segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Em 30 de abril de 1865 - Nasceu Max Nettlau, escrior, historiador anarquista, membro da Liga Socialista, natural de Neuwaldegg - Áustria.

Em 30 de abril de 1839 - Nasceu Floriano Peixoto - ex-presidente do Brasil, natural de Maceió-AL


Em 30 de abril de 1929 - O jornal A Classe Operária, dirigido pelo PCB, conclamava para o comício na Praça Mauá  no Rio de Janeiro.

Em 30 de abril de 1945 - É criado o MUT-Movimento Unificado dos Trabalhadores, sob a influência do PCB.

Em 30 de abril de 1961 - Fidel Castro recebe o Prêmio Lênin da Paz de 1960

Em 30 de abril de 1969 - Nasceu o escritor Gabriel Benedito Isaac Chalita, advogado, professor, filósofo e Deputado do PMDB.




Em 30 de abril de 1981 - Fracassa o atentado terrorista organizado pelo DOI-CODI, no Rio Centro, quando realizava o show de 01 de maio, organizado pelo CEBRADE, entidade ligada e criada pelo PCB-Partido Comunista Brasileira.

Ashley Alexandra Dupré

Em 30 de abril de 1985 - Nasceu Ashley Alexandre Duplé, jornalista, cantora norte americana.
Dianna Agron

Em 30 de abril de 1986 - Nasceu Dianna gron, cantora, atriz norte americana natural de Savanah-Georgia.

Em 30 de abril de 1997 - A Câmara dos Deputados, aprova a Lei Helio Bicudo, que transfere para justiça comum o julgamento de crimes cometidos por policiais militares.

Em 30 de abril de 2010 - Abertura da Bienal do Livro de São José do Rio Preto, no Centro de Educação, Cultura e Artes da Swift, localizado as margens da Represa Municipal de São José do Rio Preto-SP, utilizando o complexo do anfi-teatro municipal Prof.Nelson Castro (represa).

Biblioteca Nacional lança pontos de leitura para divulgar temática africana



Biblioteca Nacional lança pontos de leitura para divulgar temática africana

Divulgar a cultura africana por meio de livros específicos sobre o assunto é um dos objetivos do projeto de Pontos de Leitura Temáticos: Ancestralidade Africana no Brasil, lançado na noite de ontem (12) pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN).



De início serão dez pontos de Leitura espalhados pelas cinco regiões do país, em capitais ou municípios do interior. Cada local terá 1,2 mil livros, sendo a metade referente às temáticas ligadas à matriz africana. Nos pontos haverá também o registro das histórias orais e a produção de material bibliográfico para propiciar a troca de informações entre as comunidades.



O presidente da FBN, jornalista e escritor Galeno Amorim, ressaltou a importância de se divulgar a história e a cultura da África, continente de onde veio grande parte da população brasileira, mas que até hoje ainda é pouco estudado no sistema de ensino oficial.



“É preciso sempre lembrar que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica muito grande com o povo negro. O Brasil tem que fazer políticas afirmativas e procurar formas de resgatar essa dívida. É no campo da cultura que se enfrenta o racismo e se cria novas formas de buscar maior integração da sociedade. E os livros têm papel preponderante nesse processo”, disse.



O projeto é coordenado pela FBN, com a participação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e da Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.



Amorim explicou que os pontos de leitura são menos institucionais que as bibliotecas e podem ser instalados de maneira mais informal em locais representativos para a comunidade, desde associações até centros culturais ou religiosos. Após a implantação dos pontos de matriz africana, haverá a continuidade do projeto, mas direcionado às comunidades indígenas.



Durante a solenidade, na Biblioteca Nacional, também houve o lançamento do livro Contos e Crônicas do Mestre Tolomi, escrito por Paulo Cesar Pereira de Oliveira, trazendo uma narrativa sobre a tradição Yorubá, que veio para o Brasil com os escravos da região onde hoje é a Nigéria e continua disseminada no país, seja por meio da culinária, da cultura ou do idioma.



“Nós temos uma lei [federal], a 10.639 [de 2003], que obriga o ensino da história da África e dos afro-descendentes na escola. E esse livro visa justamente a contribuir com isso. São cinco contos localizados dentro da tradição Yorubá, na Nigéria, e também um minidicionário Yorubá-Português. Nós temos a lei, mas ela não está sendo aplicada. Então esse livro vem como contribuição à aplicação da lei”, destacou.



Tags: áfrica, biblioteca, cultura, leitura, polos



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Choques entre manifestantes salfistas e moradores de Abassiya



 Manifestantes usaram como armas coquetéis molotov e tijolos.

Choques ocorreram entre manifestantes salafistas e moradores de Abassiya.



Pelo menos 91 pessoas ficaram feridas na madrugada deste domingo (29), no Cairo, capital do Egito, em choques entre manifestantes salafistas e moradores do bairro cairota de Abassiya, onde acontecia um protesto na frente do Ministério da Defesa, informou o subsecretário de Saúde, Hisham Shiha.



Shiha detalhou que os ferimentos foram causados por balas de borracha e pelo impacto de pedras. Dos 91 feridos, 14 continuam internados, enquanto 77 receberam alta após serem atendidos em hospitais da região.



O site do jornal estatal 'Al-Ahram' afirmou que entre os manifestantes havia muitos partidários do xeique salafista Hazem Abu Ismail para protestar contra a decisão da Comissão Eleitoral de excluir sua candidatura das eleições presidenciais de maio pela suposta nacionalidade americana de sua mãe.



O jornal detalhou que o grupo de moradores atacou com coquetéis molotov e tijolos os salafistas, que eram dezenas, e acrescentou, citando testemunhas, que também foram escutados disparos nas imediações do ministério, cenário habitual de protestos em apoio à Junta Militar.





Confrontos com coquetéis molotov e tijolos deixaram 91 feridos no Cairo (Foto: Ahmed Ali/AP)



Por sua parte, o jornal independente 'Al Masry Al-Youm' disse em seu site que os manifestantes responderam aos agressores e lançaram pedras.



O periódico apontou que os seguidores de Abu Ismail formaram uma barreira humana para deter os choques enquanto cantavam 'Deus é Grande' e 'Abaixo o mandato dos militares'.



Os manifestantes haviam se reunido ontem na frente do Ministério, enquanto a Junta Militar se reunia com os líderes das principais forças políticas para buscar um consenso para formar uma nova Assembleia Constituinte.



No final, foi alcançado um acordo de seis pontos para criar uma nova assembleia, depois que a anterior foi invalidada no último dia 10 pela justiça após o boicote dos liberais.



G1.com


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Ana Paula Tavares critica pouco intercâmbio literário entre países africanos


Ana Paula Tavares

Portugal Digital - Brasil/Portugal

 Angolana Ana Paula Tavares critica pouco intercâmbio literário entre países africanos

"Há barreiras de todo o tipo que dificultam a divulgação da produção literária dos vários países africanos não só para outros continentes, mas entre nós mesmos, africanos".



Da Redação, com Agência Brasil



Tweet Brasília - Convidada a participar do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília, a poetisa e historiadora angolana Ana Paula Tavares considera que governos e instituições privadas devem assumir um papel mais ativo na divulgação da literatura africana, sobretudo a produzida em países de língua portuguesa.



Ana Paula admitiu que, devido à má divulgação da produção contemporânea, os próprios escritores africanos têm dificuldades para falar sobre o que é feito em outros países além dos seus.



Segundo a poetisa, a falta de conhecimento de outras "línguas imperialistas" - conforme ela se refere aos idiomas impostos aos povos africanos a partir do século dezenove, quando o continente foi dividido entre as potências europeias - e questões de ordem econômica impedem que mais autores sejam traduzidos, o que dificulta a troca de informações.



"Há barreiras de todo o tipo que dificultam a divulgação da produção literária dos vários países africanos não só para outros continentes, mas entre nós mesmos, africanos. Há barreiras linguísticas, problemas ligados à atividade editorial e ao dinheiro, ao sistema capitalista", afirmou Ana Paula.



Ela ainda cobrou ações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para estimular a circulação de livros de autores do idioma entre os países que compõem o grupo.



"Em Angola, por exemplo, não conhecemos a produção de Moçambique, de Cabo Verde, de São Tomé e Príncipe e dos demais. E o mesmo acontece com eles. Conhecemos os grandes nomes, mas não os mais jovens e os movimentos literários que estão surgindo", comentou a poetisa.



Segundo ela, durante muito tempo, os escritores angolanos foram mais influenciados por autores brasileiros do que pelos de países vizinhos.



Apesar das ressalvas, Ana Paula comemorou por autores angolanos – como, por exemplo, José Eduardo Agualusa, Pepetela e Mendes de Carvalho – terem conquistado mais reconhecimento no exterior, nos últimos anos, principalmente no Brasil.



A poetisa afirmou que são os poetas angolanos que, nas últimas três décadas, têm sido mais ousados na experimentação de novas possibilidades de temáticas e linguísticas. Segundo ela, essa experimentação está intrinsecamente ligada ao processo de independência do país, proclamada em 1975.



"Há um antes e um depois dos anos 80 do século passado para a literatura angolana. Essa ruptura é mais clara na poesia, nas escolhas feitas pelos poetas, do que nos romances. Embora haja muitos bons novos romancistas, os que continuaram a surpreender após esse período são os nomes já consagrados desde a década de 1960, ainda durante o período colonial", disse Ana Paula.



Autora de Ritos de Passagem (1985), O Lago da Lua (1999) e Dizes-me Coisas Amargas Como os Frutos (2001), Ana Paula nasceu em 1952, na província de Huila, "uma região pastoreira". Durante o seminário, em que dividiu a mesa com o cabo-verdiano Germano Almeida, contou ter sido criada por uma madrinha branca que a obrigava a só falar em português, por não considerar educado que "uma menina que foi a escola e usava garfo e faca" falasse qualquer um dos dialetos locais.



"Ainda hoje ouço aquelas vozes maravilhosas das mulheres falando numa língua que eu não entendia, mas que até hoje busco resgatar na minha poesia. Hoje, tento fugir dos estereótipos e falar das mulheres angolanas reais. Se possível, trazendo suas vozes para minha obra, porque desde sempre eu percebi que era diferente da grande maioria das mulheres angolanas pelo simples fato de ter conseguido ir à escola".

domingo, 29 de abril de 2012

É tempo de chuva

Agora é tempo de chuva
Caem todas as lágrimas
enviadas aos céus, em preces
entre gritos de trovões
e raios de emoções,

amanhã com certeza
as flores vão brotar
para enfeitar um dia de sol
entre deleites
de abelhas e borboletas.

Mas agora é tempo de chuva.



Manoel Messias Pereira
poeta

São José do Rio Preto-SP

Quando eu partir

Quando eu partir
Me dêem a rua
Aberta e nua
Depois a lua
Longe de mim.
Algumas flôres -
Também as flôres
Dos meus amores
Mortas em mim.
E uma canção
Quero pois não
Pra ver se passa
Essa desgraça
Que levo em mim.



Antenor Antonio Gonçalves

poeta, professor de filosofia, doutor em Literatura
(Unesp)
São José do Rio Pardo radicado em São José do Rio Preto-SP - Brasil.

Paisagem n.3

Chove?
Sorri uma garoa de cinza,
Muito triste, como tristemente longo. . .
A Casa Kosmo não tem impermeáveis em liquidação
Mas neste Largo do Arouche
Posso abrir o meu guarda chuva paradoxal,
Este lírico plátamo de rendas mar. . .

Ali em frente. . . - Mario, põe a máscara!
-Tens razão, minha Loucura, tens razão
O rei de Tules jogou a taça ao mar. . .
Os homens passam encharcados. . .
Os reflexos dos vultos curtos
Marcham o petit-pavé. . .
As rolas de Normal
Esvoaçam entre os dedos da Garoa. . .
(E si pudesse em verso des Crisfal
No De Profundis?. . .)
De repente
Um raio de Sol crisca
Risca o chuvisco ao meio




Mario de Andrade

poeta brasileiro, modernista de 1922
São Paulo-SP. Brasil

Fatos Históricos, Políticos, Socias, Artísticos e Literários





Em 29 de abril de 1870 - nasceu o autor da letra do Hino Nacional Brasileiro , o poeta Osório Duque Estrada.
Dorival Caymme

Em 29 de abril de 1914 - Nasceu o cantor e compositor brasileiro Dorival Caymme

Mario Raul Moraes de Andrade

Em 29 de abril de 1949 - Mario de Andrade, poeta, crítico de artes, romancista, ensaista e musicólogo brasileiro, lançava a sua mais importante obra, "Macunaima".
Nana Caymme

Em 29 de abril de 1949 - No dia do aniversário de seu pai, nasceu Nana Caymme, cantora brasileira de renome internacional, a filha de Dorival.
Vinícius Cantuária

Em 29 de abril de 1951 - Nasceu o cantor e compositor brasileiro Vinícius Cantuária.

Em 29 de abril de 1965 - Aconteceu a invasão americana contra a Revolução constitucionalista de Francisco Camaño na República Dominicana.


Em 29 de abril de 1976 - O Partido Comunista Brasileiro, perdeu o dirigente Nestor Veras, que foi preso, torturado e assassinado pelo Estado Brasileiro. No período de ditadura, atendendo os anseios de Washington.


Em 29 de abril de 1987 - O Secretário Geral da ONU, Javier Perez Cuellar, recebeu o título de Dr.Honoris Causa da Universidade de Coimbra- PT.

Gonzaguinha

Em 29 de abril de 1991 - Faleceu em um acidente automobilístico o cantor e compositor brasileiro Gonzaguinha
Marcelino Sambé

Em 29 de abril de 1994 - Nasceu o bailarino português-guineense Marcelino Sambé

Em 29 de abril de 2006 - A Bolívia, Cuba e Venezuela, unem-se na integração da ALBA.

Vietnã conserva respeitosa homeagem a Lênin




Vietnã conserva respeitosa homenagem a Lênin





O Vietnã mantém sua respeitosa recordação da figura e do legado de Vladimir Ilich Lenin, fundador da primeira revolução socialista no mundo, sem que os cenários surgidos após a autodestruição da União Soviética prejudiquem essa atitude.



Neste ano, cumprindo uma tradição incólume, representantes do Partido Comunista do Vietnã em Hanói, do Conselho Popular administrativo e da Frente da Pátria colocaram oferendas florais na estátua de Lênin que fica em um parque público em sua honra.



A eles se somaram a associação de amizade Vietnã-Rússia e a Universidade Pedagógica desta capital como parte de um programa comemorativo.



Também por ocasião do aniversário do nascimento de Lenin, no dia 23 de abril, foi apresentada, no Memorial que leva seu nome e no Museu de Ho Chi Minh, uma exposição sobre a vida e a obra dessa influente personalidade, com fotografias, documentos e objetos reveladores.



A mostra destaca os vínculos de amizade e cooperação integral entre o Vietnã e a Rússia, bem como o processo da renovação vietnamita (do moi) sob influência do marxismo leninismo e do pensamento de Ho Chi Minh.



Fonte: Prensa Latina









Teu nome, Socialismo



Teu nome, Socialismo,
 por Miguel Portas

O propósito: quatro observações soltas que visam contribuir para o debate suscitado pela e sobre a Perestroika, entre aqueles que continuam a reclamar o seu lugar à esquerda e se não renderam a julgamentos apressados sobre a falência de tudo quanto cheire a comunismo e a socialismo. Artigo de Miguel Portas publicado na revista "Combate" e republicado no livro "Malhas que a Memória Tece".





Ilustração de Pedro amaral publicada na revista Combate. Há quem condicione a avaliação da Perestroika ao seu destino. O que é realmente a Perestroika? Uma câmara de passagem para a restauração do capitalismo? A trágica repetição de mais um conjunto de reformas a serem recolocadas na gaveta pelo restabelecimento de uma ordem autoritária que se reclame do socialismo? Ou o fio da navalha por onde ainda será possível caminhar em direcção a um regime social de inspiração socialista assente num regime político democrático?



Ninguém pode prever ao certo. Até porque a Humanidade está a atravessar um período de convulsões e transformações sem paralelo e, de momento, provisórias.



Em todo o caso, e este é o sentido da primeira observação, a razão da Perestroika é independente do seu destino. Os homens fazem a História, respondendo a necessidades. Quanto ao resto, eles lutam entre si por possibilidades.



Admitamos a possibilidade de uma restauração capitalista na URSS: ela constituiria, é óbvio, um forte retrocesso das causas emancipadoras. Mas tal restauração deveria levar à conclusão de que a Perestroika não se devia ter iniciado?



Adoptar como critério da verdade não a práxis mas os resultados tomados enquanto tal, é um velho hábito que invadiu amplos sectores da esquerda.



Com efeito, o mesmo critério leva hoje boa parte da historiografia soviética a questionar a razão da própria revolução de Outubro. E registe-se a coincidência: entre aqueles que aprenderam a História nas vulgatas estalinistas e nelas se habituaram a descobrir a linha justa dos movimentos históricos, estão muitos dos que hoje admitem ter sido Outubro um erro histórico. Como erro histórico terá sido a sua militância comunista. Como razão histórica tinha a II Internacional. E etc., etc.



A persistência da cultura estalinista nos movimentos de trasladação política é fenómeno conhecido. No caso vertente, traduzir-se-ia em afirmar que foi Outubro quem fez Estaline. Ou, deduzindo pela inversa, que Estaline nunca teria existido sem Outubro. Como se a História se fizesse com ses e a Rússia não tivesse uma vasta tradição de impulsões modernizadoras na ponta do chicote.



É verdade que a propaganda comunista e posteriormente a ideologia oficializada identificaram a revolução de Outubro como revolução socialista. Mas esta é uma interpretação que, à luz da teoria, só é aceitável concebendo a revolução russa como processo, e no contexto do início da revolução à escala internacional.



Com efeito, e devido ao carácter atrasado da Rússia, era consensual entre os teóricos bolcheviques a dupla missão da revolução: levar as tarefas da revolução democrática-burguesa até ao fim e abrir caminho para o socialismo.



A novidade introduzida na ortodoxia marxista até então reinante era, a este título, de monta: uma revolução proletária era necessária na Rússia para completar o que a burguesia atolada na guerra, se mostrava incapaz de concluir.



Desta originalidade, decorrente, aliás, de outra, segundo a qual a revolução se poderia iniciar «pelos elos mais fracos da cadeia imperialista» devido à situação de guerra generalizada, resultava um problema inteiramente novo: como chegar ao socialismo num país atrasado?



No início dos anos vinte, a resposta assentava na extensão da revolução aos países de capitalismo desenvolvido e no reconhecimento de que «o regime soviético atravessa uma fase preparatória na qual importa, assimila e serve-se das conquistas técnicas e culturais do Ocidente (...) esta fase deverá durar todo um período histórico» (1).



A digressão por Outubro tem apenas uma intenção: independentemente da terceira revolução - a que nos anos 30 colectivizaria o conjunto da economia e fundaria um sistema específico de poder e dominação – Outubro foi a resposta disponível pela sociedade russa para a simultaneidade de três problemas: vontade de paz, reforma agrária em benefício dos camponeses e arranque da industrialização.



Independentemente dos seus destinos ulteriores, a revolução de Outubro impulsionou a modernização da URSS e constituiu, durante muitos anos, uma formidável força propulsora dos combates progressistas no Mundo.



PERESTROIKA: UMA REVOLUÇÃO TARDIA



Também a Perestroika foi a resposta possível da sociedade soviética ao progressivo esgotamento de um modelo de civilização — vulgarmente apelidado de socialismo real.



É óbvio que a sociedade ainda funcionava. Funcionava mal, mas funcionava. A sua crise era larvar e estava economicamente diagnosticada: tentativas de reforma no interior do sistema foram ensaiadas nas décadas de 60 e 70 em praticamente todos os países do COMECON. Elas partiam de uma dupla constatação.



Por um lado, a perda de eficácia do planeamento de comando central em economias globalmente muito estatizadas. A crise era mensurável na diminuição do crescimento dos principais indicadores económicos com destaque para os níveis de produtividade.



Por outro lado, a dificuldade cada vez maior em acompanhar o desenvolvimento técnico e científico dos países de capitalismo avançado, num quadro de confrontação político-militar entre blocos.



A inovação que o «novo pensamento» de Gorbatchov vem introduzir na suficiência comunista instalada é simples: as reformas económicas falharam porque a crise era global e só poderia ser atalhada através do restabelecimento dos direitos democráticos dos cidadãos e da assunção da interdependência em que o mundo vive. Que é como quem diz: o planeamento de comando central, apesar dos métodos empregues, permitiu até aos anos 60 recuperar boa parte do atraso histórico da URSS. Mas a invenção da máquina de fotocópias, dos PC's e restante panóplia comunicacional determinam a impossibilidade de um desenvolvimento sustentado sem a livre circulação de ideias e informações.



A «estagnação» poderia ainda ter-se aguentado um bom par de anos. Mas não tinha qualquer futuro. Nem o socialismo que desse modelo se reclamasse. Com efeito:



«O socialismo não se poderia justificar unicamente pela supressão da exploração. É necessário que também assegure à sociedade muito maior economia de tempo que o capitalismo. Se esta condição não fosse preenchida, a abolição da exploração não passaria de um dramático episódio desprovido de futuro» (2).



Uma das dificuldades com que a Perestroika se defronta é o de ter arrancado com ano de atraso. E o «azar» da Checoslováquia, o de ter tido razão antes de tempo.



INTERDEPENDÊNCIA E «SOCIALISMO NUM SÓ PAÍS»



Falando claro: que significa assumir a «interdependência«? Significa, desde logo, reconhecer que a ordem económica mundial é única — e obviamente capitalista. Pode e deve combater-se tal ordem e reivindicar evoluções significativas na sua arquitectura - a chamada Nova Ordem económica. Pode restringir-se a influência da lei do valor na produção e distribuição de um conjunto de bens sociais. É ainda possível utilizar os instrumentos da política económica em benefício das classes trabalhadoras. Só não é possível sustentar, como se sustentou, a fantasia da existência de uma economia mundial do socialismo, harmoniosa e hermeticamente separada da «outra» economia. Para lá das razões que se prendem com a «assimilação» das conquistas do capitalismo avançado, outro factor impedia a durabilidade de tal teoria, forçada pela guerra fria: é que o esforço de defesa e armamento, ainda razoavelmente compatível com o estabelecimento da indústria pesada, corrói por dentro qualquer desenvolvimento que tenha por objecto primordial a satisfação das necessidades humanas.



Com o gosto que se lhe reconhece pelas profecias, Trotsky escrevia em 1936:



«Quanto mais tempo estiver a URSS cercada de capitalismo, tanto mais profunda será a degenerescência nos tecidos sociais. Um isolamento indefinido deverá trazer indefinidamente, não o estabelecimento de um comunismo nacional, mas a restauração do capitalismo» (3).



Até porque:



«O papel progressista da burocracia soviética coincide com o período de assimilação (...). Quanto mais este avançar, maior será o choque contra o problema da qualidade. Na economia nacionalizada, a qualidade supõe a democracia dos produtores e dos consumidores, a liberdade de crítica e de iniciativa, tudo isto incompatível com o regime totalitário do medo, da mentira e do panegírico» (4).



Estas citações remetem indirectamente para uma das mais desgraçadas polémicas dos anos 20: A «Esquerda» do Partido bolchevique invectivava o «Centro» e a «Direita» porque estes admitiam a «possibilidade do socialismo num só país». Como todas as polémicas teóricas envenenadas pela disputa política, as coisas não eram bem assim. De facto, o conjunto da liderança soviética ligou até 1923 a sorte da Revolução Russa ao destino da revolução da Europa, em particular na Alemanha. Não apenas por ser inconcebível o socialismo num país atrasado. A guerra civil e o cerco das potências capitalistas durante os três anos que durou o «comunismo de guerra» mais não fizeram do que acentuar o dilema: «A revolução russa será salva pelo proletariado internacional ou afundar-se-á sob os golpes do capitalismo mundial». A História posterior negaria os termos do dilema político-militar sintetizado por Bukharin. Mas colocaria os revolucionários russos perante a tarefa bem menos heróica de saberem o que fazer a um país onde «a ruína das forças produtivas ultrapassou tudo quanto a História conhecia» (5), num contexto de fracasso generalizado das insurreições e levantamentos na Europa.



Foi neste cenário pouco épico que nasceu a NEP - Nova Política Económica. Inicialmente admitida como um recuo temporário, rapidamente adquirirá, ainda em vida de Lenine, os contornos de uma política de médio prazo, embora de regulação e velocidade variáveis.



Mas o acentuar da vertente «reconstrução nacional» não leva a admitir que Lenine ou Bukharin, no plano da teoria, alguma vez tivessem sustentado a possibilidade da vitória do «socialismo num só país». Em plena época de combate antitrotskista, Bukharin sublinhava:



«Nós podemos construir o socialismo, mesmo sobre uma base técnica atrasada (...). Avançaremos a passo de tartaruga (...) mas não falharemos a empresa. Entretanto a vitória final do socialismo não é possível no nosso país sem a ajuda de outros países e sem a revolução mundial» (6).



O desacordo não incidia sobre a teoria. Bukharin utilizou a expressão «socialismo num só país» como consigna política, tal como Lenine definiu o comunismo como «os sovietes mais a electrificação». O líder da «Direita», convencido da recomposição do capitalismo internacional, procurava uma ideia mobilizadora para um largo período histórico – o passo de tartaruga. Era sobre políticas concretas a impulsionar que os desacordos efectivamente incidiam. A incorporação na teoria oficial dessa versão reduzida da «economia mundial do socialismo» terá um responsável maior: Estaline.



Concluída a digressão, sobra a interrogação: admitindo a impossibilidade do «socialismo num só país», que perspectiva mobilizadora podem ter as forças socialistas que não passem a vida a sonhar com a revolução mundial? A de lutarem por regimes democráticos de inspiração socialista que subordinem o desenvolvimento a uma lógica não capitalista, de «transição». E que, simultaneamente procurem arrancar ao imperialismo, na ordem internacional, ganhos efectivos em benefício dos povos e nações com menos recursos. Neste contexto, escusado será insistir na importância estratégica que teria a vitória das correntes de inspiração socialista na URSS.



MERCADO E BUROCRACIA



Não existe incompatibilidade entre a perspectiva de um «desenvolvimento não capitalista» e o marxismo. Por junto e atacado, o «não-capitalismo» é o caminho possível em direcção ao socialismo, no pressuposto de um poder político maioritariamente sufragado (mesmo que inicialmente legitimado revolucionariamente, no caso de ditaduras), onde as tendências socialistas façam sentir o seu peso. O «não-capitalismo» é, simplesmente, uma transição de regulação e velocidade variáveis, condicionado pela expressão da vontade popular.



É possível desenvolver políticas de inspiração socialista no quadro nacional por períodos históricos mais ou menos longos. Elas serão tanto mais possíveis, quanto a ordem económica internacional seja forçada a fazer concessões aos países menos desenvolvidos e os recursos deixem de ser aplicados em despesas militares e burocráticas.



O «não-capitalismo» trava efectivamente um combate desigual com a ordem capitalista. Porque o combate é desigual, a questão da base social de apoio às políticas de inspiração socialista - portadoras do multifacetado leque das causas emancipadoras - é decisiva.



O «não-capitalismo» é o passo de tartaruga Bukhariniano. No plano económico significa economia mista, planeamento não burocrático e mercado. O «não-capitalismo» é uma política de «reformas fortes» no quadro de sociedades que são ainda mais burguesas que socialistas ou que voltaram a ser mais burguesas que socialistas. A diferença face ao reformismo histórico, reside na ideia de que tais reformas não existem para «adaptar» o sistema, mas para o superar. Sendo verdade que - admitindo-se a vontade popular como determinante do modo e do ritmo — o risco de reversão existe sempre.



O «não-capitalismo» - assente na combinação das forças progressistas no poder político com o exercício da cidadania pelas forças sociais mais dinâmicas da «sociedade civil» - tem por adversário não apenas as tendências capitalistas como a burocracia. Esta é uma razão suplementar para a existência do mercado. Com efeito, Trotsky tinha razão quando explicitava os factores do reforço do estado soviético, ao contrário das profecias da teoria:



«Não são os restos, em si próprios impotentes, das classes outrora dirigentes, que impedem o Estado soviético de deperecer (...). São factores infinitamente mais poderosos, tais como a indigência material, a falta de cultura geral e a dominação do «direito burguês» no que interessa mais vivamente a qualquer homem: o da sua conservação pessoal» (7).



Por isto, «o exercício do poder tornou-se a especialidade de um agrupamento social que procurava com a maior impaciência resolver a sua própria questão social» (8).



Mas é duvidoso que alguma vez tivesse entendido, como Bukharin, a importância de um razoável grau de autonomia entre o Estado e a «sociedade civil». O receio do líder da «Direita» pelo monopólio do Estado está patente na sua afirmação de que «onde a concentração de meios de produção, dos transportes e das finanças nas mãos do Estado atingiu proporções inigualáveis (...), todo o erro de cálculo é um problema para o conjunto do corpo social» (9).



O combate que Bukharin trava, primeiro contra a «Esquerda» dos bolcheviques e depois contra Estaline, também se faz em nome da limitação do Estado.



«Se ele tomar tudo em mãos, terá de engendrar um aparelho administrativo colossal. Substituir-se às funções económicas dos pequenos produtores e agricultores exige demasiados empregados e demasiados administradores. Meter em todo o lado funcionários do Estado implica uma estrutura muito mais dispendiosa que as perdas ocasionadas pela anarquia dos pequenos produtores» (10).



O crescimento excessivo das funções estatais faria com que «no fim, o aparelho económico do Estado proletário fizesse sentir todo o seu peso sobre as forças produtivas, travando o seu desenvolvimento» (11). Em alternativa, o modelo de transição ensaiado nos anos 20, apostava na possibilidade de «ultrapassar o mercado pelo mercado». «Combatendo no mercado, o Estado e as cooperativas enfraquecerão o seu rival, o capitalismo privado. No fim, as relações de mercado deixarão de se desenvolver e, tarde ou cedo, o próprio mercado periclitará (...). Chegar-se-á ao socialismo precisamente através das relações de mercado» (12). Tal era, em substância o pensamento bukhariniano, no pressuposto de que o poder político fosse proletário.



Percebem-se agora as razões pelas quais, no início da Perestroika, o «regresso a Lenine» se faz em boa medida através da recuperação das teses de Bukharin. Com efeito, a actual economia soviética terá de voltar a passar por um longo período de «assimilação das conquistas técnicas do Ocidente», num quadro em que se exige «não a diminuição da circulação de mercadorias, mas o seu extremo alargamento» (13) e se considera que «os preços servirão tanto melhor a causa do socialismo quanto mais honestamente exprimirem as relações económicas» (14). Não tem mais procedência a tese de «professores obedientes segundo a qual o preço soviético (...) não era uma categoria económica, mas uma categoria administrativa destinada a melhor servir a nova repartição da renda nacional. Estes professores esqueciam-se de explicar como é possível dirigir os preços sem conhecer o preço do custo real, e como se pode calcular este preço, se todos os preços, em vez de exprimirem a quantidade de trabalho socialmente necessário à produção dos artigos, exprimem a vontade da burocracia» (15).



O notável destas citações - e muitas outras do mesmo teor se poderiam acrescentar – é que elas não foram proferidas pelos economistas da Perestroika. São de Trotsky, escritas em 1936, a propósito dos métodos da terceira Revolução de Estaline...





(Observações - Texto com fundamentos nos pensamentos de Leon Trotsky)

sábado, 28 de abril de 2012

Uma estrada chamada futuro

A vida de princípio parece um conto encantado, em que juntamos todas as nossas alegorias, fantasias, ou seja o lúdico de nossa infância, e queremos confrontar isto tudo com a crueldade da realidade.

A realidade é um poço de aguas turvas, de facas afiadas caindo sobre nossas cabeças em chuvas tormentosas. Diante disto a nossa flexibilidade juvenil, vai-se perdendo, perdendo, perdendo,e nós sem outros caminhos, temos que recorrer ao choro, ao desempero da nossa existência.

E nesta batalha, implementada pelo tempo, não podemos isolar em nossas solidões, não há como fugir, neste mundo em que armamos nossas relações, que organizamos os nossos princípios, temos que procurar refúgios, precisamos juntarmos esperanças e agarrarmos uns aos outros.

Juntos podemos traçar ritos de passagens, elaborar reflexões, meditações, ter uma certeza do futuro, mesmo que as nossas viagens seja sobre uma carroça de sonhos encantados. Com certeza podemos resgatar o lúdico de nossa infância, reaprender a sorrir. Entender o céu azul, e esperar abraçados até a noite. Começar a acreditar na Ave Maria, quando as estrelas cadentes deslizar no espaço, fazer um pedido de amor entre beijos. Entender que na magia há algo sobrenatural.

Encontrar a ternura no olhar, no abraçar, no sexo, na ternura dos corpos e da alma, amar até desfalecer, cumprindo o ritual gorginiano do prazer em movimento, na vontade de comer, e desmaiar no prazer em repouso do êxtase.

A leitura de nossa existência passa por experiências, implacáveis com o tempo, que faz de nós seres com barrigas salientes, com crianças pra criar, com um olhar distante, que aos poucos possibilitar-nos ater na dificuldade até pra caminhar, pode surgir as brigas, pode haver disturbios financeiros, pode até a fragmentação de nossa existência, mas é a vida. Toda essa bobagem não vale a pena refugiar na solidão.

Levante, corra vamos sonhar, uma estrada chamada futuro nos espera.




Manoel Messias Pereira
poeta, cronista

São José do Rio Preto-SP







Estatuto Social

Está tudo no estatuto
quem está fora, quem disputa
quem aceita, quem refuta
quem é o réu e quem reputa

Esta tudo no estatuto
quem usa seda, quem usa juta
Quem é filho, e quem é puta
quem é macho e quem é fruta

Está tudo no estatuto
quem só manda, quem só labuta
quem é regido, quem é batuta
quem fiscaliza sua conduta

Está tudo no estatuto
A nossa lei absoluta
E não adianta reclamar
clamar a Deus

ou reclamar aos gritos
A lei é força
A lei é bruta
E no Estatuto
já está escrito
quem é que vai vencer a luta.




Carlos Alberto Bellini

poeta e engenheiro
Porto Ferreira -SP - Brasil

Ligeiras Notas sobre o capitalismo Brasileiro









LIGEIRAS NOTAS SOBRE O CAPITALISMO BRASILEIRO







O capitalismo já teria cumprido ou realizado suas etapas de desenvolvimento, no Brasil, em que pese haver alguns problemas ou atrasos de caráter regional, fruto, porém, da própria característica do desenvolvimento desigual do capitalismo, em nosso País. Como a crise capitalista é estrutural e mundial, pois já sangra o coração do imperialismo estadunidense e europeu, só nos resta tirar a conclusão de que a estratégia da revolução social brasileira só pode ser socialista.







Fundamentos do capitalismo brasileiro







I. O Estado burguês brasileiro é moderno e principalmente ágil na defesa dos interesses do Capital, administrando, de maneira secundária, as demandas populares, revelando sua natureza de classe, isto é, Estado da classe dominante.







CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO ECONÔMICA







II. O espaço da produção econômica do setor primário foi reorganizado, a partir de uma divisão social do trabalho que contempla majoritariamente os interesses do grande Capital (concentração da propriedade da terra e produção privilegiada para o agronegócio).







Poucos grupos econômicos respondem, atualmente, pela grande produção nacional de produtos extrativos, agrícolas e pecuários, voltados, notadamente, para a exportação. Essa nova realidade econômica no campo repercutiu fortemente nas relações do trabalho, transformando meeiros, posseiros e semiescravos no moderno assalariado rural.







Isto nos indica que os trabalhadores rurais terão de redobrar esforços para levar adiante a pauta da reforma agrária de caráter popular, buscando apoio junto ao proletariado urbano, esclarecendo-o como uma reforma agrária de caráter popular beneficiaria indiretamente a todos os trabalhadores nacionais. Sozinhos, talvez, não consigam, pois a burguesia ligada à posse da terra e dos frutos que dela colhe é muito forte.







III. Quanto à produção e oferta de bens do setor secundário da economia, pode-se afirmar que ela é diversificada. A burguesia instalada no Brasil supre o mercado nacional em cem por cento dos bens de consumo e quase a totalidade dos bens de capital. Há, naturalmente, carência de pesquisas tecnológicas em alguns setores de ponta, explicada, porém, pelo fato de grande parte dos grupos econômicos que operam no Brasil ser multinacional, e, em razão dessa característica do Capital, suas pesquisas se realizam nos países de origem.







IV. A produção e a comercialização da produção nacional e importada estão concentradas principalmente nas capitais estaduais. O comércio é diversificado e atende a demanda nacional diretamente ou por meio de redes de distribuição localizadas em cidades-polos e capitais regionais.



A MALHA DOS TRANSPORTES E A COMUNICAÇÃO DE MASSA







IV. A malha dos transportes e a comunicação de massa estenderam-se para todas as regiões do país. A rede de energia elétrica e a telefonia celular já alcançou o rural do longínquo Sertão. Este termo, aliás, é uma forma reduzida de Desertão, que perdeu significado como região distante, lugar ermo. O capitalismo integrou o mercado nacional e o Sertão virou Interior. Essas transformações, ainda de caráter recente, certamente terá impacto sobre a lentíssima transformação das forças produtivas no Campo. E no processo da luta de classes, teremos o embate dialético entre a elevação do nível de consciência dos trabalhadores e o poder de cooptação ideológica da classe dominante.







VALORES CULTURAIS BURGUESES







V. Os valores culturais são burgueses, sedimentados pelo conteúdo educacional direcionado prioritariamente para a formação profissional. Os cursos de nível superior são, geralmente, de período integral, caríssimos, inacessíveis à grande maioria do proletariado. A educação fundamental predominantemente pública tem baixo nível de aproveitamento por parte da clientela proletária. E o ensino médio, quando profissionalizante, se resume a apreensão de técnicas necessárias ao desempenho do operário junto às empresas capitalistas privadas e estatais.







Fora do âmbito educacional propriamente dito, temos a predominância ideológica burguesa reafirmada diariamente por meio da mídia escrita e rádio-televisiva. Os conteúdos dos noticiários são retrabalhados, tendo em vista o cuidado de não contribuir para a elevação do nível de consciência do Homer Simpson, apelido atribuído ao proletário brasileiro pelo jornalista âncora do jornal Nacional da rede Globo. Se não bastasse isso, temos ainda de ouvir a incansável cantilena de insensatos pregadores, vinculados às diferentes correntes metafísicas que atuam no Brasil.







REPARTIÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUO - PIB







VI. Uma característica do capitalismo brasileiro é a grande concentração da renda em mãos de uma parcela minoritária da população. A mais-valia e a produtividade do fator trabalho são rateadas entre a burguesia nacional e a internacional, na proporção exata do nível de associação ou dependência existente entre elas. Decorre, em parte, dessa associação espúria, a péssima distribuição da renda nacional.







A repartição da mais-valia se daria, teoricamente, da seguinte forma: uma parte para os sócios diretos; outra para pagamento de royalties sob a forma de compra ou licença de tecnologia estrangeira; ainda outra para pagamento de juros ao capital financeiro, e, por último, transferência a título de doação às entidades filantrópicas. E do pouco salário que recebe o proletário, uma parte vai para pagamento de juros, quando se compra a prazo. Com relação aos tributos arrecadados pelo Estado, observa-se que boa parte da arrecadação é repassada para aplicadores em títulos da dívida pública, revelando, neste caso, o aprisionamento dos Estados nacionais aos grandes grupos econômicos e financeiros. Aliás, o capitalismo atual não se sustentaria sem o apoio financeiro, fiscal e político do aparelho de Estado, fenômeno já estudado e nomeado como capitalismo monopolista de Estado.







Como se vê, a estrutura de poder do capitalismo brasileiro inviabiliza a distribuição equitativa da renda nacional no presente, bem como nega a possibilidade futura de melhoria das condições de vida dos trabalhadores, pois é da natureza mesma do sistema capitalista brasileiro seu viés excludente.







INSERÇÃO SUBALTERNA DO CAPITALISMO BRASILEIRO



NO CONCERTO DAS NAÇÕES IMPERIALISTAS







A internacionalização de algumas empresas instaladas em nosso país pode ser tomada como indicativo do amadurecimento do capitalismo brasileiro. Preenchido os espaços do mercado nacional para os níveis de renda existentes, as empresas buscaram o mercado externo. O processo iniciou-se com a diversificação da pauta do comércio exterior, prosseguindo com a consolidação do MERCOSUL, e mais recentemente com a integração no G-20, e dentro deste, com a criação do bloco dos cinco países denominados de emergentes (BRICs).







Quando, porém, falamos de empresas instaladas no Brasil, queremos dizer que o capitalismo brasileiro é multinacional, não há mais diferença jurídica entre nacional e estrangeiro, para efeito de atuação das empresas em nosso território, e até mesmo quanto ao acesso às fontes de financiamento ao Capital. É multinacional e a cada vez mais ocorrem compras de empresas nacionais, fusões e outras formas de associação ao capital estrangeiro. Ontem (25/04/2012), tomei conhecimento de uma pesquisa da consultoria KPMG sobre o assunto: Aquisições e fusões elevam desnacionalização em 700%, nos últimos anos, e de 118%, só no primeiro trimestre de 2012.







O capitalismo brasileiro já se expressa como a sétima economia do mundo, e, em razão desta realidade, almeja e luta por uma representação permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.







O capitalismo como conceito de modo de produção com desenvolvimento desigual concentrou todo o poder em poucas nações imperialistas (basicamente o G-8), fechando a possibilidade das demais nações de se desenvolverem. A quase totalidade dos países jamais cumprirão as etapas de desenvolvimento do capitalismo em seus países. Estes são, atualmente, campo de caça do imperialismo que tudo fará para manter seu nível de vida à custa do trabalho alheio e dos recursos energéticos das demais nações. As intervenções violentas do imperialismo têm demonstrado isso. Outra característica dessa expansão imperialista diz respeito à geopolítica, com a instalação de bases militares no mundo todo. Somente os Estados Unidos possuem 1001 bases (veja texto Império das bases militares, no meu modesto site, endereço abaixo).



Esse cenário, ao que tudo indica, levará ao acirramento da disputa pelo domínio do mercado mundial e suas fontes de recursos naturais, especialmente entre USA, China, Rússia, Japão, União Europeia e mais recentemente Índia e Brasil. Somente o proletariado em cada um desses países poderá impedir que as contradições se transformem em antagonismo, evitando, assim, a eclosão da 3a Guerra mundial.







O MUNDO DO TRABALHO NO CAPITALISMO ATUAL







A riqueza das nações é produto da força de trabalho do homem. A tecnologia por si só nada cria, mas transfere o valor do trabalho nela contido aos bens e serviços criados pelo homem. Ela tem, ainda, a virtude de incrementar a produtividade do fator trabalho. No capitalismo, a riqueza, de maneira geral, é criada dentro de relações sociais de dominação de classes e, por isso mesmo, centrada em uma contradição estrutural: uma pequena classe social é proprietária dos meios de produção, enquanto outra é proprietária apenas de sua força de trabalho e, consequentemente, tem de alugá-la continuamente para sobreviver.







Ocorre, porém, que o trabalhador, que aluga sua força de trabalho, não é pago pelo trabalho realizado, mas pela sua energia física e mental gasta no processo da produção. Força de trabalho e trabalho realizado são coisas distintas. No processo da produção, o trabalhador produz um valor em bens ou serviços extremamente superior ao valor que ele recebe para repor sua energia consumida durante sua jornada de trabalho. A esse diferencial, o que ele produz e aquilo que recebe, chamamos de mais-valia.







A mais-valia que decorre da exploração da força de trabalho do proletariado tem sido incrementada historicamente por meio do uso cada vez mais intensivo de tecnologia aplicada à produção. As formas de organização do trabalho também vêm sendo alteradas, à medida que se busca a otimização do uso da força de trabalho. Desta busca pela racionalidade da administração burguesa, surgiram algumas teorias, tais como: Taylorismo, Fordismo, Toyotismo, Volvismo etc.







As primeiras teorias pregam, em geral, a separação entre quem concebe ou planeja o trabalho e aquele que executa; a medição e controle do tempo gasto pelo trabalhador nas operações produtivas; a automação progressiva; e o conceito de esteira rolante. O resultado da aplicação dessas teorias contribuiu para a fragmentação das etapas do trabalho (linha de montagem, por exemplo); para execução de tarefas especializadas e repetitivas por parte do trabalhador; para exercer maior controle sobre ele e para aumentar a produtividade do fator trabalho, uma vez que qualquer atraso em uma determinada etapa do processo da produção afetaria o desempenho dos trabalhadores na etapa seguinte.







O Toyotismo é uma forma de organização do trabalho própria das condições culturais do Japão. Ele prega a devoção do trabalhador à empresa, com a qual estabelece vínculos de fidelidade com promessa de estabilidade no emprego, participação nos lucros e nas promoções por antiguidade. O Toyotismo privilegia o trabalho em grupos e a obediência a uma liderança; incentiva, também, a autonomia dos trabalhadores para sugerir eventuais correções no processo da produção. Cabe à empresa promover cursos de atualização para seus trabalhadores etc. Enfim, reforço da ideia de cooperação e não de competição entre os trabalhadores. Outras medidas relativas à produção são: just-in-time (trabalhar sem estoques) e relações de contrato sob ou por encomenda com os fornecedores de componentes, peças e insumos.







O Volvismo é uma forma de organização do trabalho própria da realidade social da Suécia, que conta com alta tecnologia, experimentalismo inovador, automação etc. Lá, os sindicatos são fortes e a força de trabalho é qualificada e conhece todas as etapas da produção. Os trabalhadores contam com cursos de formação e atualização constante de seus conhecimentos, além de participarem por meio de seus sindicatos das decisões de montagem da planta da fábrica, o que garante, por outro lado, maior comprometimento dos trabalhadores para o sucesso de novos projetos etc. No Japão e muito mais na Suécia, os trabalhadores já manifestam insatisfação com esses modelos de organização do trabalho, pois todos eles se valem da exploração da força de trabalho do proletariado.







A partir dos anos oitenta, o capitalismo iniciou um processo de reestruturação produtiva, baseado na intensificação do uso de novas tecnologias aplicadas à produção de bens e serviços e na reorganização do trabalho junto às unidades produtivas. Tais medidas tiveram repercussão significativa para o mundo do trabalho.







Quanto à organização do trabalho propriamente dito, podemos estudá-la em dois níveis: a) organização interna em único local de trabalho; b) organização do trabalho fragmentado em unidades de produção separadas e, muitas vezes, localizadas em diferentes países.







No primeiro nível, podemos citar: supressão de várias instâncias de gerência; unificação de tarefas; extinção de linhas de produtos de inexpressiva participação percentual na produção total da empresa; supressão de estoques, de armazenagem, substituídos por uma relação direta com fornecedores e sob contrato por encomenda de peças, insumos e componentes; terceirização de algumas funções produtivas e de serviços em geral; criação do banco de horas; contrato por tempo determinado; e o estabelecimento de novas técnicas de cooptação dos trabalhadores, como, por exemplo, a participação nos lucros ou resultados da empresa, desde que cumprida as metas de produção estabelecidas. Esta técnica de cooptação cria, inclusive, a ilusão de parceria entre empregados e patrões, além de incentivar a competição entre os próprios trabalhadores, tendo em vista alcançar as metas estabelecidas pela Direção. .







No segundo nível, notamos a fragmentação da produção em unidades separadas, localizadas inclusive em diferentes países. Neste caso, o capitalista busca as vantagens comparativas, isto é, produzir onde as condições sociais lhe proporcionarem maior retorno para seus investimentos. Neste nível de organização do trabalho, a matriz concebe o projeto, seu design, assegurando para si a patente, o segredo técnico-científico do projeto, e executando-o nos países periféricos, onde o custo da mão-de-obra é menor. Essa seria a nova lógica de organização produtiva globalizada.







Essas unidades de produção são, em geral, pequenas, limpas, moduladas, transportáveis facilmente para qualquer região ou país, e bastante automatizadas. Quanto ao uso mais intensivo de tecnologias aplicadas à produção de bens e serviços, notamos que há um incremento excepcional da produtividade do fator trabalho concomitantemente com menor emprego de mão-de-obra, contribuindo, dessa maneira, para o aumento exagerado do número de desempregados. Os desempregados, como se sabe, sempre desempenharam algumas funções para o sistema capitalista, tais como: baratear a compra da força de trabalho; debilitar os vínculos da solidariedade proletária e desarmar suas entidades representativas de classe; e, menos frequentemente, eram utilizados, pelo sistema, nas conjunturas favoráveis à expansão da produção capitalista.







A crescente automação da produção; a fragmentação das suas unidades produtivas e das instâncias do trabalho; a precarização das relações do trabalho e o aumento do desemprego são, todos, fatores que contribuíram para a fragmentação dos espaços da organização classista do proletariado. Pior, ainda, a reestruturação capitalista, ao introduzir novas formas de tecnologia e alterar, em grande parte, a organização do trabalho, reforçou a alienação dos trabalhadores, e por isso muitos deles já não se reconhecem como explorados no processo da produção capitalista, decorrendo daí sua hesitação em se posicionar ao lado dos lutadores sociais.







O capitalismo, graças às tecnologias desenvolvidas pela humanidade e às novas formas de exploração do trabalho proletário, gerou uma capacidade de superprodução de bens e serviços que entra em contradição com o baixo consumo dos mercados nacionais. Essa contradição se deve ao fato de a produtividade do fator trabalho, a riqueza criada pelo proletariado, não ter sido socializada. A apropriação privada da tecnologia pela burguesia fechou as portas para 40% da população mundial. O Capitalismo não precisa dessa parcela da população para produzir o que já vem produzindo, considerados o tamanho dos mercados nacionais e o perfil de distribuição da renda da população mundial.







A revolução tecnológica elevou, por um lado, exponencialmente a produtividade do fator trabalho e, por outro, concentrou seus benefícios em algumas poucas centenas de grandes corporações. A tendência de concentração de renda também se verifica no Brasil. Na década de noventa, por exemplo, alguns estudos apontavam aumento de produtividade por trabalhador na indústria de 84%, enquanto a participação do trabalho assalariado no PIB decrescia de 44% para 36%. E, atualmente, suspeita-se que ele não alcance os 40% do PIB.







A revolução tecnológica pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos traduzidos em tecnologia para otimizar a produtividade da força de trabalho proletária e reforçar simultaneamente seu controle pela classe dominante. Ela se expressa em máquinas computadorizadas, robôs; nanotecnologia; informática e outras tecnologias de comunicação, inclusive as espaciais; máquinas de leitura óptica; produtos da engenharia de materiais; produtos da engenharia genética; produtos da engenharia bélica; produtos da química fina; tecnologias para vigilância e controle a distância etc. Surpreendente é, por exemplo, a computação gráfica. Quem assistiu ao filme O Senhor dos Anéis certamente saberá do que estamos falando.







Mas, como dizíamos, a riqueza criada pelo proletariado não foi socializada, piorando as condições de vida da população mundial, pois cerca de quarenta por cento dela vive entre a miséria e a pobreza. Essa situação vem sendo agravada pela crescente dominação dos países centrais que impõem aos povos da periferia do sistema elevados custos, nas formas de exploração de seus mercados nacionais, na exaustão de suas fontes de matérias-primas e insumos, quando não os agridem belicamente. Aliás, as agressões são uma maneira de reafirmar sua hegemonia política no mundo, enquanto saqueia as riquezas nacionais. A indústria bélica, nos países centrais, é um setor importante na geração do PIB, e a guerra muitas vezes é utilizada quando o governo de plantão perde apoio político entre sua própria gente.







A reestruturação produtiva tem exigido do empresariado grandes investimentos em tecnologia, matérias-primas e insumos, bem como velocidade em sua renovação, pois se novos produtos não forem lançados, anualmente, eles encalham no mercado mundial. E esta contradição ocasiona rendimentos decrescentes, agravados pelo subconsumo dos mercados nacionais, motivado, como se disse, pela não distribuição da produtividade do trabalho, pela má distribuição de renda entre os bilhões de trabalhadores. Decorrem, também, dessas contradições a intensificação da competição entre os blocos econômicos, o incentivo à fusão de capitais, quando não conduz à quebradeira de grandes grupos empresariais. Por isso, a nova modalidade de acumulação de capital depende, mais do que nunca, da abertura dos mercados nacionais, de sua desregulamentação, do livre trânsito de produtos e de capital.







Preenchidos os espaços nos ramos da produção de bens, o capital avança, agora, para o setor de serviços, incluídos aí aqueles tradicionalmente de responsabilidade dos Estados nacionais, tais como, saúde, educação, seguridade social, saneamento, transporte, energia, comunicações etc.







O volume da mais-valia gerada nos últimos anos maximizou a importância do capital financeiro e dentro dele sua parte especulativa. Avalia-se que o montante de capital que gira anualmente nas bolsas e mercados do mundo inteiro ascenda a US$ 118 trilhões, equivalentes a três vezes o PIB mundial. Grande parte deste capital financeiro tem servido para rolar o passivo de governos endividados, principalmente aqueles menos desenvolvidos e subalternos ao imperialismo. O capital financeiro tornou-se politicamente hegemônico em relação às frações do capital produtivo e, em razão disso, impõe diretrizes políticas aos governos de inúmeros países. O neoliberalismo, na atualidade, é a melhor política de Estado para a continuidade de seus interesses especulativos. Não é de estranhar, pois, as tentativas de redução do tamanho do Estado, principalmente nos países periféricos, e, no limite, apagar a ideia de nação da cabeça de seus trabalhadores.







O que está ficando claro para todos é a impossibilidade de o capitalismo dar respostas às demandas sociais da população mundial. O emprego formal, além de não se expandir proporcionalmente às necessidades sociais, exige cada vez mais qualificação, conquanto ele continue repetitivo. O proletariado deve estar capacitado para desenvolver habilidades polivalentes, entender as instruções operacionais e sujeitar-se à rigidez das normas do estabelecimento de trabalho. Como se vê, estas exigências eliminariam, de imediato, pelo menos um quinto da população mundial, desqualificada para o trabalho, nos moldes do capitalismo atual.







Diante do exposto, só resta ao trabalhador buscar alternativas de renda, isto é, experiências relacionadas com a autogestão, a economia solidária, o cooperativismo, o trabalho autônomo, muitas vezes informal, se quiser sobreviver dentro do sistema, ou, então, lutar pelo reforço dos movimentos sociais, demandando, sem trégua, junto ao governo de plantão a necessidade urgente de reformas sociais. Contudo, nós, trabalhadores, não devemos ter ilusão: somente o socialismo cria oportunidades para todos, pois a riqueza das nações, que é produto do trabalho do proletariado, deve ser apropriada coletivamente.







NIVEL DE ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES BRASILEIROS







Pode-se dizer, grosso modo, que os trabalhadores brasileiros ainda estão organizados sob a forma de antigas estruturas de poder legadas pelo passado. O tempo histórico da prática democrática do proletariado brasileiro ainda é muito recente. Da Independência à proclamação da República e desta até a Constituinte de 1946, foram diminutos os espaços para a prática democrática dos trabalhadores. Da redemocratização burguesa de 1946 até aos primeiros anos da década de 1960, foi, na realidade, o momento mais ativo dos trabalhadores em sua luta por melhores condições de vida. A Ditadura militar burguesa, implantada ao longo dos 21 anos que se seguiram, sepultou não só o movimento de organização proletária, mas seus principais dirigentes. Mas, agora, estamos retomando! É só perguntar: de que lado você está, camarada?







solonsantos@yahoo.com.br e site http:://notassocialistas.vila.bol.com.br



- minha homenagem ao 1o de Maio de 2006 – Dia do proletariado mundial.







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Partido Comunista Brasileiro

Comite Estadual - SP

(11)3106-8461

Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Em 28 de abril de 1865 - Nasceu Vital Brazil, médico e cientista brasileiro
Em 28 de abril de 1903 - Os barqueiros de Tessolônica, na Grécia, ativistas anarquistas que lutaram contra os turcos, neste dia colocaram uma bomba em um navio de guerra francês, chamado Guadalquivir. Este foi um atentado que seguiu-se de outros, como no dia 29 no Banco Imperial Otomano, depois no Trem Expresso para Istambul, no Sistema de Gaz, no Teatro Eden, e assim por diante, fizeram um numero de 115 mortos, na sua maioria militares e administradores turcos.


Em 28 de abril de 1918 - Faleceu Gavrilo Princip, o atirador que matou o principe herdeiro do Império Austro-Húngaro Francisco Ferdinando e sua esposa Sophia, sendo esse o estopim da 1a. Guerra Mundial.




Em 28 de abril de 1945 - Faleceram o jornalista Benito Mussolini e sua esposa, o fascista , que inspirou Adolpho Hitler. Foram capturados e assassinados pelos partigiani.
Em 28 de abril de 1969 - Em razão de um acidente de trabalho numa mina que matou 78 trabalhadores no Estado da Virgínia nos Estados Unidos da América, foi Instituído o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho, data que de princípio começou a ser comemorada no Canadá, por iniciativa do Movimento Sindical e se espalhou pelo mundo. A OIT Organização Internacional do Trabalho desde 2003, conseguiu à reflexão sobre os acidentes de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. No Brasil dede maio de 2005 este movimento está instituído pela Lei 11.121.


Em 28 de abril de 1977 - Assembléia Geral da ABI Associação Brasileira de Imprensa, pediu-se anistia aos presos políticos brasileiros.


Aleisha Allen

Em 28 de abril de 1991 - Nasceu a atriz norte americana Aleisha Allen
Em 28 de abril de 2006 - No Colóquio de Filosofia e História da Educação "Marxismo e educação - debate contemporâneo", com Dermeval Saviani, José Claudio Lombardi e José Luis Sanfelice.


Em 28 de abril de 2008 - Resolução CNE/CEB n.2 - Estabelece diretrizes complementares normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação básica no campo.Brasil.


Advogado Diogo Cabral
Padre Isnaldo Serejo


Em 28 de abril de 2011 - A Amnistia Internacional lançou uma campanha contra a violência no campo e em favor do advogado Dr. Diogo Cabral e o padre Isnaldo Serejo ambos da Comissão Pastoral da Terra.

 

Manoel Messias Pereira

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