poesia de Sueli Aparecida Herrero Carneiro
MãosAs mãos pedem.
Mas também impedem.
As mãos recusam.
Mas também se oferecem
As mãos escrevem.
Mas também apagam.
As mãos se levantam.
Mas também apagam.
As mãos se fecham
Mas também procuram
As mãos doam.
Mas também negam.
As mãos acusam.
Mas também perdoam.
As mãos amparam.
Mas também afastam.
As mãos se afagam.
São as mesmas que acenam.
Pra dizer adeus.
Aqueles que foram seus.
Sueli Aparecida Herrero Carneiro
poetisa
São José do Rio Preto - SP - Brasil
Poesia - Maria da Graça Almeida
Adolescíamos
Dia frio,
do chocolate,
o vazio,
da adolescência,
também.
Saudade,
calor que arde
dentro de uma xícara
do laticínio
tardio.
Lindo!
Chego a perceber
os passos moribundos
da velha máquina
e, do outro lado,
bem cerzido,
o retrato da menina,
abotoado.
Maria da Graça Almeida
poetisa, pedagoga e professora de educação artística
Pindorama - SP - Brasil
Malu Magalhães - olha só moreno
Poesia - Manoel Messias Pereira
Araganha
Ladainha mecânicaquero alguém
pra recuperar a linguagem
pra amar numa viagem
pra chorar de vertigem
pra temperar a mestiçagem
pra gozar de sacanagem
preciso de alguém
que fique de olhos fechados
de pernas abertas
que crie gritos
e possa ser completa
que possa escancarar
morder, arranhar
gritar, gritar,
gemer, gemer
e ficar no êxtase
até desmaiar
de prazer.
Manoel Messias Pereira
poesia
São José do Rio Preto - SP - Brasil
Rita Lee - Sexo e amor
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