quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Reflexão Literária,Sueli Aparecida Herrero Carneiro, Maria da Graça Almeida e Manoel Messias Pereira

poesia de  Sueli Aparecida Herrero  Carneiro
Mãos

As mãos pedem.
Mas também impedem.
As mãos recusam.
Mas também se oferecem
As mãos escrevem.
Mas também apagam.
As mãos se levantam.
Mas também apagam.
As mãos se fecham
Mas também procuram
As mãos doam.
Mas também negam.
As mãos acusam.
Mas também perdoam.
As mãos amparam.
Mas também afastam.
As mãos se afagam.
São as mesmas que acenam.
Pra dizer adeus.
Aqueles que foram seus.


Sueli Aparecida Herrero Carneiro

poetisa
São José do Rio Preto - SP - Brasil


Moacir Franco - Baladas das mãos

Poesia - Maria da Graça Almeida


Adolescíamos

Dia frio,
do chocolate,
 o vazio,
da adolescência,
também.

Saudade,
calor que arde
 dentro de uma xícara
do laticínio
tardio.

Lindo!

Chego a perceber
os passos moribundos
da velha máquina
e, do outro lado,
bem cerzido,
o retrato da menina,
abotoado.


Maria da Graça Almeida
poetisa, pedagoga e professora de educação artística

Pindorama - SP - Brasil


Malu Magalhães - olha só moreno

Poesia - Manoel Messias Pereira
Araganha
Ladainha mecânica



quero alguém 
pra recuperar a linguagem 
pra amar numa viagem 
pra chorar de vertigem 
pra temperar a mestiçagem 
pra gozar de sacanagem 

preciso de alguém 
que fique de olhos fechados 
de pernas abertas 
que crie gritos 
e possa ser completa 
que possa escancarar 

morder, arranhar 
gritar, gritar, 
gemer, gemer 
e ficar no êxtase 
até desmaiar 

de prazer. 


Manoel Messias Pereira

poesia
São José do Rio Preto - SP - Brasil

Rita Lee - Sexo e amor

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