Fonte de Bissau avança ao Expresso que a televisão pública está parada há três meses e que os deputados não recebem.
Manuela Goucha Soares
Imagem de uma rua de Bissau AFP
As eleições na Guiné-Bissau deviam realizar-se no próximo domingo, mas foram adiadas pela terceira vez. O acto eleitoral está agora agendado para 13 de abril.
Os sucessivos adiamentos têm provocado um enorme mal-estar entre a população, que aguarda por uma definição da situação política que garanta o regresso do normal funcionamento das instituições.
Uma fonte de Bissau disse ao Expresso que os "deputados estão sem ordenado há três meses, os funcionários públicos também e a televisão pública está parada há mais de três meses devido a sucessivas greves e reivindicações" dos trabalhadores.
O ano escolar só está a decorrer com alguma normalidade porque o "Banco Mundial está a financiar os salários dos professores", na sequência da intervenção de Ramos Horta, representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.
No final de fevereiro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu para os atores sociais e políticos de Guiné-Bissau e a comunidade internacional redobrarem os "esforços para que o país possa estar preparado para a realização das eleições, que foram adiadas mais uma vez".
O Conselho manifestou "preocupação com os atrasos contínuos nas eleições legislativas e presidenciais". "Esses atrasos têm um impacto negativo sobre o bem-estar social e econômico do país, na segurança nacional, que já é frágil, e na situação humanitária e dos direitos humanos na Guiné-Bissau", alertou o Conselho em nota de imprensa.
Palavras-chave Guiné-Bissau
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