sábado, 23 de junho de 2012




CONTRA O MOVIMENTO GOLPISTA DA DIREITA PARAGUAIA E DO IMPERIALISMO



 (Nota Política do PCB)



O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público denunciar a tentativa de golpe branco que se desenvolve nos últimos dias no Paraguai e que tem, como próximo passo, a reunião do Senado daquele país que se realizará a toque de caixa nesta sexta-feira para, segundo fontes do próprio movimento golpista, "impedir que apoiadores do presidente cheguem a Assunção".

O que ocorre no país vizinho é mais uma tentativa de derrubar o governo do presidente Lugo, eleito em processo legítimo e democrático, como produto da esperança das massas populares por mudanças sociais.

A proposta de impedimento encaminhada ao Senado do Paraguai, após votação na Câmara, responsabiliza o presidente pelo recente conflito armado entre camponeses sem terra e as forças de repressão estatal.

Essa "acusação" é escandalosa e cínica, pois na verdade são esses próprios parlamentares e suas bases de sustentação os verdadeiros responsáveis por tal situação, após décadas de ditadura e roubo de terras públicas para favorecer a oligarquia. Manipulam o golpe, tentando passar a impressão de que se trata de uma medida dentro da lei.
O PCB - apesar de considerar que o presidente está sendo vítima de sua própria conciliação e vacilação em impulsionar o processo de mudanças com o respaldo do movimento de massas - vem a público se juntar aos trabalhadores paraguaios e ao povo em geral neste importante momento de sua história.

A tentativa de golpe - levada a efeito pelos setores mais reacionários e pró-imperialistas da burguesia paraguaia - conta certamente com o apoio da embaixada norteamericana, a maior de toda a América do Sul.

Não temos dúvida de que o golpe, além de interessar à oligarquia paraguaia, se insere na ofensiva do imperialismo norteamericano para aumentar sua presença militar na América Latina, criando condições para viabilizar sua aspiração de criar uma base militar na tríplice fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai).
 
Partido Comunista Brasileiro - PCB
Secretariado Nacional


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Partido Comunista Brasileiro – Fundado em 25 de Março de 1922


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Assistência psicológica as vítimas da ditadura no Brasil


ditadura
Paulo Abrão coordena os trabalhos na comissão

O secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, anunciou o lançamento, na semana que vem, de um edital que prevê a ampliação do programa de reparação do Estado brasileiro às vítimas da repressão da ditadura militar. Serão selecionadas cinco entidades especializadas em assistência psicológica para a criação das Clínicas do Testemunho.



A intenção é proteger as vítimas contra as consequências deremexer o passado, trazendo à tona o reavivamento dos traumas e dos atos de violência. De acordo com o secretário, essa ação é o reconhecimento do Estado de que existe uma lacuna no programa de reparação, que é uma das etapasda chamada Justiça de Transição.



Essa consciência, conforme relatou, tomou por base as experiências de países vizinhos que sofreram do mesmo mal, como a Argentina e o Chile, e também as constatações de casos de pessoas que após colaborem com ostrabalhos de elucidação dos fatos históricos daquele período passaram a enfrentarprocessos dolorosos, com reflexos em seu dia a dia.



– A Comissão de Anistia deliberou uma frente de apoio eassistência psicológica às vítimas da repressão por meio de atendimentosindividualizados ou em grupos para que não nos permitamos que esse processoatual de memorização de escuta pública das vítimas e das testemunhas não seja,do ponto de vista psicológico, um processo de revitimização – justificou Abrão.



O secretário participou do seminário O Direito à Verdade: Informação, Memória e Cidadania, promovido pela Assembleia Legislativa de São Paulo. No encontro, ele defendeu a democratização dos arquivos e de documentosque possam servir de provas das violências cometidas no período da ditaduramilitar para que se proceda, então, a reparação do Estado. Nesse sentido, fez um apelo para que sejam entregues às comissões os acervos que estão em mãos de particulares, de organizações da sociedade civil ou dos Poderes Públicos.



Abrão lembrou que, nessa semana, a Comissão de Anistia firmou convênio com a Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, da AssembleiaLegislativa do Estado de São Paulo, por meio do qual serão compartilhados osarquivos da Comissão Nacional da Verdade, detentora do maior arquivo históricodo gênero, composto por mais de 70 mil depoimentos de vítimas. O mesmo tipo deacordo deverá ser formalizado com o estado de Pernambuco.


Correio do Brasil




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Crianças palestinas morrem de fome em Israel







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Crianças palestinas entram em greve de fome


Elas protestam contra as péssimas condições da prisão israelense em que se encontram e contra os maus tratos a que são submetida



Baby Siqueira Abrão*

Correspondente no Oriente Médio



Vinte crianças palestinas lançaram na terça-feira, 12 de junho, uma greve de fome aberta (sem data para acabar) em protesto contra as condições e os maus tratos a que são submetidas na prisão de Hasharon, em Israel. A informação é de Ahmed Lafi, 17 anos, porta-voz informal dos grevistas. Ele conversou com o ministro das relações prisionais de Gaza e denunciou que as crianças presas não podem nem mesmo visitar umas às outras e estão proibidas de estudar.

“Os administradores de Hasharon continuam a nos torturar e humilhar, apesar das promessas contidas no acordo assinado com os presos adultos que estavam em greve de fome”, denunciou Ahmed, acrescentando que as crianças que reivindicam seus direitos são colocadas em solitárias.

Ele também disse que os meninos são submetidos aos “mais terríveis métodos de tortura” para confessar atos que eles não praticaram, o que viola a legislação internacional e as convenções sobre os direitos das crianças.

Hoje existem 190 menores nas prisões israelenses e todos eles passam pelos mesmos problemas: tortura, comida insuficiente, provocações, revistas nas celas, negligência médica e proibição ao estudo.

* Com informações do Palestinian Information Center, de Gaza.




http://www.brasil/ de fato.com.br





domingo, 17 de junho de 2012

Maioria do Conselho Estadual de Educação (governo) é da iniciativa privada


em destaque

São Paulo – Indicados apenas pelo governador e secretário de educação, 59% dos conselheiros são ligados à iniciativa privada; 1/3 exerce o cargo há mais de nove anos, o equivalente a três mandatos. Confira o levantamento completo.



Levantamento feito pelo Observatório da Educação constatou que há, entre os titulares do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-SP), uma predominância de pessoas ligadas a entidades privadas, sendo sócios, representantes ou consultores do setor (59%). O segundo grupo mais representado é composto por professores ou pesquisadores de instituições acadêmicas – públicas ou privadas (51%). Um conselheiro pode representar mais de um segmento (ex.: privado e acadêmico). Veja os critérios e a tabela completa ao final da reportagem.



Esta é a primeira reportagem de uma série que o Observatório vai lançar nos próximos meses sobre os conselhos de educação. Também serão abordados o Conselho Municipal de Educação de São Paulo e o Conselho Nacional de Educação (CNE).



Outra parcela do CEE é representante do próprio poder público (24%), categoria que abrange aqueles que exercem cargo na administração (secretários e funcionários de cargos de confiança no governo). Do total, apenas 3% (um conselheiro suplente) representa os trabalhadores da educação, neste caso os supervisores de ensino. Não há nenhum representante de categorias como Professores da educação básica, Pais e Mães, Estudantes, Redes, Fóruns e Movimentos.



Leia a íntegra da matéria no site do Observatório da Educação





Por isso, pode ser reproduzido parcial ou integralmente desde que citados o nome do autor e da Rede Brasil Atual.

Destaque da Revista Cult - Projeto social em São Paulo - Machado de Assis








MC Machado de Assis

Projeto social em SP transpõe para letras de rap clássicos da literatura brasileira

TAGS: Literatura, Machado de Assis, projeto social, rap





Após gravar Récits du Sertão em 1998, disco com trechos musicados de Guimarães Rosa e “muito elogiado por Augusto de Campos e Mia Couto”, o músico e jornalista francês Frédéric Pagès, 62, faz mais uma homenagem à língua portuguesa: o disco Manual de Literatura (En)Cantada.



Gravado por jovens da periferia de Diadema, o CD, que será lançado neste mês e posteriormente distribuído em escolas da região, traz textos de autores clássicos – como Machado de Assis, Cruz e Sousa e Mário de Andrade – transformados em rap.



“Nosso papel é evidenciar a musicalidade inerente em narrativas alucinadas e encantadoras”, diz Pagès, que desde 1980 faz intercâmbios culturais ao país.



Segundo ele, a arte-educação é crucial para o desenvolvimento da educação: “Enfrentamos uma crise violenta do sistema educativo, tanto no Brasil como na França, e precisamos urgentemente de uma renovação total de nossas pedagogias. Nesse processo, os artistas das periferias podem ter um papel decisivo”.





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sábado, 16 de junho de 2012

A Justiça


Será que a Justiça
perdeu a cabeça
só na estátua?
hein?

Olhe pra ela

Olhe para ela
tem a beleza
tem a elegância
e a ternura da existência

Seus olhos
tens todos os brilhos
dos astros
que acreditamos

seu andar
seu falar
tem o feitio de uma fada
Olhe pra ela

E não entenda
Que ela só serve
apenas  pro prazer
não planeje o crime

de ater
fazer
atos,
que permitam  filhos,

e depois abandoná-la
sem nenhuma consciência
sem nenhuma transcendência
a mulher precisa de respeito.





Manoel Messias Pereira
poeta

São José do Rio Preto-SP


Estudos para um corpo masculino

1.
boca

o limite da mordida
e do
beijo


2.Déjá vu

seus olhos são meu corpo devorado

3.
repouso em seus ombros como a lua
japonesa

4.
sempre agradeço aos seus joelhos

5.
meus quadris
se pudessem
descreveriam os seus

6.
amo as articulações
dos seus dedos
quando dentro
de mim
precedem

7.
não existe nada mais malicioso
do que as suas costas







Cristiane Rodrigues
Professora de literatura


(livro O dragoeiro) Ed.Intermeio

Ribeirão Preto-SP - Brasil

Niemeyer para além da bela imagem

Niemeyer, como dissípulo direto das vanguardas e, em especial, de Corbusier compreenderá essa questão das forças produtivas. Há, porém, diferencia substâncial entre Corbusier, as vanguardas e Niemeyer. Para Niemeyer a arquitetura deve demonstrar as possibilidades técnicas e construtivas inscritas no desenvolvimento das forças produtivas, criando uma nova poética de formas livres e surpreendentes, à altura de nosso tempo, mas deve recusar, por outro lado, o emprego da técnica como redentora da sociedade capitalista. A chamada técnica moderna deve ser destituída de qualquer véu místico.
Brasilia - DF
Congreso Nacional

Sem duvida. Niemeyer supera o entendimento que as vanguardas tinham da questão. Trata-se, entretanto, de uma superação dialética que não nega abstratamente, por exemplo, a forma pura e retangular de Corbusier, nega sem dúvida a obsessão  da reforma social através da arquitetura e do urbanismo, mas assimila,  conserva e desenvolve toda a poética das forças produtivas, do novo que ali está contido. Tal poética é a poética de um futuro em que a cidade e os espaços sejam novamente adequados à escala dos homens, em que a arte  seja fundida à vida, em que seja restabelecida uma relação harmônica entre o mundo urbano e a natureza, possibilidades postas pelo desenvolvimento dessa "enorme força social".


Obra do Sambodrono - de Oscar Niemeyer

Mas, se para Corbusier essa poética aparece muitas vezes destituída de um conteúdo claramente político, para Niemeyer esta poética é imamente à superação da luta de classe, isto é, como e enquanto  negação da cidade capitalista e da sociedade burguesa. E este ponto é fundamental. Sem ilusões sobre a arquitetura como reformadora da sociedade capitalista, Niemeyer, arquiteto comunista, deixa de lado o conteúdo analítico do discurso moderno - aquele de uma utopia social, dos planos de cidade - e aprende de forma muito clara o sentido de progresso do capitalismo, daquela noção de progresso contida em Marx, isto é, de que cada nova sociedade nasce das contradições da anterior. Assim, podemos dizer que sua obra é portadora de um futuro para além do capitalismo, um inequívoco futuro socialista.



Alexandre Benoit


Arquiteto - Estudou na Faculdade de Arquitetura da USP
e
Universite Pierre e Marie Curie


(fragmento - Texto "Niemeyer poeta do futuro (im)possível)
Revista Crítica Marxista 26


Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Em 16 de junho de 1829 - Nasceu Gerônimo ou Goyathalay, importante lider indígena da América do Norte. Comandou os apaches chiricahua que durante muitos anos guerrearam contra a imposição dos branco que propunham reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América.

Eugênia Álvaro Moreyra

Em 16 de junho de 1948 - Nasceu Eugênia Álvaro Moreyra, atriz, jornalista, diretora de teatro, ligada ao movimento Modernista Brasileiro, militante do PCB, casada com o poeta Alvaro Moreyra.
Mueda - local do massacre
Homenagem aos mortos do massacre de Mueda
Massacre de Mueda , Província de Cabo Delgado em Moçambique

Em 16 de junho de 1960 - Reunidos em Mueda milhares de agricultores da região, que exigiram das autoridades portuguesa, e do Governador que estava presente, melhoras nas condições de vida e a possibilidade da criação de cooperativas. Depois de quatro horas de reuniões e negociações, sem qualquer acordo, as autoridades resolveram dispersarem a multidão e para isto usaram o recurso das armas. E num verdadeiro Massacre, tivemos 600 vidas ceifadas além de feridos. e entre os presentes ao massacre temos ainda a presença de Sr. Jacinto Omar, da aldeia de Maultide-Mueda que declara que no local haviam homens, mulheres e crianças e, pelo que se comentam hoje, todos foram varridos a tiros.

Tupac Sakur

Em 16 de junho de 1971 - Nasceu o rapper norte-america Tupac Shakur, que acabou assassinado em 13/09/1996.
Em 16 de junho de 1972 - O exército brasileiro sob o comando do General Bandeira da 3a.Brigada de Infantaria, assassinaram a professora e guerrilheira Maria Lucia Petit da Silva. era membro do PC-doB,  era natural de Agudos-SP, morava em Votuporanga-SP e foi morta em Xampioá-Go.

Nos braços o jovem Hector Peterson vítima da Revolta estudantil de Soweto
Foto de A.Chahad
O Memorável confronto
Em 16 de junho de 1976 - Aconteceu o Massacre de Soweto, quando 10 mil alunos protestavam contra a imposição do afrikans como a língua de educação para as crianças negras. Os estudantes reclamavam também da discriminação que sofriam com o curriculo inferior do sistema de educação Bantu, caracterizado por escolas e universidades separadas, salas de aulas superlotadas e professores inadequadamente formados. Durante essa manifestação mais de 500 jovens foram mortos. A polícia abriu fogo contra os grevista estudantis e a repressão durou semanas. Hoje é um dia de Comemoração aos heróis do massacre.

E na Africa - É o Dia Internacional da Criança Africana.
Ticiane Pinheiro
Em 16 de junho de 1976 - Nasceu a modelo, atriz e apresentadora de TV Ticiane Pinheiro
Debora Nascimento

Em 16 de junho de 1985 - Nasceu a atriz Débora Nascimento, que está fazendo sucesso na Novela Avenida Brasil, com a personagem "Tessália"
Edith Piaf

Em 16 de junho de 1994 - A cantora francesa Edith Piaf, vítima de uma overdose de heroína, foi encontrada morta em seu apartamento.

Academia de Ciências Indígenas da Amazonas tem narrativas similares às da Bíblia



Academia de Ciências Indígenas da Amazônia têm narrativas similares às da Bíblia

Por Antonio Carlos Quinto - acquinto@usp.br


Editoria : Sociedade


Semelhanças inesperadas entre histórias dos índios e do Velho TestamentoA convivência com povos amazônicos, indígenas da região do Nhamundá-Mapuera e do Alto Rio Guamá, por mais de quatro anos, permitiu ao linguista e narratólogo Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha identificar semelhanças “inesperadas” entre as narrativas dos índios e histórias bíblicas do Velho Testamento. A partir desta constatação, Cunha realizou cruzamentos entre as narrativas se utilizando de uma ferramenta que ele denominou “Teoria em cruzamento para oralidade e escrituralidade”. “Estamos diante de uma nova Teoria para estudos na área de ciências humanas e sociais”, garante o pesquisador.



“Depois de aprender a língua daqueles povos percebi similaridades, inclusive temporais, com 17 narrativas bíblicas. Tratando-se de povos isolados e que não possuem escrita com a Bíblia é algo, no mínimo, intrigante”, considera o linguista, que defendeu sua tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sobre o tema em questão.



Ele ressalta que no período em que conviveu com os índios, entre 2002 e 2005, eles viviam praticamente isolados da civilização. “Não tenho receio em dizer que as semelhanças podem ser atribuídas a um ‘elo perdido’”, acredita. Segundo Cunha, as narrativas desses povos que habitam a Amazônia têm muita coincidência com as narrativas bíblicas. “Os relatos estão apenas ‘maquiados’ por outras versões existentes noutras culturas”, relata.



Num período do ano de 2004, Cunha conviveu com os tenetehára que habitam o Alto do Rio Guamá, no ramo Ocidental da Amazônia. Lá também foram encontradas semelhanças com as mesmas narrativas do Velho Testamento. “Já entre os mawayana, onde convivi por cerca de seis meses, pude constatar 14 narrativas semelhantes”, narra o linguista.



Em livro

As observações e análises de Cunha junto aos índios tiveram início quando ele decidiu descrever em seu estudo de mestrado, também na FFLCH, a fonologia da língua hakitía. Trata-se de uma língua de origem românica falada pela comunidade judaico-marroquina no norte do Brasil. “A origem do idioma é da Península Ibérica e foi mantida na Amazônia, quando judeus chegaram do Marrocos atraídos pelo ‘ciclo da borracha’, nos séculos 18 e 19”, relata o narratólogo.





Tese descreve cruzamentos e redefinição do EtosMais tarde, já em seu doutorado, Cunha realizou o estudo Narrativa na (língua judaico-marroquina) hakitía, orientado pelo professor Waldemar Ferreira Netto e apresentado no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH. O pesquisador buscava então suas próprias origens. Mas, ao se deparar com as coincidências nas narrativas optou por analisá-las, principalmente porque tem profundo conhecimento do Velho Testamento.



Os resultados destes estudos constam no livro “Teoria de Cruzamento em Oralidade e Escrituralidade”, recentemente publicado. “Quando afirmo se tratar de uma nova teoria é porque as análises convencionais são, basicamente, unilaterais. Em meu estudo utilizei cruzamentos redefinindo o Etos [traços característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros], o que nos fez entender melhor as realidades das narrativas”, descreve o linguista.



Outro fato relevante foi a questão da temporalidade das narrativas. “Em geral, as narrativas indígenas eram localizadas nas mesmas épocas das narrativas bíblicas”, conta Cunha. Ao questionar os índios sobre onde aprenderam as histórias, todos diziam ter aprendido com seus antepassados.



“Os Tenetehára contam que havia um povo perseguido e outro perseguidor. O povo perseguido só poderia passar para o outro lado do rio (igarapé) se soubesse pronunciar, com exatidão, a palavra ‘pirá’, (peixe), na língua dos perseguidores (mawayana)”, exemplifica o linguista. “À medida que os índios perseguidos enfileiravam-se para atravessarem o rio (igarapé), os tenetehára lhes perguntavam como se falava a palavra ‘peixe’. Os perseguidos pronunciavam ‘birá’, em vez de ‘pirá’. Só neste dia os tenetehára mataram toda a tribo dos perseguidos”, descreve. Segundo Cunha, trata-se da mesma história bíblica de Juízes 12:5 e 6 — Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil.



O linguista afirma que a teoria aplicada em seu estudo pode ser ferramenta útil para as ciências humanas e sociais descreverem e entenderem mais profundamente a noção de cultura, hábitos fundamentais, comportamento, valores, ideias e crenças característicos duma determinada coletividade, época ou região. “A teoria pode ser aproveitada noutras áreas do conhecimento como direito, psicologia, jornalismo, história, geografia, antropologia, dentre outras. O próximo passo é saber quais as astúcias que as narrativas orais escondem de nós”, conclui.



Imagem: George Campos



Imagem da capa do livro: cedida pelo pesquisador



Mais informações: alvarocunha@usp.br, com Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha







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Palavras chave

amazônia, bíblia, FFLCH, índios, línguas indígenas











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KKK é alvo da fúria da burguesia européia









Grécia:

"O KKE tem sido alvo da fúria de toda a burguesia europeia, da calúnia de todos os meios de comunicação, e do desdém de todo e qualquer intelectual pequeno-burguês encantado com a perspectiva auto-ilusória de uma reforma (isto é de que tudo mude para que no fundo os fundamentos e o rumo concreto não mude)".





por Miguel Queiroz [*]

Dentro de alguns dias a Grécia vai a votos. O que podemos esperar?



É anunciada a vitória do Syriza, isto é da franja mais radical da Social-Democracia grega que a pulso toma o lugar do Pasok e recompõe as forças de governação da esquerda do sistema (capitalista). Não é portanto de espantar que tenha vindo a lume que uma antiga ministra da economia do Pasok (sim, de um governo Papandreu) se tenha aliado ao Syriza. São pormenores, mas são pormenores que contam: esta última foi a responsável pelo primeiro plano de austeridade (de 2009 se não estou em erro).



O que esperar desta social-democracia recomposta? É difícil antever algo mais que capitulação face aos fundamentos ideológicos que regem a Europa. Membro do Partido de Esquerda Europeu o Syriza tem vindo a demonstrar uma hostilidade crescente para com o KKE (Partido Comunista Grego) e para com as forças progressistas que procuram fazer frente às forças do capital europeu e grego. Poderão objectar que não: que esta esquerda dita radical está apostada em defender os interesses dos trabalhadores e do povo grego, que as esperanças depositadas num governo do Syriza são justificadas e que a política será necessariamente anti-austeridade e anti-troika. A questão que se impõe então é até onde estão prontos a ir?



A dúvida legítima impõe-se, ela também: será que um partido como o Syriza, que apoia os fundamentos desta construção europeia, a mesma construção que permitiu o ascendente do capital europeu, a consequente repressão e austeridade que a classe trabalhadora e os povos hoje sofrem, terá como prioridade fundamental os interesses mais profundos da classe trabalhadora, ou capitulará perante os fundamentos da construção com a qual está (e quer estar) comprometido? Basta pensar que a não rejeição do MEE [1] manieta a política económica e financeira de qualquer governo grego, basta lembrar que as formações que compõem o Syriza apoiam o tratado de Maastricht, etc…



As prioridades parecem estar bem estabelecidas se atendermos à hostilidade desta formação para com o KKE e à proximidade crescente que vai ganhando com a burguesia (grande) grega. A vontade de formar um governo verdadeiramente patriótico e progressista não parece ser uma realidade (até pelo presente envenenado que lançou na direcção do seu pretenso aliado).



Querer “salvar a Europa” é tão megalómano como abstractamente bonito, mas a questão é: Salvar a Europa para quem? Uma crítica cuidadOSa da construção europeia leva à conclusão de que quando a social-democracia grega diz querer salvar a Europa o que está realmente a dizer é que quer salvar o sistema do capitalismo europeu tal como o conhecemos. Este processo de “salvamento” reveste-se, é sabido, tanto de ganhos pontuais para os trabalhadores (que, enquadrados devidamente, nunca são de desprezar) como de ganhos estruturais para os capitalistas. Em última análise estarão dispostos a sacrificar os interesses dos trabalhadores gregos para “salvar” a Europa (isto é o sistema do capitalismo).



A verdade é que politicamente o Syriza concorre para salvar o sistema capitalista (em geral, mas também na sua declinação particular actual – a aliança da burguesia grega com a burguesia europeia). A questão que sobra é: quanto tempo até o povo grego ver deitadas por terra as suas ilusões de uma superação peremptória da actual situação política e económica? Assim, as eleições de domingo 17 de Junho não serão uma solução concreta, elas são apenas mais uma etapa na luta do povo grego.



Passemos ao KKE, partido que tem sido alvo da fúria de toda a burguesia europeia, da calúnia de todos os meios de comunicação, e do desdém de todo e qualquer intelectual pequeno-burguês encantado com a perspectiva auto-ilusória de uma reforma (isto é de que tudo mude para que no fundo os fundamentos e o rumo concreto não mude).



O porquê de tais reacções é facilmente explicável pela influência deste junto da classe trabalhadora grega e pelo seu já heróico papel na resistência face às actuais políticas. A unidade é, e será certamente, a tarefa que se impõe neste momento ao KKE, trazer à unidade o que puder ser trazido e combater aquilo que fizer frente aos interesses profundos dos trabalhadores gregos respondendo concretamente aos desafios que das novas realidades que se lhe vão abrindo a cada momento.



Sem ganhar a confiança dos trabalhadores e do povo grego, sem que estes vejam nele uma formação responsável capaz de caminhar ao lado da classe trabalhadora e de elevar a sua consciência, sem o esforço profundo de construção de tal unidade nenhuma solução é possível. Os comunistas gregos terão de estar à altura da complexidade dos acontecimentos. Os meandros da táctica podem facilmente fazer ruir a estratégia. Mais do que ninguém estes estarão consciente dos problemas e das condições concretas das tarefas que se lhes apresentam e não nos cabe prescrever receitas abstractas e polidas para a sua luta. Se a táctica é questionável a estratégia é firme e a solidariedade é um dever.



De uma coisa podemos ter a certeza: nenhuma solução transformadora é possível para a Grécia sem o KKE, tão simplesmente porque nenhuma solução é possível fora da luta de massas. Ser solidário também é confiar que os comunistas gregos encontrarão o seu caminho e imprimirão à sua luta a direcção necessária para a superação da actual crise.





05/Junho/2012

[1] MEE: Mecanismo Europeu de Estabilidade



[*] Um dos organizadores do Congresso Marx em Maio



O original encontra-se em olhequenao.wordpress.com/...



Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

















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sexta-feira, 15 de junho de 2012

OAB incluirá Filosofia do Direito no Exame da Ordem



Ética e Hermenêutica



OAB incluirá Filosofia do Direito no Exame da Ordem

A diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados aprovou, na segunda-feira (28/5), a proposta apresentada pela Coordenação do Exame de Ordem Unificado de incluir nas provas da primeira fase do exame questões de Filosofia do Direito. A proposta foi decidida em reunião que aconteceu na sede da OAB e implicará na inclusão, a partir do primeiro Exame de 2013, de duas questões sobre os ramos de Ética e Hermenêutica da Filosofia do Direito, conteúdos da Filosofia do Direito e que dizem respeito diretamente à formação e exercício profissional do advogado.



A sugestão para que o Exame da OAB passe a aplicar questões sobre Filosofia do Direito foi feita por diversos coordenadores de cursos de Direito de várias localidades do país e debatida na última semana durante o Colégio de Presidentes das Comissões do Exame de Ordem pela Comissão constituída especialmente pela Diretoria da entidade, “para implementar as disciplinas do eixo fundamental do Exame de Ordem”.



O principal argumento em favor da implantação da Filosofia do Direito no conteúdo programático do Exame é o de que o mundo atual exige cada vez mais a formação de um advogado que não seja mero repetidor de leis e normas; e sim um profissional capaz de interpretar as leis, caso de que cuida a Hermenêutica , e que possua conduta reta e adequada, o que é tratado pela Ética.



Participaram da reunião todos os diretores do Conselho Federal da OAB, sob a condução do presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante. O conteúdo do programa que passará a ser exigido será divulgado posteriormente. Com informações da OAB.

Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2012



Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Em 15 de junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Data instituída pela Organização das Nações Unidades - ONU e pela rede Internacional de Prevenção à violência à pessoa Idosa.

Em 15 de junho de 1907 - Aconteceu a II  Conferência de Paz, inaugurada em Haia-Holanda, com a participação de 44 países, sendo que nesta oportunidade o Ministro brasileiro  Rui Barbosa, foi grande destaque.




Em 15 de junho de 1969 - A TV Cultura, do Estado de São Paulo entrou no ar.
Chiara Civello


Em 15 de junho de 1975 - Nasceu a cantora  italiana Chiara Civello

Mary Carey

Em 15 de junho de 1980 - Nasceu Mary Ellen Cook, conhecida artísticamente como Mary Carey, atriz norte americana, natural de Cleveland

Nadine Coyle

Em 15 de junho de 1985 - Nasceu a cantora, compositora e atriz inglesa Nadine Coyle, cunho o nome de batismo é Nadime Elizabeth Louise Coyle, natural de Derry.




Em 15 de junho de 1990 - Violeta Chamorro presidente da Nicarágua anunciou a reestruturação da instituição castrense que incluiu a redução de mais de 50% do Exército Popular Sandinista, integrado por 90 mil efetivos.






Em 15 de junho de 1992 - O escritor e poeta Dobrica Cosic foi eleito como o primeiro presidente da nova República Federal da antiga ex- Iugoslávia - Servia e Montenegro.

Ella Fitzgerald

Em 15 de junho de 1996 - Faleceu a cantora de jazz e blues, Ella Fitzgerald, deixando um legado de 250 discos e 13 prêmios Grammy.
Em 15 de junho de 2006 - Foi aberto na cidade de Belo Horizonte o IV Congresso Nacional da UJC - União da Juventude Comunista. Para sua reorganização elegendo uma nova coordenação.

Programa Nascente na Casa de Dona Yayá



Ensino técnico Programa Nascente

Por Da Redação - agenusp@usp.br


Editoria : Agenda Cultural

Na segunda-feira (18), às 18 horas, acontece a abertura do vigésima edição do Programa Nascente, na Casa de Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP. Na abertura haverá um sarau. A exposição fica aberta entre os dias 19 e 29, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.



O Programa Nascente é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP e destina-se a estimular, identificar e distinguir o fazer artístico. Em sua nova fase, abrange as seguintes áreas: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Design, Música Erudita, Música Popular e Texto.



A exposição e a abertura são gratuitas e abertas ao público. A Casa de Dona Yayá fica na Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo.



Mais informações: (11) 3106-3562




 Agência

Av. Corifeu de Azevedo Marques, 1975 - 1º andar

CEP 05581-001 - São Paulo - Brasil

+55 11 3091-4411 - E-mail: agenusp@usp.br










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Rio tem novas normas para licenciamento de obras de contenção em encostas



 Rio tem novas normas para licenciamento de obras de contenção em encostas

 Por Redação, com ARN - do Rio de Janeiro




Uma nova categoria poderá enviar projetos a serem avaliados pela Geo-Rio: os geólogos – aptos a apresentar relatórios geológico-geotécnicos para análise da Fundação

A Fundação Geo-Rio publicou nesta quinta-feira, no Diário Oficial do Município do Rio, portarias que atualizam o regulamento interno da instituição para facilitar o processo de cadastramento e licenciamento de obras de contenção em encostas na cidade.



As novas normas otimizam a análise dos projetos da Secretaria Municipal de Urbanismo, além de agilizar o cadastramento de profissionais e empresas atuantes nesse tipo de serviço.



A partir de agora, uma nova categoria poderá enviar projetos a serem avaliados pela Geo-Rio: os geólogos – aptos a apresentar relatórios geológico-geotécnicos para análise da Fundação. Engenheiros civis (executores de projetos de obras estabilizantes ou desmontes) e de minas (que formulam projetos para obras de mineração e desmontes) já o fazem.



Outra melhoria processual proposta pela Fundação é a criação de modelos de requerimento, autorizações e termos de responsabilidades mais objetivos. Nesse caso, a finalidade é evitar o encaminhamento de documentos incorretos, que comprometem a agilidade de resposta aos pedidos.



Também foram detalhados todos os itens indispensáveis aos projetos enviados à Geo-Rio, levando em consideração a especificidade de cada tipo de obra (terraplanagem, desmonte, obras estabilizantes, demolições, etc). A Fundação Geo-Rio é a responsável pelo monitoramento das encostas e pela execução de obras de contenção do município, além de ser o órgão emissor de licença para a realização desse tipo de intervenção por particulares














Tags: Diário Oficial, obras, Rio








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Aumenta a mortalidade infantil entre os povos indígenas





Relatório indica aumento da mortalidade infantil entre povos indígenas



Em 2011, 126 crianças menores de cinco anos morreram devido à falta de assistência médica



Agência Brasil

publicidade O relatório Violência Contra Os Povos Indígenas no Brasil, divulgado nesta terça (13) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), indica que, em 2011, 126 crianças menores de cinco anos morreram devido à falta de assistência médica. O número é maior que o registrado em 2010, quando a organização indigenista ligada à Igreja Católica identificou 92 casos.



O dado é um dos indicadores que demonstram que, embora o número de assassinatos (51) seja menor que o registrado nos cinco anos anteriores, o quadro geral da violência contra os povos indígenas se agravou, com a consequente deterioração do conceito de "bem viver" buscado pelos índios.



Segundo o Cimi, as mortes ocorreram em função de doenças e problemas "facilmente tratáveis". "Cento e vinte e seis crianças morreram por mera negligência [das autoridades públicas] e falta de assistência, de causas que poderiam ser facilmente tratadas. Não podemos fechar os olhos e cruzar os braços diante da agressão, da omissão e da negligência que tem levado à morte as criancinhas indígenas do nosso país", disse o presidente do Cimi e bispo da Prelazia do Xingu (PA), dom Erwin Kräutler.



O relatório mostra que, segundo os próprios índios ouvidos, a precária situação a que estão submetidos se agravou com o processo de transição da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).



Os casos de mortalidade infantil foram identificados em várias unidades da Federação, mas, de acordo com o relatório, Mato Grosso lidera a estatística, com 89 vítimas. No estado, o Cimi classifica como "desesperadora" a situação do povo Xavante.



"Apesar de todas as denúncias feitas em 2010, quando foram registrados 60 óbitos de crianças xavante, o quadro só se agravou", esclarece o relatório, que atribui à Sesai a informação de que, em 2011, morreram 56 crianças xavantes com menos de um ano e 33 com até quatro anos na terra indígena Parabubure, de Campinápolis (MT).



Segundo o Cimi, ao serem internadas, todas apresentavam quadro de desnutrição e morreram de diarreia e pneumonia. O governo de Mato Grosso chegou a decretar estado de emergência em Campinópolis devido à situação.



Na sequência de Mato Grosso vêm os estados do Amazonas, com 11 casos, do Acre (10), Amapá (7), de Roraima e do Tocantins (ambos com 3), do Rio Grande do Sul (2) e de Rondônia (1).












quinta-feira, 14 de junho de 2012

O sistema crônico

Viver não pode ser apenas a ilusão de mantermo-nos financeiramente, num labirinto matemático, especulativo, em o que necessitamos ganhar é uma realidade abstrata e o que recebemos como empregados ou escravos de um sistema é só uma migalha concreta. Como se um saco de concreto cheio fosse jogado sobre os nossos crânios.

Viver precisa ir além deste sufoco, em que tentamos respirarmo-nos, e quase somos esmagados por articulações outras, que estão além das pessoas, além das paredes, das janelas, e das vidraças que necessitamos quebrar mas que entendemos, que os nossos atos são de perfeitas inutilidades.

Parece que lutamos querendo o sol, quando tudo é frio, como o corredor de um hospital, de uma santa casa  de misericórdia qualquer. Sempre frio. E vale lembrar que o necrotério também é frio. Enfim bem gelado.

O contexto do mundo, tem como comando um  sistema, que é comandado  por um mercado. E neste processo não há emoção, não há coração. Ou melhor o coração até aparece como peça publicitária, de marketing, nas campanhas pra vender chocolates, produtos eróticos, pra lembrar dias das mães, dos namorados, das crianças, pais, Natal, essas coisas que servem pra que comerciantes possam angariar as nossas concretas migalhas, e vender-mo-nos suas bugigangas. Ou quando não enfartamos e somos hospitalizados nos corredores frios, onde provém os tratamentos, acompanhados de outros comércios como o hospitalar, médico-científico, farmacêuticos, numa oficina de enfermagem, em que a peça a ser consertada, ou reestruturada, ou desintegrada é um corpo humano, passível de compreensão e dor.

Somos homo-sapiens do latim sábios, que vivemos no mundo natural, racional, emocional, com perspectivas filosóficas, científicas, doutrinárias, religiosas ou pós religiosas, agnósticas, com idealismo, racionalismos,materialismos tais como feuerbachnianos, hegelianos, marxistas. Com cérebros altamente desenvolvidos, muito mais pra destruir do que pra construir.

E assim depois da destruição,  ficamos, brincando de recuperar o olhar,  sobre as coisas, a saúde, os rios, as florestas,  como pequenas formigas, diante dos venenos, das máquinas de extermínios, como armas, bombas e fontes de energias organizadas para o extermínios.

Pensamos que podemos escarpar deste labirinto do viver "sufocados", com a vida e, até dar liberdade aos nossos espíritos . E assim cumprir as profecias bíblicas de termos sidos feitos de barros e ao pó voltarmos, ou dos ensinamentos do candomblés que dizem, que a deusa Nanã empresta ou barro para Olodumaré, mas diz depois de usar devolva-me. E quando as pessoas falecem o corpo volta pra terra.Cumprindo os ensinamentos cabalísticos do culto. Embora morrer é causar um pouco de tristesa e estabelecer doces e doloridas lágrimas para  quem amamos.





Manoel Messias Pereira
professor e poeta
São José do Rio Preto-SP


Fatos Históricos, Políticos,Sociais, Artísticos e Literários

Harret Beecher Stowe
Em 14 de junho de 1811 - Nasceu Harret Beecher Stowe, novelista e abolicionista norte-americana
Em 14 de junho de 1894 - Nasceu Jose Carlos Maritegui, o filósofo peruano, escritor, teórico marxista

Em 14 de junho de 1920 - Faleceu o sociólogo alemão Max Weber, nascido em 1864.

Em 14 de junho de 1925 - Nasceu Dalton trevisan, o escritor brasileiro de nome internacional, conhecido carinhosamente como o "vampiro de Curitiba".

Em 14 de junho de 1928 - Nasceu em Rosário, Ernesto Chê Guevara de La Serna, foi guerrilheiro, politico, jornalista, escritor, médico, e participante da Revolução Cubana. Assassinado  pelo exército boliviano que colaborava com a Cia-Central de Inteligência Norte Americana, morto em 9/10/1967.
Observação- Na biografia escrita por John Lee Anderson ele nasceu em 14/05, pois sua mãe ficou grávida antes de casar e foi ter o filho em Rosário, longe da família.


Cacilda Becker

Em 14 de junho de 1969 - Faleceu a atriz brasileira Cacilda Becker, num mal súbito no palco, ela que nascera em 1921.

Em 14 de junho de 1971 - O militante do MR8, Stuart Angel Jones, foi preso, torturado e morto no Centro de Informação de segurança da Aeronáutica (CISA)na base do Galeão - Rio de Janeiro.

Camila Pitanga
Em 14 de junho de 1977 - Nasceu a atriz brasileira Camila Pitanga






Jorge Luis Borges
Em 14 de junho de 1986 - Faleceu aos 86 anos de idade o escritor argentino Jorge Luis Borges





Jinang Quing


Em 14 de junho de 1991 - Jiang Quing viuva de Mao Tse Tung suicida-se

Em 14 de junho de 1992 - O ex-presidente da URSS Mickhail Gorbachov é expulso do Partido Comunista que se encontrava ilegalizado.

Jamelão

Em 14 de junho de 2008 - Faleceu o cantor brasileiro  Jamelão,da Orquestra Tabajara e Estação Primeira de Mangueira.


Manoel Messias Pereira

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