sábado, 1 de junho de 2013

Conflitos

Há silêncio, há tempestade, há maldade
Também há o bem, o prazer e o dizer
A chuva que cai, consigo trás a garoa
E o amor que está oculto, oculta o prazer
Prazeres, dizeres, inconvenientes e dores
Reações diversas causadas por decisões
Decepções provenientes do que não é certo
E as vezes, até o certo parece duvidoso
Na dúvida, não ultrapasse, diz a placa
E o dom que há em mim me ensina
Ficar calado, dizer através de olhares
Ou então, fechar os olhos, meus olhos
Não quero olhar o que não pode ser meu
A insistência transtornaria o sentido
Da minha existência, da minha consciência
Conflito existencial, pensamento banal
Banalidades cometidas através do tempo
No mundo moribundo, no Brasil: absurdos
Seriedade onde está? Onde está a moral?
E o casamento, o sentimento e o carinho?
O sistema aniquilou todas as estruturas
Toda cultura vai parar na sepultura
Mas quem tem fome não quer cultura
Quer comida, não quer fadiga, nem intriga
Quem está só, quer companhia, quer ouvir
Palavras amigas, coisas verdadeiras
Maravilhas brasileiras da boca de uma mulher
Mas se eu puder: quero você perto de mim
Me amando e me compreendendo até o fim.



Antonio Alberto Cancela

poeta
São José do Rio Preto-SP

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Manoel Messias Pereira

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