Um olhar conjuntural sobre o Mundo

Quando observamos o mundo capitalista, e vemos que trabalhadores em todas as partes do mundo estão nas ruas reivindicando direitos, brigando contra as alterações nos seus seguros sociais e previdenciários, e vemos uma declaração como a do Comandante das Forças Armadas da Bolívia, que afirmar-se socialista, anti-capitalista e anti-imperialista, quando das comemorações do bicentenário do exército boliviano, isto conforta-nos, mas é preciso ampliar essa concepção política e pra isto vale toda a luta pra conscientização política de quem mais sofrem, os nossos trabalhadores.
Essa luta pela conscientização, deve ser refletida como a dos trabalhadores na Alemanha, que segundo a imprensa pública hoje, pararam mais de cem mil operários, nas cidades de Stuttgart, Dortmund, Nueremberg e Erfurt, contra o corte dos benefícios sociais, que segundo a coalizão governamental, os mesmo precisão ser feitos para recuperar o Estado da crise financeira. Outro fato ocorre na Grécia quando o País divulgou hoje nos jornais que pretende cortar ainda mais os gastos em cerca de 2% do PIB no orçamento de 2011. E um comentário publicado na Folha de São Paulo, diz "A Grécia não deva cumprir a meta que reduz o déficit para 7% do PIB ainda esse ano". Mas diante disto vimos que os operários pararam recentemente e ontem dia 14 os trabalhadores dos transportes públicos paralisaram as suas atividades. Assim como no dia 30 de outubro de 2010 na Itália mais de 65 mil trabalhadores pararam contra a política de Berlusconi, de reformar o modelo de aposentadorias, a manifestação italiana foi convocada pelo sindicato CGI da Itália. E neste mesmo dia houve manifestações na França e no dia 6 de novembro voltaram-se as manifestações francesas acompanhada de uma greve, e a performance de Sarkozi, começou a ir em queda, primeiro com a expulsão dos ciganos, e depois com a redução dos direitos dos trabalhadores francêses. E agora hoje vejo que o sindicato dos professores de Portugal, envia-nos um comunicado sobre a Greve Geral, que já está publicado neste blog, que deverá acontecer dia 24 de novembro. Tudo isto demonstra claramente que o sistema capitalista, utiliza-se de crise, para criar mecanismos, de reformular a exploração do ser capitalista sobre os trabalhadores,e  que nestes países desenvolvidos, os proletários já estão esgotados e desejando um encontrar um porto ancorador, para o pesadelo de viver a contradição de fazer a riqueza, e dela não usufruir.

Enquanto isto, o General Antonio Cuento, declara-se abertamente, ser contra o capitalismo, o imperialismo capitalista e reafirma socialista. E diz "somos assim porque o capitalismo está destruindo a mãe terra" E conclama o exército boliviano como socialista.

Enquanto isto ainda permanece no Brasil e em alguns países da América e possivelmente, até em outro continente, a idéia implantada por ideólogos do imperialismo, muito das quais socias-democratas revisionistas, que são aqueles que surgiram da II Internacional mas negando Karl Marx, refutando as idéias da revolução, e aproximando-se muito mais do capitalismo, do que dos socialistas, como por exemplo o chamado social-democratico cor-de-rosa. Como Clinton, FHC,Tony Blayer entre outros, que identificam , com a corrente de Bernestein, que é o revisionista. Pois as outras correntes que surgiram da segunda internacional temos os conservadores que seguem Karl Kaustyk, que conserva-se as ideias de Marx, no pensamento político e os revolucionários, como Lênin ou Rosa de Luxemburgo, que se tornaram comunistas, ou socialistas marxista e crêem no processo da revolução.

Estes ideólogos do imperialismo falam e ditam a democracia e a liberdade, e apresentam os meios governamentais burgueses como adversários de qualquer forma de ditadura. E tentam cristalizar ditaduras burguesas monopolistas de uma minoria, que espolia e vive do lucro da maioria, e o capital monopolista não reparte com qualquer um o poder político e procura anexar os direitos políticos e as liberdades democráticas de todas as classes e camadas sociais.


E é preciso pressão popular, das massas da sociedade, para que estes governos ou classe dominante, possa ceder, para a criação de instituições democráticas e geralmente uma migalha que oferecem-nos cobram na hora das chamadas eleições burguesas, que não muda nada apenas legitima quem já está no poder, seja no Executivo, ou no Parlamento burguês. As leis são feitas para a proteção patrimonial da burguesia.

Lutar pela democratização dos Estados, e em geral da vida econômica e social de todas as intituições administrativas, políticas e culturais. Entendendo que a democracia operária se faz coletivamente com os seus iguais, numa construção de camaradas.  Pela nacionalização dos grandes setores econômicos e a sua gestão democrática, elevação do nível de vida dos trabalhadores, defender os interesses dos camponeses e da pequena e media burguesia em face das arbitrariedades dos monopólios, lutar pela Paz, pela vocação pacífica do conjunto da economia, de modo a satisfazer as necessidades da população. Preparar o povo para uma revolução de valores ético, de respeito as diversidades, e convivencia pacífica com a pluralidade cultural. essa é a tarefa de quem pensa no trabalho, no socialismo. E se é isto que defende o Exercito boliviano. Estamos de pleno acordo e confortavelmente prontos pra unir esforços.







Manoel Messias Pereira
professor de História
poeta
São José do Rio Preto-SP