanismos, que permanecem em seus postos de comando sob a égide de um culto ou de uma crença.
Gandhi afirmava " a guerra que aqui se desenvolve mostra a futilidade da violência, o ódio que mata sempre, enquanto que o amor não mata nunca. tenho por objeto a amizade com o mundo inteiro. Quero unir o maior amor à mais firme posição do mal."
Diante do contexto, refletimos que as lições de ódio, tiranias e a falta de caráter de alguns homens públicos, que traçam a guerra para desviar a atenção da sua capacidade gerencial administrativa não deve sobrepor a exemplos de amor, que já assimilamos.
E concluímos numa frase de Gadhi, " A verdade é dura como diamante e frágil como a flor do pêssego".
Manoel Messias Pereira
professor cronista
São José do Rio Preto-SP
Poesia de Edvaldo Jacomelli
CÁPSULAS DE CARNE
Edvaldo Jacomelli
O pensamento é uma carne
Que vive exalando perfume
De flores invadidas por abelhas,
Que nos fornece mel em doses de aurora
Quando o sol se nos mostra feliz!
É bom repousar nesse vale de arco-íris
Recheado de azuis celestes do infinito
Para que o pensamento possa brotar
Verde e vasto
Iluminando a geração de cascalhos da alma
Fortificar essa residência de lúmens
Do interior nosso de fome sábia
Que vai traçando os conhecimentos,
Furando os obstáculos da ignorância,
Favorecendo a caminhada encorpada em busca da verdade
Então, o corpo em carne do que se pensa em alma
Flui naturalmente;
entusiasmado assopra oxigênio na natureza viva,
Em gotículas de beleza interior fura a amargura,
Sorrindo na essência daquilo que gratifica a existência
Edvaldo Jacomelli
poeta, cronista e contista
São José do Rio Preto - SP
Poesia de Carlos Drummond de Andrade
A Flor e a Náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio,o nojo e o ódio.
Carlos Drummond de Andrade
poeta, cronista, jornalista, funcionário público
Itabira - MG
Antonio Marcos
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