terça-feira, 29 de novembro de 2011

Solidariedade sempre ao Povo Palestino

Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino - Resolução 32/40 - 1977 da Organização das Nações Unidas - ONU.
Em 29 de novembro de 1947 - Em sessão plenária da Assembléia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro diplomata Oswaldo Aranha, foi aprovada por 33 votos a favor, contra 13 contra e 10 abstenções, o Plano de Divisão da Palestina proposto pela União Soviética e Estados Unidos da América. A Palestina possuia 1(Hum) Milhão e trezentos mil habitantes e 600 mil judeus.Pelo protocolo seria 57% do território a Israel e 43% aos Palestinos. Essa proposta foi rechaçada pelos países árabes.

Em 29 de novembro de 2010 - No Instituto de Filosofia Ciências Sociais da UFRJ - Largo São Francisco - RJ. Aconteceu o Ato Político de Solidariedade à Luta dos Palestinos. Aconteceu também a exposição do Livro "Impressões de uma brasileira na Palestina"

Em 29 de novembro de 2010 - No plenarinho da assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul - Porto Alegre. Ocorreram atividades solenes com a Embaixada da Autoridade Palestina, na República Federativa do Brasil e o Alto Comando das Nações Unidas para refugiados. (ACNUR).

Em 29 de novembro de 1977 - 40 palestinos que protestavam contra a prisão de alguns integrantes do Grupo Jihad Islâmica, foram recebidos com balas de borracha por soldados israelense.

Em 29 de novembro de 1776 - Foram resgatados 8 sobreviventes do naufrágio do navio negreiros Utile, na Ilha de Tromeleim.

Em 29 de novembro de 1935 - Fernando Pessoa foi internado no Hospital São Luis dos Franceses, vítima de uma crise hepática.

Em 29 de novembro de 1946 - Nasceu o poeta e musico cubano Silvio Rodriguez
Em 29 de novembro de 1953 - Nasceu a cantora brasileira Eliete Negreiros
Em 29 de novembro de 1970 - Nasceu a atriz e apresentadora de TV, a brasileira, Maria Paula.
Em 29 de novembro de 2001 - Faleceu o ex-Beatles George Harrison, músico e cantor inglês.

I Encontro Ibero Americano de Conselhos Econômicos e Sociais




Metade da Íbero-América possui Conselhos Econômicos e Sociais

Encontro agendado para 1° e 2 de dezembro, em Porto Alegre, reúne os conselheiros para troca de experiências e fomentar a criação de colegiados nos demais países. Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Portugal, República Dominicana e Venezuela contam com instituições dessa natureza, seja em nível federal, estadual ou municipal. No Brasil, além do conselho nacional, sete conselhos estaduais já estão funcionando.

Ivan Trindade

Metade dos países que compõem a Ibero-América apresenta conselhos econômicos e sociais ou entidades similares em seus processos democráticos. Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Portugal, República Dominicana e Venezuela contam com instituições dessa natureza, seja em nível federal, estadual ou municipal.
A principal função dos conselhos é promover o debate e acolher as diferentes perspectivas dos segmentos sociais, na intenção de promover consensos, acordos e concertações sobre diferentes temas para a construção de políticas públicas.

A primeira nação ibero-americana a instituir um órgão de caráter consultivo às ações do Poder Executivo, através de um conselho com representantes de variados setores da população, foi a Espanha, em 1991, com a criação do Conselho Econômico e Social que estava previsto na Constituição do país desde 1978. No ano seguinte, Portugal também constituiu o seu Conselho Econômico e Social funcionando em âmbito federal.

Em 2003, durante o primeiro ano de governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a coordenação inicial do atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o Brasil organizou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que contribuiu na estabilização do país, gerando um entendimento da adoção de políticas prioritárias para elevar o país a outro patamar na política, refletido na melhoria do cenário econômico-social brasileiro.

Atualmente, sete unidades federativas do Brasil possuem seus conselhos voltados às realidades estaduais. Além do Rio Grande do Sul, que constituiu o seu em 2011, os estados de Alagoas, Pernambuco e Maranhão contam com esse recurso democrático desde 2007; Bahia, desde 2008; Paraíba, desde 2009 e o Distrito Federal em 2011.

Pelo menos oito municípios brasileiros também implementaram seus colegiados: Diadema (SP), em 1999; São Carlos (SP), em 2007; Canoas, Erechim (RS) e Santarém (PA), em 2009; Goiânia (GO), Presidente Venceslau (SP) e Pelotas (RS), em 2011.

Os países da região que ainda não têm colegiados desta natureza são: Andorra, Bolívia, Colômbia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Com intuito de impulsionar o desenvolvimento de ferramentas como essa no restante de seu território, a Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib) é co-realizadora do 1º Encontro Ibero-Americano de Conselhos Econômicos e Sociais, que ocorrerá dias 1° e 2 de dezembro, em Porto Alegre (RS).

“Entendemos que os conselhos são meios importantes para ampliar os processos democráticos. Por isso fizemos questão de ser parceiros nesta bela iniciativa de promover este debate e mobilizar os países do bloco”, declarou o secretário-geral do Segib, Enrique Iglesias, que estará no evento.

Trocar experiências, debater o papel da sociedade civil no novo modelo econômico, social e ambiental de governança global e estimular o desenvolvimento de espaços desse caráter são as metas do encontro, que pretende reunir cerca de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros, estudiosos, especialistas e demais interessados no assunto. As inscrições são gratuitas e estão disponíveis no site www.iberoamericaces.rs.gov.br. Todos os debates terão transmissão ao vivo pela internet.




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Socialistas reclamam da 1a. CELAT com o compromisso de Porto Rico







Socialistas reclaman a la CELAC compromiso con causa de Puerto Rico














San Juan, 29 nov (PL) El Frente Socialista de Puerto Rico (FSPR) reclamó a los países que formarán parte de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC) comprometerse con la causa de la independencia de este país, sometido al dominio colonial de Estados Unidos desde 1898.

El portavoz del FSPR, Guillermo de la Paz, confirmó que a la vez la organización desea que se posibilite la presencia de una delegación puertorriqueña en el acto constitutivo de la CELAC, fijado para realizarse el viernes y el sábado en Caracas, la capital venezolana.

"Esperamos que Puerto Rico pueda tener, como observador, una delegación en la reunión cumbre de jefes de Estado y de Gobierno", expresó a Prensa Latina.

El dirigente boricua recordó que el Frente Socialista está comprometido con la concreción de este sueño de unidad de Simón Bolívar, que ya para 1815 abogaba en su Carta de Jamaica por la integración de los estados latinoamericanos y caribeños.

Dijo que "Cuba ya es libre y soberana, pero en Puerto Rico seguimos la incansable lucha por la liberación nacional del yugo imperialista y por la construcción de una sociedad más justa".

De la Paz añadió que el esfuerzo por la integración de nuestros pueblos no concluirá hasta que termine el oprobio colonial en Puerto Rico, Aruba, Martinica y las Islas Malvinas, en Argentina.

"Mientras exista el colonialismo en América, las metas de la CELAC estarán en constante amenaza, particularmente respecto a la independencia de acciones, defensa de intereses de los pueblos y la democracia de los países del hemisferio", aseguró el dirigente frentista, quien pertenece al Partido Comunista de Puerto Rico.

mv/nrm
























www.antiterroristas.cu

Palestina no Coração



Palestina no coração

Por Brasil de Fato





Entre nós, brasileiros, é indispensável esclarecer a opinião pública sobre a causa palestina e mobilizar energias para bloquear as relações comerciais que contribuem para perpetuar a ocupação israelense

28/12/2011

Igor Fuser



A luta pela libertação da Palestina já transcendeu seus limites geográficos para se sobressair como uma causa que envolve os valores mais elevados de justiça e dignidade no plano global. Não há neutralidade possível. A opção entre apoiar a resistência palestina ou os ocupantes sionistas constitui, em qualquer lugar do mundo, um divisor de águas entre progressistas e reacionários.

Isso já ocorreu no passado, em confrontos que expressaram, simbolicamente, situações de impasse entre tendências opostas. Na Europa do século 19, os democratas sinceros abraçaram a causa da independência da Grécia, contra o domínio turco. Mais tarde, a Guerra Civil Espanhola sacudiu as consciências como a síntese da encruzilhada política que antecedeu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Em defesa da Espanha republicana, se situavam os comunistas, socialistas, anarquistas e democratas em geral. Já as forças golpistas reuniram a oligarquia agrária, a Igreja conservadora e os fascistas do general Franco, que só triunfaram graças à intervenção militar da Alemanha de Hitler e da Itália de Mussolini. No episódio se destaca o heroísmo das Brigadas Internacionais, formada por voluntários de dezenas países (entres eles, o Brasil), que juntaram à luta do povo da Espanha. Outras gerações carregam na sua formação a experiência inesquecível da Guerra do Vietnã. A solidariedade à luta heroica dos vietnamitas constituiu o elo entre as mais variadas formas de resistência ao imperialismo – dos ativistas pelos direitos humanos nos próprios EUA aos revolucionários latino-americanos.

Agora, o foco está no Oriente Médio. As flotilhas da liberdade – navios com ajuda humanitária à população aprisionada em Gaza – reúnem pessoas das mais diversas nacionalidades. Em paralelo, ganha impulso a campanha internacional pelo “Boicote, Desinvestimento e Sanções”, que busca replicar o sucesso na mobilização contra o apartheid na África do Sul (outra causa de alcance universal), atingindo Israel em seu ponto mais sensível, a economia.

Entre nós, brasileiros, é indispensável esclarecer a opinião pública sobre a causa palestina e mobilizar energias para bloquear as relações comerciais (sobretudo, a importação de tecnologia militar e de serviços de “segurança”) que contribuem para perpetuar a ocupação israelense. Com a crescente importância do Brasil no cenário mundial, essa será uma ajuda preciosa.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Plano de desestabilização da Síria

O PLANO DE DESESTABILIZAÇÃO DA SÍRIA



Crédito: 4.bp.blogspot




Por Thierry Meyssan

As operações contra a Líbia e a Síria têm atores e estratégias comuns. Porém os resultados são muito diferentes, já que não há comparação possível entre ambos os Estados.

Nota de redação: Alain Juppé, que aparece acima na foto com Hillary Clinton, foi condenado pela justiça francesa em janeiro de 2004 por corrupção estatal e condenado a 18 meses de prisão. Nesta época todo o mundo considerava que sua carreira política estava acabada, porém o poder francês do governo Sarkozy o fez ressuscitar. Os meios de comunicação esqueceram seu passado.

Ainda que o intento de derrubar o governo sírio tenha muitos pontos de semelhança com a manobra contra a Líbia, os resultados são muito diferentes devido a particularidades sociais e políticas dos dois países. O projeto que pretendia acabar simultaneamente com esses dois Estados já havia sido enunciado desde 6 de maio de 2002 por John Bolton, então subsecretário de Estado da administração Bush. Posto em prática, nove anos mais tarde, pela administração Obama, está enfrentando numerosos problemas.

Exatamente como na Líbia, o plano inicial contra a Síria consistia em um golpe de Estado militar, no qual rapidamente se mostrou impossível conseguir encontrar oficiais necessários que pudessem cumprir esse papel. Segundo informações que temos recebido, também estava prevista a aplicação de um plano idêntico no Líbano. Na Líbia, a existência do complô se soube antes do tempo, e o coronel Kadhafi acertou em prender o coronel Abdallah Gehani. Não restou outro remédio que submeter o plano original a uma revisão em meio do inesperado contexto da ”primavera árabe”.

A ação militar

A idéia principal, em Síria, era provocar desordens em uma zona bem delimitada e proclamar ali um Emirado Islâmico que pudesse servir de base para desmantelar o país. Foi escolhido o distrito de Daraa porque se encontrava na fronteira com a Jordânia e com Golan, território sírio ocupado por Israel, que, por sua vez, facilitou o envio de todo tipo de ajuda material aos separatistas.

Orquestrou-se ali um incidente artificial mediante o uso de estudantes secundaristas que realizaram uma série de provocações, tática que funcionou mais que satisfatoriamente devido à brutalidade e estupidez do governador e do chefe de polícia local. Quando começaram as manifestações, franco atiradores localizados nos telhados dispararam a esmo contra a multidão e contra as forças da ordem. Cenário idêntico àquele que se aplicou em Benghazi para suscitar revolta.

Os planos incluíam mais enfrentamentos, sempre em distritos sírios fronteiriços, como meio de garantir a retaguarda, primeiramente na fronteira norte do Líbano e posteriormente na fronteira com a Turquia.

A missão dos combates estava nas mãos de unidades pequenas, em torno de uns 40 homens, onde se mesclavam indivíduos recrutados localmente com uma direção conformada por mercenários estrangeiros proveniente das redes do príncipe saudita Bandar bem Sultan. O próprio Bandar esteve na Jordânia para supervisionar o começo das operações, em contato com oficiais da CIA e da MOSSAD.

Porém, a Síria não é o mesmo que a Líbia: o resultado tem sido contrário ao esperado. Líbia é um Estado criado pelas potências coloniais que uniram pela força as regiões de Tripolitania, Cirenaica e Fezzan. Porém, a Síria é uma nação histórica, que as mesmas potências coloniais reduziram a sua mais simples expressão. Na Síria, existem forças unificadoras que esperam reconstruir a Grande Síria, que incluiria a atual Jordânia, a Palestina ocupada, o Líbano, Chipre e uma parte do Iraque. A população do país que atualmente conhecemos como Síria se opõe, portanto, de forma espontânea, aos projetos que querem dividir a nação.

Por outro lado, também é possível comparar a autoridade do coronel Kadhafi e de Hafez El Assad – pai de Bachar El-Assad. Os dois chegaram ao poder na mesma época e combinaram inteligência e brutalidade para imporem-se. Ao contrário do atual presidente sírio que não tomou o poder. Nem sequer esperava herdá-lo. Aceitou a presidência porque seu pai havia falecido e por saber que unicamente sua legitimidade familiar poderia evitar uma guerra de sucessão entre os generais de seu pai. O exército sírio foi buscá-lo em Londres, onde Bachar exercia sua profissão de oftalmologista. Mas foi o povo quem o consolidou no poder.

Bachar AL-Assad é, sem dúvida, o líder político mais popular do Médio Oriente. Há dois meses, era também o único que não utilizava escoltas e não tinha o menor problema em misturar-se com multidões.

A operação militar que tenta desestabilizar a Síria e a campanha de propaganda desatada simultaneamente contra esse país foram organizadas por uma coalizão de Estados, no qual os EUA exercem o papel de coordenador, exatamente da mesma forma em que a OTAN atua como coordenador dos Estados – membros e não membros da aliança do atlântico – que participam na campanha militar contra a Líbia.

Como já havíamos dito anteriormente, os mercenários foram por conta do príncipe saudita Bandar, que teve, inclusive, que fazer um giro internacional até o Paquistão e Malásia para reforçar seu exército pessoal, mobilizado desde Manama até Trípoli. Podemos citar, também, como exemplo, a instalação, nos escritórios do ministro libanês de Comunicação, de um centro de telecomunicação criado especialmente para este assunto.

Longe de lograr indispor a população síria contra o “regime”, o banho de sangue deu lugar ao surgimento de um movimento de unidade nacional ao redor do presidente Bachar El-Assad. Conscientes de que existe a intenção de arrastá-los a uma guerra civil, os sírios conformaram um bloco. As manifestações antigovernamentais conseguiram reunir um total de 150.000 a 200.000 pessoas, num país que conta com 22 milhões de habitantes. Entretanto, as manifestações a favor do governo estão reunindo multidões nunca vistas anteriormente na Síria.

Ante os acontecimentos provocados, as autoridades demonstraram sangue frio. O presidente deu início às reformas pretendidas e negociadas com setores importantes da sociedade, reformas que a própria população havia freiado sua implementação até esse momento, por temor de uma ocidentalização da sociedade árabe.

O Partido Bhaas aceitou o multipartidarismo para evitar cair no arcaísmo. Contrariamente ao que afirmam os meios de comunicação do ocidente e Arábia Saudita, o exército sírio não reprimiu os manifestantes, mas combateu os grupos armados. Por desgraça, seus oficiais superiores não conseguiram mostrar tato com os civis presos entre o tiroteio.

A guerra econômica

Produziu-se uma inflexão na estratégia comum do Ocidente e Arábia Saudita. Ao dar-se conta de que a ação militar não lograria afundar a Síria no caos no curto prazo, Washington decidiu atuar sobre a sociedade a médio prazo. A idéia é trabalhar a recente classe média, formada pela política econômica, e utilizá-la contra o governo. Para isso, é preciso provocar uma derrocada econômica a nível nacional.

O principal recurso da Síria é o petróleo, ainda que sua produção esteja bem abaixo do volume apresentado por seus vizinhos. Ainda assim, para comercializar esse petróleo, Síria necessita ter nos bancos ocidentais os chamado “assets” (bens ou valores mobiliários), que sirvam como garantia durante as transações. Basta congelar esses “assets” para sufocar o país. Para tanto, resulta importante e conveniente manchar o máximo possível a imagem da Síria para que a opinião pública ocidental aceite a adoção de “sanções contra o regime”.

Para o congelamento dos bens e valores de um país é necessário, em princípio, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que, neste caso, é algo altamente improvável. China, que no caso da Líbia renunciou “voluntariamente” seu direito de veto, sob pena de perder todo acesso ao petróleo da Arábia Saudita, provavelmente terá que se dobrar novamente. Porém, a Rússia poderá recorrer ao veto, já que, se não o fizer, perderia sua base naval no Mediterrâneo e sua Frota do Mar Negro se esconderia por trás dos Dardanelos.

Para intimidar, o Pentágono enviou ao Mar Negro o cruzeiro USS Monterrey, como estabelecendo que em qualquer caso, as ambições navais da Rússia são irrealistas. Em todo caso, a administração Obama pode ressuscitar a Syrian Accountablity Act de 2003 para congelar os fundos sírios sem esperar pela adoção de uma resolução na ONU, nem uma votação no Congresso estadunidense. Como já demonstrou a história recente, especialmente nos casos de Cuba e do Irã, Washington pode convencer facilmente seus aliados europeus para que apóiem as sanções que os EUA adotam de forma unilateral.

É por isso que a verdadeira batalha se deslocou, atualmente, para os meios de difusão. A opinião pública ocidental engole facilmente qualquer estória, principalmente devido a sua total ignorância sobre a Síria, além, obviamente, de sua fé cega na magia das novas tecnologias.

A guerra midiática

Em primeiro lugar, a campanha de propaganda foca a atenção do público nos crimes atribuídos ao “regime” para evitar qualquer interrogante sobre a nova oposição. Estes grupos armados não tem absolutamente nada que ver com os intelectuais contestatórios que escreveram a Declaração de Damasco.

Esses grupos são formados nos meios extremistas religiosos sunitas e são fanáticos que rechaçam o pluralismo religioso do levante e sonham em instaurar um Estado concebido a sua própria imagem e semelhança. Se lutam contra El-Assad, não é porque estimam que se trate da luta contra o autoritarismo, senão porque o presidente é um alauita, que para eles equivale a ser herege.

Desde essa ótica, a propaganda contra Bachar está baseada em uma inversão da realidade. Um exemplo é o caso do blog “Gay Girl in Damascus”, criado em fevereiro de 2011. Para muitos meios de comunicação, esse sítio, editado em inglês pela jovem Amina, se converteu em uma fonte de informações sobre a Síria. A autoria descrevia a dificuldade que era para uma jovem lésbica, a vida sob a ditadura de Bachar El-Assad e a terrível repressão desatada contra a revolução que estava acontecendo na Síria.

Como mulher e gay, Amina gozava da protetora simpatia dos internautas ocidentais, que chegaram, inclusive, a mobilizar-se quando se anunciou que os serviços secretos do “regime” lhe haviam prendido. Conclusão, Amira nunca existira. Sua direção IP permitiu comprovar que o verdadeiro autor do blog de Amina era um “estudante” estadunidense de 40 anos chamado Tom McMaster. Este propagandista, que supostamente está fazendo um doutorado na Escócia, estava participando do congresso da oposição síria pro - ocidental que reclamou na Turquia uma intervenção da OTAN contra o governo de Bachar El-Assad. Por conseguinte, não estava ali como estudante.

O mais surpreendente desta história não é a ingenuidade dos internautas que engoliram facilmente as mentiras da suposta Amina, mas as mobilizações dos defensores das liberdades em defesa de gente que na realidade luta contra as liberdades. Na Síria laica, a vida privada é considerada um santuário. É possível que seja difícil defender a vida privada no seio da família, mas isso não acontece a nível da sociedade.

Apesar disso, aqueles a quem os meios de comunicação ocidentais apresentam como revolucionários, e a quem consideramos contra-revolucionários, são na realidade violentamente homofóbicos e, inclusive, são adeptos dos antigos castigos corporais e, em alguns casos, até a pena de morte para castigar esse “vício”.

Esse princípio de inversão da realidade está sendo aplicado em grande escala. Vamos recordar os informes da ONU sobre a crise humanitária desatada na Líbia: dezenas de milhares de trabalhadores imigrantes fogem desse país para escapar da violência! Os meios de comunicação utilizaram esse fato para concluir que o regime de Kadhafi deveria ser derrubado e que haveria de se apoiar os sublevados de Benghazi. No entanto, o responsável deste drama não era o governo de Trípoli e sim os supostos “rebeldes” da região de Cirenaica, que desataram uma verdadeira carnificina contra os negros.

Movidos por uma ideologia racista, os “rebeldes da OTAN” afirmam que os negros estavam a serviço de Kadhafi e os lincham.

No caso da Síria, as cadeias de TV deste país transmitem imagens de grupos de homens armados localizados nos telhados das casas, de onde disparam ao azar sobre as multidões e as forças do governo. No entanto, as cadeias de TV ocidentais e sauditas retransmitem as imagens atribuindo os crimes ao governo de Damasco.

Definitivamente, o plano de desestabilização em marcha contra a Síria não está dando os resultados esperados. Se por um lado têm convencido a opinião pública ocidental de que este país vive sob uma terrível ditadura, por outro, na Síria provoca a unidade da imensa maioria da população em torno do governo. Algo que pode resultar perigoso para os elaboradores do Plano, sobretudo para Tel Aviv. Em janeiro e fevereiro de 2011 fomos testemunhos do surgimento de uma onda revolucionária no mundo árabe, seguida em abril e maio de uma onda contra revolucionária. A balança, todavia, está em movimento.

Tradução: PCB (Partido Comunista Brasileiro)



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Viva a Conferência Política do PCB


Crédito: PCB




Um belo encontro,

camaradas de diversas gerações,

dos mais variados lugares do nosso querido Brasil.

Homens e mulheres que vêm lutando

há décadas,

muitos que foram presos e torturados,

para que entregassem os camaradas,

os aparelhos,

onde clandestinamente o partido se organizava.

Camarada Secretário Geral fez a chamada dos desaparecidos,

que foram torturados até a morte,

e, as famílias de sangue, dos lutadores e de coração,

nem tiveram o direito de o enterrarem,

embora estejam presentes nas lutas,

nas fábricas, nos campos, nas crianças sem perspectivas de futuro,

nas mulheres e nos homens oprimidos pela exploração do capital, nos momentos de luta

e de congraçamento.

Junto deles, os que também se encantaram, mas que aqui compartilharam os melhores dias de suas vidas

pela causa do socialismo,

homens e mulheres, como

David Capristano, Hiran Pereira, Gregório Bezerra, Luiz Carlos Prestes, Olga Benário, Raimundo, Mariguella, Ana Montenegro e tantos outros e outras,

que deixaram seu exemplo e sua obra para que pudéssemos seguir adiante,

caminhando,

lutando,

costruindo o PCB e a luta de massas.

Junto com a Conferência,

muitas outras reuniões paralelas ocorreram,

da aguerrida juventude,

das mulheres lutadoras,

dos solidários internacionalistas,

do incasável e barulhento movimento sindical,

dos mestres professores,

do Comitê Central e para finalizar esse dias de debates e teses,

mais um ato de solidariedade à figura lutadora,

que caiu em combate,

lutando pelo socialismo,

defendendo a Colômbia,

a América Latina,

enfrentando o Imperialismo.

Alfonso Cano, ao que todos responderam "PRESENTE!".

Havia pessoas de diversas camisas,

a do PCB, a da CCCP, do Flamengo, do Vasco,

do Corinthians, do Cruzeiro, do América Mineiro, do Grêmio,

do Palmeiras, do CHE, da Palestina...

mas, nesta diversidade de cores e clubes,

o que ficou marcado,

foi a nossa unidade,

o fortalecimento do que nos indica

que a Revolução tem o caráter Socialista,

que hoje mais do que nunca,

é fundamental a organização do Partido,

cada um em uma base,

cada qual na luta sindical, estudantil, nos movimentos sociais.

o PCB é cada um, somos todos nós,

"De norte a sul, e no País inteiro,

Viva o Partido Comunista Brasileiro!"

Por Roberto Arrais (PCB Pernambuco)


Partido Comunista Brasileiro
Comite Estadual - SP
(11)3106-8461

Presidente palestino confirma para 4 de maio as eleições.





/AFP

Presidente da ANP, Mahmoud Abbas sorri em uma entrevista coletiva em Viena.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, confirmou nesta segunda-feira (28) em Viena que as eleições gerais nos territótios palestinos serão realizadas em 4 de maio de 2012. Ele voltou a defender a criação de um governo de coalizão entre as facções Fatah e Hamas, apesar deste último não reconhecer Israel.

Abbas oficializou a data do pleito, que já tinha sido marcado para maio, após um encontro na semana passada entre o partido nacionalista Fatah, dirigido por ele, e os islamitas do Hamas.

O presidente da ANP reconheceu que não pediu nem obteve o reconhecimento de Israel por parte do Hamas dentro de seus contatos para tentar formar um governo de união nacional até as eleições. No entanto, o presidente da ANP disse desejar esse reconhecimento, e esperar que o tema seja discutido nas próximas reuniões entre as duas facções, sendo a primeira delas no dia 20 de dezembro.

O dirigente palestino também se referiu à disposição do Hamas em aceitar uma Palestina com as fronteiras de 1967.

Abbas declarou que as negociações com o Hamas e o esforço de reconciliação entre as facções palestinas são um "passo importante", e disse ainda confiar na formação de um governo de união nacional com o Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e os Estados Unidos.

O líder palestino explicou que almeja um governo de transição composto por tecnocratas e membros independentes que representem a legitimidade palestina, e que não esteja dominado por nenhum dos grupos.

Abbas insistiu que a "negociação é a prioridade absoluta", e que não há outra opção para solucionar o conflito com Israel.

Apesar disso, insistiu em condenar os novos assentamentos israelenses em território palestino, e lembrou que essa política foi reprovada em várias ocasiões pelas Nações Unidas.

- Vai chegar o dia em que Israel será condenado por isso.

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Encontro de Solidariedade ao Povo Palestino








A Comissão Regional do PCB de São Paulo convoca a todos os militantes da capital e da grande São Paulo para comparecerem ao ato de solidariedade à luta do povo palestino, que será realizado amanhã, dia 28, segunda feira, às 20 horas,
na Assembléia Lagistativa de São Paulo, como parte do encontro de solidariedade ao povo palestino, realizado dia 26 e27 , em Guararema, na Escola Nacional Florestan Fernandes.

Contamos coma presença dos camaradas.

Comissão Regional do PCB-SP


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Partido Comunista Brasileiro
Comite Estadual - SP
(11)3106-8461

Engels e o Socialismo Científico

Fatos Históricos, Políticos, Artísticos Sociais e Literários

Em 28 de novembro de 1820 - Nasceu Friedrich Engels, que juntamente com Karl Marx, elaboraram o Manifesto Comunista. Abaixo temos alguns elementos de sua biografia.








Friedrich Engels foi um importante filósofo alemão. Nasceu em 28 de novembro de 1820, na cidade alemã de Wuppertal. Morreu em Londres, no dia 5 de agosto de 1895. Junto com o filósofo alemão Karl Marx, criou o marxismo (socialismo científico).

Engels era integrante de uma rica família. Em 1842, foi morar na Inglaterra para trabalhar na indústria de tecidos do pai, situada na cidade de Manchester. Ao observar às péssimas condições dos trabalhadores na Inglaterra do século XIX, passou a ter uma visão crítica sobre o capitalismo. Teve contato e identificação com as idéias do socialismo, aproximando-se de Marx.

No ano de 1844, Engels escreveu a obra “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra” (publicado em 1845). Nesta obra, Engels analisou o capitalismo, apontando as injustiças sociais às quais eram submetidos os trabalhadores. Em 1844, também escreveu “As Origens da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.

No ano de 1848, junto com Marx, publicou a obra “O Manifesto Comunista”, onde foi estabelecida as bases da doutrina comunista. Neste mesmo ano, Engels participou das Revoluções de 1848, na Alemanha, Bélgica e França. Em 1850, retornou para a Inglaterra.

Na década de 1850, Engels forneceu apoio financeiro para Marx escrever o primeiro volume da principal obra socialista “O Capital”. Após a morte de Marx (1883), Engels foi o responsável por escrever a continuação do segundo volume desta obra e redigir por completo o terceiro.

Em 1878, Engels escreveu o livro "Anti Dühring", em que aponta para a necessidade da criação e implantação do socialismo científico em oposição ao socialismo utópico.

Obras de Engels:

- A Situação das Classes Trabalhadoras na Inglaterra - 1845;
- O Manifesto Comunista –1848 ; (em parceria com Karl Marx)
- Anti-Düring –1878 ;
- A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado –1884;
- Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã -1888;
- Do Socialismo utópico ao científico –1890.

Em 28 de novembro de 1943 - Iniciou a Conferência de Teerã, quando se reuniram pela primeira vez, Stalin, Roosevelt e Churchill.

Em 28 de novembro de 1975 - Faleceu em Porto Alegre, o escritor brasileiro, Erico Veríssimo. Ele que era natural de Cruz Alta-RS.

Em 28 de novembro de 1934 - Faleceu o escritor brasileiro Coelho Neto no Rio de Janeiro, ele que era natural de Caxias-RS.

Em 28 de novembro de 1905 - na Irlanda Arthur Griffich, fundou o Sinn Fein (nós sozinho) um movimento político que defendeu a independência do País. Os militares mais radicais formaram o IRA - Exercito Republicano Irlandes.

Em 28 de novembro de 1918 - Tivemos o Combate Negomano em Moçambique durante a 1a. Guerra. Os portugueses de Negromonte provocaram um massacre, matando 5 oficiais, 14 soldados europeus, 208 africanos, deixando 70 feridos, 550 prisioneiros sendo deste 31 oficiais, que foram libertados posteriormente.
Em 28 de novembro de 1990 - Nasceu a atriz brasileira Carla Diaz

Em 28 de novembro de 1988 - Nasceu a cantora brasileira Perlla
Em 28 de novembro de 1941 - Nasceu o pianista e cantor Benito di Paula.

Hezbollah desmantelou a rede de espiões da CIA Americana no Líbano

Hezbollah








Adam Goldman
e Matt Apuzzo
Associated Press


Washington - O grupo xiita Hezbollah desmantelou a rede de espionagem da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos no Líbano, prejudicando severamente a capacidade do governo norte-americano em obter informações cruciais sobre a organização libanesa em uma época muito complicada no Oriente Médio, disseram funcionários dos EUA Washington considera o Hezbollah uma organização terrorista. Funcionários disseram que vários espiões estrangeiros que trabalhavam para a CIA foram capturados pelo Hezbollah nos últimos meses. O golpe contra as operações da CIA no Líbano ocorreu após funcionários graduados na agência de espionagem terem sido alertados no ano passado a terem um cuidado especial com seus informantes no Líbano.

O secretário-geral e líder há longo tempo do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, propagou em junho, na televisão do grupo, Al-Manar, que havia desmascarado dois espiões da CIA que haviam se infiltrado na organização. Embora a Embaixada dos EUA no Líbano oficialmente negue as acusações, funcionários americanos admitem que Nasrallah não mentiu e os danos se espalharam como um vírus, com o Hezbollah caçando metodicamente os informantes da CIA.

Algumas mortes são esperadas nessa guerra de espiões travada nas sombras. É um negócio extremamente perigoso e as pessoas são mortas. Mas os danos provocados à rede da CIA no Líbano foram maiores que o normal, disseram funcionários e ex-funcionários dos EUA, falando sob anonimato porque não estão autorizados a falar publicamente sobre assuntos de segurança.

A crise libanesa é o mais recente contratempo envolvendo as operações de contra inteligência da CIA, definidas como manipular e minar a capacidade do inimigo obter informações. Ex-funcionários da CIA disseram que o talento de se infiltrar, uma vez essencial, foi erodido quando a agência mudou da sua atividade original, de vigiar e influenciar agências rivais de espionagem, para lutar contra o terrorismo.

O exemplo mais recente e de alto perfil foi o homem-bomba suicida que fingiu ser um informante e matou sete empregados da CIA e feriu outros seis em Khost, no Afeganistão, em 2009. No ano passado, o então diretor da CIA, Leon Panetta (atualmente secretário de Defesa), disse que a agência precisava manter "uma maior consciência de contra inteligência". Mas oito meses depois, Nasrallah deixou o mundo saber como ele superou a CIA, ao demonstrar que a agência ainda luta com esse fator crítico da espionagem.

Xiitas usaram softwares de ponta

Usando os softwares de ponta disponíveis no mercado, os caçadores de espiões de Nasrallah começaram a procurar metodicamente por traidores dentro do Hezbollah. Para encontrá-los, disseram funcionários americanos, o Hezbollah examinou dados de telefones celulares buscando por anomalias. A análise identificou celulares que eram usados raramente ou sempre a partir de localidades específicas e apenas durante curto período de tempo. Então entrou em cena o trabalho fora de moda de detetive: quem naquela área tinha informações que teriam valor se fossem vendidas ao inimigo?

O esforço levou anos, mas finalmente o Hezbollah, e também o governo libanês, começaram a fazer detenções. Uma estimativa indica que 100 ativos de Israel foram presos, quando as notícias fizeram manchetes na região em 2009. Alguns dos supostos espiões de Israel trabalhavam em empresas de telefonia ou eram militares.

A CIA ficou alarmada e fez um relatório. O documento concluiu que seus ativos estavam sujeitos ao mesmo tipo de rastreamento que levou às prisões dos ativos de Israel, disseram os funcionários. "Perdemos uma série de gente em Beirute durante os anos" disse um funcionário aposentado dos EUA.

Mas qualquer ação que a CIA tomasse, não era suficiente. Como no caso dos israelenses, os informantes da CIA caíram e a agência não conseguiu protegê-los. Os funcionários da CIA começaram a repetir sempre um padrão de procedimentos quando encontravam seus informantes e isso permitiu ao Hezbollah identificá-los. Era o começo do fim.

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IV Colóquio Walter Benjamin da UECE

As turbulências do tempo garantiram a pertinência do pensamento do alemão Walter Benjamin. Sua filosofia é tema, a partir de hoje, do IV Colóquio Walter Benjamin, promovido pelo Grupo de Pesquisa WB e a Filosofia Contemporânea, com o apoio do Mestrado Acadêmico em Filosofia da Uece

Walter Benjamin (1982 - 1940) é uma ave rara na tradição da filosofia alemã - ela mesma (com o perdão do paradoxo) repleta de singularidades. A começar pela qualidade do texto de Benjamin, de uma riqueza estética de fazer inveja a ficcionistas do primeiro escalão. Segundo, por construir sua obra de maneira transversal. É sociologia, estética, crítica literária e memorialismo, sem deixar de ser filosofia. Benjamin também não teve pudores em evocar saberes tradicionais, como o das teologias judaicas, para compreender um mundo complexo, que se despedaçava em guerras continentais, na iminência de uma barbárie global - nas trincheiras e na apatia cotidiana.

O encontro internacional IV Colóquio Walter Benjamin, que começa hoje e se estende até sexta-feira, se espelha na formação deste pensamento ímpar: o debate é filosófico, mas não é fechado apenas aos estudiosos da filosofia. Promovido pelo Grupo de Pesquisa Walter Benjamin e a Filosofia Contemporânea, com o apoio do Mestrado Acadêmico em Filosofia (CMAF), o evento é coordenado pelas pesquisadoras Tereza Callado e Raquel Vasconcelos. Ele nasceu de uma necessidade do grupo de estudos de expandir seu campo de atuação. "Nos reunimos periodicamente para pensar o escoamento desta produção, para trabalhar a integração dos pesquisadores. Para isso, é importante saber o que está sendo produzido em outros lugares", explica Tereza Callado, professora da Graduação e do Mestrado em Filosofia e conhecedora do trabalho do pensador alemão há, pelo menos, 30 anos.

O encontro de estudiosos da obra de Walter Benjamin é particularmente enriquecedor no tempo presente. Afinal, o autor passa por uma nova fase de grande interesse por sua obra - que, no Brasil, tem se manifestado na publicação de livros de interpretes benjaminianos e novas traduções de textos clássicos e inéditos do autor, caso dos recentes "Escritos sobre mito e linguagem" (Editora 34) e "Origem do Drama Trágico Alemão" (Editora Autêntica).

Pesquisadores de universidades locais, caso de Emiliano Aquino e da própria Tereza Callado, juntam-se a estudiosos convidados, como Márcio Seligman-Silva (Unicamp), autor de importantes estudos sobre Benjamin e (outros) pensadores da chamada Escola de Frankfurt; a portuguesa Maria João Cantinho, conhecida pelo ensaio "O Anjo Melancólico - análise do conceito de alegoria na obra de Walter Benjamin"; o alemão Horst Nitschack, professor da Universidade do Chile; e o italiano Vincenzo Bonaccorsi.

Crítico da cultura

A teoria de Benjamin é caleidoscópica. E torna-se ainda mais rica quando se adota uma perspectiva histórica baseada no próprio pensamento do filósofo alemão. Para ele, a História não é um conhecimento estanque. O presente revolve o passado e, assim, questões que antes não interessavam (re)aparecem, ganham destaque.

Daí a dificuldade de escolher uma linha mestra para debater Benjamin em um encontro dedicado ao seu pensamento. "Nos empolga o questionamento benjaminiano sobre o status quo da cultura", explica Tereza Callado. Benjamin, explica ela, elaborou uma crítica do tempo presente, "marcado por uma cultura de massificação e adestramento".

"O homem de hoje é um ruminante. Ele rumina as mesmas coisas, repetidamente, sem alternativa. Ele não encontra alternativas, talvez até mesmo porque não queira encontrá-las. Assim, não exerce a força messiânica que possui", detalha a pesquisadora. Benjamin, contudo, não se perde no saudosismo. Do passado, quer os ensinamentos. Para seguir em frente e construir um novo caminho.

Programação

Hoje
18 horas - Abertura
20 horas - Palestra: "A Educação como exercício para a autonomia em Walter Benjamin", com Custódio Almeida

DIA 29 DE NOVEMBRO

8 horas - Palestra: "Serenidade e Espera em Martin Heidegger e Walter Benjamin", de Eduardo Jorge Oliveira Triandapolis (UECE)
9 horas - Palestra: "Poder, violência, lei e desejo em Walter Benjamin e outros autores", de Hildemar Luís Rech (Faced)
10 horas - Palestra: "Ponderações sobre a repetição infernal da modernidade no contexto de Jenseits des Lustprinzips e sua desarticulação no Jetztzeit", de Tereza de Castro Callado (UECE)
11 horas - Debate
14 horas - 17 horas - Minicurso "Diferença e Significação: reflexões sobre ´Linguagem´, ´Escrita´ e ´Política´, com Benjamin, Derrida e Lyotard", de Raquel Célia Silva de Vasconcelos, Thiago Mota e Fernando Facó
16 horas - Exibição: "O Anjo de Theo Anghelopoulos". Argumento benjaminiano. A Filosofia da História: Barbárie e apocatástase histórica.
17 horas - Fórum

A programação completa está disponível no site oficial do evento:
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MAIS INFORMAÇÕES
IV Colóquio Walter Benjamin - De hoje até sexta-feira, no Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (Av. Luciano Carneiro, 345). Contatos: http://4coloquiowbenjamin.blogspot.com

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Museu da Gente Sergipana




Governo inaugura o Museu da Gente Sergipana

A restauração do Museu é um projeto âncora do Instituto Banese













A história de um povo pode ser manifestada no linguajar da sua gente, na sua culinária, nos hábitos corriqueiros dos seus cidadãos ou em ações grandiosas dos seus filhos ilustres. Pode ser conhecida pelas lutas do passado, por sua geografia, fauna e flora peculiares e contada através de livros, nos versos dos seus poetas, no sotaque que se ouve nas ruas, nas músicas dos cantores da terra, nas danças de raiz, nas manifestações culturais populares, através das artes plásticas exportadas para o mundo ou no artesanato que revela a singularidade de cada região.

Sobre esta perspectiva, a história e a cultura do povo sergipano pode ser encontrada e apreciada nas paredes, no piso e em toda a estrutura do Museu da Gente Sergipana, inaugurado na noite do sábado, 26, pelo governador Marcelo Déda.

Unindo o passado e o presente e o orgulho de ser da população da terra do cacique Serigy, o museu instalado no antigo prédio do Atheneuzinho, que foi totalmente restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo do Estado, abriga um espaço multimídia de última geração, comparável ao Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo.

“É um museu para elevar a autoestima do povo sergipano, para que nós possamos ter orgulho da nossa terra e do nosso povo, para que possamos perceber a grandeza da contribuição que o menor estado do Brasil ofereceu a nação brasileira. Aqui, nós teremos contanto com a cultura mais erudita de Tobias Barreto, da historiadora Maria Thétis Nunes, teremos a luta do nosso povo, folclore, a literatura de cordel, a culinária, tudo o que representa ser sergipano, para que quem venha de fora conheça melhor a alma da nossa gente e para nós sergipanos sairmos daqui orgulhosos de termos nascido nesse pequeno, mas belíssimo pedaço do Brasil”, declarou o governador.










O presidente do Banese, Saumíneo Nascimento (Foto: Marcelle Cristinne/ASN)


A tecnologia e modernidade presenciada no museu dialogam com o conceito moderno e de desenvolvimento que são marcas do Banco do Estado de Sergipe. “O Banese se consolidou como um exemplo de banco público, mas continuamos sempre em curso com a modernização. É nosso dever promover o interesse da sociedade da qual fazemos parte e este é um legado para as gerações futuras e um presente para atual geração”, garantiu o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento.

Projeto âncora do Instituto Banese, o Museu da Gente Sergipana é um lugar de encanto que oferecerá aos seus visitantes a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Sergipe e sobre o povo que contribuiu no passado e contribui no presente para formação desse pequeno grande estado. Apresentando aos turistas e sergipanos as riquezas matérias e imateriais dessa terra e permitindo que sua gente se reconheça em cada pedaço do museu.

Restauração

O Museu resgata o valor histórico do prédio do antigo Atheneuzinho, agregando à sua referência educacional de outrora, o conhecimento voltado para exposição do acervo do patrimônio cultural do estado. “Vocês se lembram que esse prédio era um conjunto de ruínas e hoje graças ao Governo do Estado, que doou o Atheneuzinho ao Banese e graças à sensibilidade e responsabilidade social do Banco do Estado de Sergipe, aquelas ruínas se transformaram em um patrimônio de Sergipe. A recuperação do Atheneuzinho ajuda a redefinir o nosso centro urbano, á valorizar a nossa história e a nossa arquitetura, mas com essa inauguração ganhamos muito mais que um prédio restaurado, ganhamos o primeiro museu do Nordeste a usar a tecnologia de ponta e o que há de mais moderno na informática, para preservar a memória do nosso povo e divulgar a cultura da nossa gente”, afirmou Marcelo Déda.

A restauração do prédio encantou também as antigas professoras e diretora do Atheneuzinho, as senhoras Lucila Moraes, Maria Hermínia Caldas e Maria do Carmo Lobão, respectivamente. “Eu fui aluna e professora do Atheneuzinho e estou encantada com tudo isso. Antes, quando passava e via aquela decadência do prédio, isso me entristecia, mas o que vi aqui hoje me emocionou”, disse a professora de francês aposentada, Lucila Moraes. “Alegra-me ver o meu antigo colégio como um recanto da cultura sergipana”, acrescentou a ex-diretora da instituição, Maria do Carmo.

Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, o espaço é mais um exemplo do compromisso do atual governo com a política de cultura, com a preservação do patrimônio e, sobretudo, com os aspectos que caracterizam a vida da gente sergipana. “Esse museu é sem dúvida um marco da política de cultura do governo Marcelo Déda. A população sergipana e a cultura popular ganham muito com essa inauguração, pois vão ter a partir desta tecnologia, a aproximação dos elementos que caracterizam a vida do povo sergipano como um todo, principalmente para as novas gerações”, ressaltou a secretária.

Instalações e tecnologia

Após a solenidade de abertura, onde também foi apresentada a nova marca do Banese, sustentada pelos pilares de força do banco: solidez, respeito ao cliente, modernidade e acessibilidade, o governador junto ao presidente do Banese fizeram o descerramento da placa inaugural e desenlace da fita da entrada do museu.

Um passeio no espaço possibilitou o conhecimento das instalações do local. O chefe do executivo estadual e demais presentes visitaram o pavimento térreo, que dispõe de um auditório com capacidade para 100 pessoas, foyer, átrio cultural e galeria para exposições temporárias que irão inserir Sergipe no roteiro cultural das exposições nacionais, loja, café e estacionamento.

Já no pavimento superior, os convidados puderam participar da experiência de se expor a um túnel com projeção em 360 graus, que exibe imagens das belezas naturais e dos biomas de Sergipe, além de conhecerem a mesa gastronômica, contendo ingredientes e pratos típicos do estado, entre outras exposições interativas sobre diversos aspectos da cultura sergipana, como seu artesanato, causos, lendas e mitos, personalidades, festas populares, jogos e brincadeiras populares, literatura de cordel e repente, feira livre.

Quem estava presente pode conferir ainda que o prédio está adaptado para pessoas com necessidades especiais, com inserção de rampas, elevador e piso táctil. As instalações museográficas também dispõem de instrumentos que possibilitam o acesso aos conteúdos para deficientes visuais e auditivos.

Fonte: ASN


Rua Monsenhor Silveira 276, Bairro São José
Aracaju-SE, CEP 49015-030

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domingo, 27 de novembro de 2011

Marcha estudantil em Cuba pela libertação dos cinco presos cubanos nos EUA.








Marcha estudiantil em Cuba demanda liberdade para os Cinco


















Havana, 27 nov (Prensa Latina) Adolescentes e jovens de diversos níveis de ensino exigiram hoje durante uma marcha estudiantil nesta capital a liberdade dos cinco antiterroristas cubanos condenados a longas penas nos Estados Unidos.

A solidariedade com Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González, Antonio Guerrero e Fernando González, sentenciados depois de haverem se infiltrado em grupos violentos que desde Miami operam com impunidade contra a ilha, foi uma das motivações do percurso protagonizado por milhares de educandos.

Nos identificamos com a causa dos Cinco -como se lhes conhece internacionalmente- porque são heróis cujo único "delito" foi advertir do terrorismo contra seu povo, disse à Prensa Latina a aluna de quarto ano de medicina Nirza García, pouco antes de iniciar a caminhada que partiu da Universidade de Havana.

Convocados por organizações juvenis a propósito dos 140 anos do fusilamento de oito estudantes de medicina pelo colonialismo espanhol, os marchistas pediram à Casa Branca pôr fim ao que qualificaram de injustiça.

Demandamos o regresso imediato a casa de Gerardo, Ramón, Antonio e Fernando, bem como o cesse das arbitrariedades contra René, obrigado a permanecer por três anos de liberdade supervisionada em solo estadunidense, assinalou Ovidio Gómez, dirigente nacional da Federação Estudantil Universitária.

Além do protesto a favor dos Cinco, aprisionados em 1998, a mobilização veio em apoio a universitários que em vários países da América Latina e da Europa reclamam uma educação inclusiva e afastada do mercantilismo.

Os participantes também expressaram seu respaldo à luta do povo palestino por seu reconhecimento como Estado soberano.

otf/wmr /cc
























www.antiterroristas.cu

desapego

Numa paisagem delicada
em cenas pastoris
brincava a criança
que corria entre as relvas
e atirava-se num rio
entre a beleza plástica
e o barulho das águas
num enredo infindável
num repente
houve um corte,
a vida foi interrompida
o espírito ganhou uma liberdade
vôo e um corpo pequenino ficou
a beira d'agua
a própria sorte.




Manoel Messias Pereira
poeta e cronista
São José do Rio Preto-SP

A criança que chora na estrada

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje,vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei de encontra-lo? Quem errou
A vinda tem regressão errada.
Já não sei de onde vim nem de onde estou.
De ou não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.




Fernando Pessoa

poeta

Lisboa - PT


Poesia

Certeza orgânica de que
Enquanto é tocado
Este teclado
desliza algum sonho
Molhado
Por entre espaços
E tempo.



Emilia Amaral

Professora, Mestre em Letras, poetisa

Nascida em Tupã-SP

A História de Anita Prestes

Hoje homenageamos
Professora Anita Prestes

Fatos Históricos, Políticos, Sociais, Artísticos e Literários

Em 27 de novembro de 1936 - Nasceu num campo de concentração nazista, Anita Leocárdia Prestes, filha de Olga Benario e Luis Carlos Prestes, sua mãe foi executada pelos nazistas. Anita é uma eminente historiadora brasileira.

Em 27 de novembro de 1935 - O Jornal A Amanhã, circulou com a edição extra com a manchete "Prestes a frente da Insurreição". Foi a última edição do jornal que foi destruído pela repressão do Estado.

Em 27 de novembro de 1935 - No Levante feito pela ANL - Aliança Nacional Libertadora no 3.Regimento de Infantaria (Praia Vermelha) e na escola de Aviação Militar, os revoltosos foram esmagados pela repressão do Estado Getulista, veja na foto acima como ficou a sede do 3.Regimento.

Em 27 de novembro de 1935 - O ativista e escritor Caio Prado Jr, foi preso no Rio Grande do Sul. Foto da ficha do Dops, do intelectual brasileiro Caio Prado Jr.

Em 27 de novembro de 1971 - Faleceu o jornalista e humorista Aparicio Torelly "O Barão de Itararé", militante comunista brasileiro. É dele a frase usada até hoje no Brasil "entre sem bater", já que toda a vez que a policia chegava arrebentava a porta e batia em todo mundo.

Em 27 de novembro de 2004 - Faleceu Fernando Valle, fundador do Partido Socialista Português.

Em 27 de novembro de 1927 - A facção de Josef Stalin vence no Congresso de Sindicato da União Soviética. Leon Trotsky, foi expulso do Partido Comunista.

Em 27 de novembro de 1905 - Nasceu Afonso Arino de Melo Franco - jurista brasileiro,parlamentar responsável pela lei que em 1951, a discriminação racial passava a ser contravenção penal no Brasil.

Em 27 de novembro de 1807 - Nasceu o deputado brasileiro,Teófilo Otoni, da Provincia de Minas Gerais. Hoje existe em sua homenagem uma cidade com seu nome.

Em 27 de novembro de 1935 - Nasceu o escritor brasileiro, Raduan Nassau, descendentes de libaneses, morador na região de São José do Rio preto-SP, cujo o seu livro "Lavoura Arcaica", foi possível a elaboração de um filme com o mesmo nome.

Em 27 de novembro de 1983 - Faleceu o Senador Teotônio Vilela, conhecido como o Menestreu de Alagoas.
Em 27 de novembro de 1942 - Nasceu o musico norte-americano Jimi Hendrix

Exposição Tudo Cor, Tudo arte de Sagramour Queiroz



Centro Cultural terá exposição de óleo no vidro
As obras fazem parte de “Toda Cor, Tudo é Arte”, da artista plástica rio-pretense Sagramour Queiroz




Agência BOM DIA
jornalismo@bomdiariopreto.com.br

O saguão do Centro Cultural Professor Daud Jorge Simão recebe nesta quinta-feira (17) a exposição “Toda Cor, Tudo é Arte”, da artista plástica rio-pretense Sagramour Queiroz. As obras permanecem no local até o dia 3 de dezembro.

A mostra conta com 20 obras, divididas em telas e vidros, produzidas nas técnicas de óleo sobre tela, óleo no vidro, texturas, pontilhismo, entre outras. “Sou bem eclética e procuro pintar o que gosto, o que me dá prazer e principalmente criar minhas próprias técnicas. Não gosto de utilizar as técnicas convencionais”, afirma Sagramour.

A artista gosta de desenhar e pintar desde criança e desenvolve trabalhos artísticos há 20 anos. Atualmente, trabalha com pintura, artesanato, fabricação de oratórias e restauração de imagens e móveis. “No início, fiz um curso de alguns dias em São Paulo, mas depois aprendi por conta própria”, disse.

Sagramour expõe pela primeira vez no Centro Cultural, mas diz já ter realizado diversas exposições na cidade, como na Unesp/Ibilce e no Praça Shopping. “Dei um tempo no trabalho com as artes plásticas, mas adorei ser convidada para expor no Centro Cultural e reuni algumas obras que tinha e fiz outras”.

Os interessados em visitar a exposição podem o fazer de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h30, e aos sábados, das 8h às 14h. A entrada é aberta ao público.

Serviço:
Exposição “Toda Cor, Tudo é Arte”, da artista plástica Sagramour Queiroz
Data: até 3 de dezembro de 2011
Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h
Local: Saguão do Centro Cultural Prof. Daud Jorge Simão, praça Jornalista Leonardo Gomes (praça Cívica), nº 1 – Centro
Informações: (17) 3202-2313



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2011 ano dos Afros descendentes: sua influência na dança

2011, año de los afrodescendientes: su influencia en la danza




Cultura





Por Mercedes Tonelli de ¿Qué hay en Danza?

La Asamblea General de las Naciones Unidas en su 64ª sesión aprobó declarar el 2011 “Año Internacional de los Afrodescendientes”, con el objeto de fortalecer las medidas nacionales y la cooperación regional e internacional en relación con el goce pleno de sus derechos económicos, culturales, sociales, civiles, y políticos, su participación e inclusión en todas las esferas de la sociedad y la promoción de un mayor respeto y conocimiento de la diversidad, su herencia y su cultura.

En esa ocasión, el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, llamó a fortalecer el compromiso político, como tributo a la contribución hecha por los pueblos de origen africano al progreso de todas las sociedades. El titular de la ONU advirtió que los afrodescendientes forman parte de las comunidades más afectadas por el racismo y la negación de derechos básicos, como la igualdad para disfrutar de los servicios de salud y educación.

Penetración de la cultura africana en América. Su influencia en el desarrollo de la danza

Con la conquista de América en el siglo XV se desarrolló el comercio de esclavos negros con el África, a lo largo de todo el continente. Portugueses, holandeses, ingleses, franceses, españoles, todos participaban de este lucrativo negocio, que se extendía desde Estados Unidos hasta la Argentina.

Existen muchos testimonios literarios, cinematográficos, pictóricos, musicales o jurídicos de estas prácticas y de las condiciones de vida de los africanos en América, como para agregar algo novedoso en estas líneas. Sólo basta recordar, a título ejemplificativo, las películas “El color púrpura”, “La Amistad” o “Raíces” y sus relatos homónimos, basadas en historias reales; o el libro “Las venas abiertas de América Latina” de Eduardo Galeano; el famoso caso resuelto por la Corte de Estados Unidos “Brown vs. Board of Education” (1954) sobre el sistema educativo y las desigualdades raciales existentes o las historias sobre el carnaval rioplatense y el desarrollo del candombe y las murgas a ambas márgenes del Río de La Plata.

Con aquella corriente migratoria, lógicamente, se fueron asentando comunidades negras provenientes de distintas zonas de África (Costa de Marfil, Etiopía, Senegal, Angola, Guinea, por ejemplo), en diversas regiones del continente americano, adonde mantuvieron y desarrollaron su cultura de origen. Claro que, en el contacto con los nuevos lugares fueron evolucionando y las generaciones posteriores comenzaron a diferenciarse como afro-americanos (en Estados Unidos, una de las principales minorías de ese país), afro-cubanos o los afro-brasileros.

La cuestión en Argentina

La población negra en Argentina, procedente de la trata de esclavos, llegó a conformar más de la mitad de la población de algunas provincias durante los siglos XVIII y XIX, y ejerció un profundo impacto sobre la cultura nacional. Aunque disminuyó a lo largo del siglo XIX, por el efecto conjunto del aluvión migratorio fomentado por la Constitución de 1853 y la elevada tasa de mortalidad de los negros, su aparente desaparición fue más el resultado de una representación historiográfica que los daba por exterminados que una realidad empírica. Del 6 al 13 en abril de 2005 se realizó la Prueba Piloto de Afrodescendientes en los barrios de Monserrat, en Buenos Aires, y en Santa Rosa de Lima, en Santa Fe, verificándose que el 3% de la población sabe que tiene antepasados provenientes del África negra. Esto respalda al estudio del Centro de Genética de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires que estimó en un 4,3 % el porcentaje de habitantes de Bue-nos Aires y del conurbano que tiene marcadores genéticos africanos.1 2

A juicio de Alejandro Frigerio (Ph.D, investigador del CONICET, en “De la desaparición de los negros a la “reaparición” de los afrodescendientes: comprendiendo la política de las identidades negras, las clasificaciones raciales y de su estudio en Argentina”, publicado en Los estudios afroamericanos y africanos en América Latina: herencia, presente y visiones del otro, Gladys Lechini, comp. Buenos Aires, CLACSO 2008), por ejemplo, lo que sucedió en esta zona fue que siempre se silenció la presencia negra como minoría étnica, por la pretensión tradicional de que la población argentina era blanca y de origen europeo, diferenciándose así del resto de América. Ello explicaría, por tanto, los escasos estudios del tema hasta la época contemporánea, y la falta de una construcción de identidad propia.

Recién la antropología actual comenzó a investigar estas raíces, con el movimiento internacional que las comunidades negras están llevando, luchando por la igualdad de trato y la no discriminación, lo que lesda mayor peso político. Tal vez por ello hoy exista un interés renovado en la historia de las comunidades africanas.

Durante el siglo XX hubo otras corrientes inmigratorias, principalmente de grupos provenientes de Cabo Verde –existe una comunidad asentada en Ensenada- y hacia comienzos del siglo XXI se estávivenciando una nueva corriente, proveniente de lugares como Senegal o Nigeria, que le dieron renovados bríos a la cultura.

En la danza

Esa particular forma de pensar, sentir y obrar, en contacto con la vida en el nuevo mundo, dejó huellas imborrables. La percusión, el tambor, la ronda, la comunicación permanente entre músicos y bailarines y de éstos entre sí, están presentes en el candombe del Río de La Plata. Este tipo de música y danza, que no es privativa de los carnavales, es un ritmo importantísimo de los esclavos que se afincaron en esta zona y fue objeto de estudio por parte de curiosos hasta académicos.

Subiendo hacia el norte en el mapa americano, en Brasil encontramos la capoeira o la samba. La primera, de corte más bien guerrero y de lucha, aunque también se practica como forma de expresión corporal; la segunda, popularizada por los carnavales de Río, fue adoptando diversas formas. En Cuba se desarrolló la rumba, mezcla de los bailes de los esclavos negros con los de los españoles. En Estados Unidos se les deben los comienzos del jazz –anterior a los años ‘ 50- y el tap, y de manera más actual el hip hop y el breakdance, que mantienen la estructura de la ronda, el seguimiento de los sonidos emitidos por el DJ, la participación individual y alternada de los bailarines.

Danzas de influencia africana en nuestra ciudad

Es posible encontrar en distintos puntos de la ciudad artistas y bailarines que difunden las diversas danzas de este origen común. Desde quienes estudian los ritmos tradicionales y ritualistas, e intentan recrear y respetar de manera “pura” estas prácticas, pasando por quienes buscan reinterpretar ese material a partir de su desarrollo en esta región. También hay agrupaciones de candombe, estudiantes de las danzas afro-brasileras, afro-peruanas, afro-norteamericanas y ni qué hablar de tango, milonga y murgas. Aquí les presentamos los datos de sólo algunos de ellos, a modo ilustrativo:

Comparsas de candombe

Pueden encontrarse las siguientes agrupaciones: La Cuerda domingos 17 hs, 48 y 115 / Lonjas 932 los Jueves 17 hs en 9 y 32, La Plata (ensayo) y los Sábados 17:30hs en 9 y 528; Tambores Tintos los sábados a las 18 hs en Puente Italia y Canal Oeste (Ensenada) / La Minga toca en la esquina de 13 y 71 los domingos a partir de las 17:30 hs, Mwanamkembe la cuerda de mujeres de La Plata ensaya los domingos a las 17.30 en plaza españa 7 y 66.

Además, los domingos a partir de las 16.30 hs hay clases en la escuelita de Candombe: para aprender a tocar los tres tambores que forman el ritmo (chico, repique y piano), variaciones rítmicas, cortes, diferencias de estilos, técnica. Funciona en la vieja Estación Provincial (17 y 71); y todos los miércoles de 18 a 21 hs. hay un taller de danzas.

Afro tradicional:

Teresa Aramburú dicta sus clases desde hace años en Espacio Abierto (40 e/5 y 6, La Plata), en Hakuna Matata (Bº Savoia, City Bell) y ahora también en el Pasaje Dardo Rocha.

Mónica Champredonde también enseña afro tradicional y se la puede encontrar en Espacio 528 (528 nº 1960, Tolosa) y en Estación Provincial.

Y Camila Mainetti está dando clases en el estudio La Casa (diag. 74 nº 819 e/3 y 4, La Plata), en Estación Provincial y en “lo de Rober” (505 nº 2347, Gonnet).

De raíz afro (con influencia latinoamericana):

Vanesa Wainberg dicta sus talleres en el Centro Cultural Favero (con música en vivo) y en el Centro de Cultura y Comunicación (42 e/6 y 7, La Plata).

Afro-peruano:

El 3/12 a las 10.30 comenzará un seminario de danzas afroamericanas, festejo y lando afroperuanos en el centro cultural Islas Malvinas, dictado por Morena Arioka, bailarina,coreógrafa y compositora que aborda desde hace 13 años diversos géneros y está formada en la comunidad afroperuana de Chincha.

Afro-brasilero:

Axé, pagode, samba, funk y otros ritmos brasileros de influencia africana pueden probarse en La Clave (50 e/5 y 6, La Plata) o en La Rumba (14 esq. 57, La Plata), de la mano de Yesica Grudny y Erika Yende. También pueden encontrarse clases de capoeira con el profesor Brian Ferreira Leal.

Afro-norteamericano:

Dentro de esta rama pueden encontrarse el jazz o el hip hop, dictados en El Bombín (59 Nro.886 e/12 y 13), en la escuela deValeria Lynch, en Pro Dance (32 e/17 y 18, La Plata) y en el Pasaje Dardo Rocha, entre otros lugares.

Otras agrupaciones:

Hay compañías de percusión, música y danzas de tamaño numeroso como el GrupoBantú, Prendidosfuego, LosMorochosdelaUsina o La Chilinga, que combinan diferentes lenguajes y trabajan de manera interdisciplinaria.

La Chilinga , además, utiliza el arte como herramienta de integración socio cultural y desarrolla talleres dirigidos a poblaciones en situación de riesgo, como en el Instituto de menores Almafuerte (La Plata).

Más información en www.quehayendanza.com.ar





































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Manoel Messias Pereira

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