Graziano ganha cargo da ONU para combate à fome
27/06/2011
Fonte: O Tempo (MG)
Brasília. A presidente Dilma Rousseff divulgou nota ontem comemorando a vitória do ex-ministro José Graziano na disputa pela direção geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO). Graziano concorreu ao cargo com outros cinco candidatos e será o primeiro latino-americano a dirigir a organização. "Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação, aliada às sólidas credenciais acadêmicas, e o profundo conhecimento da FAO, acumulado à frente do escritório regional da entidade em Santiago, conferem a José Graziano qualificações essenciais para o cargo que ocupará nos próximos quatro anos", afirma a nota da Presidência. A eleição ocorreu ontem, em Roma, sede da FAO. Atualmente, entre as 15 agências da ONU, somente uma - a Organização Internacional do Trabalho - é liderada por um latino-americano. Na nota, a presidente afirma que a vitória do brasileiro reflete "o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socioeconômicas em curso no país, que contribuem de forma decisiva para a democratização de oportunidades para milhões de brasileiras e brasileiros". Graziano foi ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome de Lula. O mandato do brasileiro na FAO se estende de 2012 a 2015. Em votação de segundo turno, o brasileiro obteve 92 votos, sendo apoiado pela Indonésia e pelos chamados "países não-alinhados"do G-77, entre eles, boa parte das nações da África. No primeiro turno, Graziano já havia superado o adversário espanhol Moratinos por 77 a 72 votos. Função. A FAO, criada em 1945 com sede em Roma, conduz as atividades internacionais destinadas a erradicar a fome em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Na prática, a organização viabiliza fóruns de discussão entre os países, para que eles possam se encontrar e negociar acordos. Mas os principais projetos da FAO dizem respeito à luta pelo combate à fome.
©UN
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