sábado, 4 de junho de 2011

PRESIDENTE DO IÊMEN FOI FERIDO DURANTE ATAQUES AO PALACIO PRESIDENCIAL




Presidente do Iêmen, Saleh foi ferido durante os ataques ao palácio presidencial

O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, está vivo, disse o vice-prefeito da capital iemenita a uma emissora de TV nesta sexta-feira. O anúncio ocorreu logo após a TV da oposição afirmar que ele fora morto em um ataque contra o palácio presidencial, atingido por bombas na manhã desta sexta-feira. Confrontos entre as forças de Saleh e a poderosa federação tribal tentam derrubar o regime em vigor há quatro décadas.



– O presidente está bem e em boas condições – disse Yasser al-Yamani à TV Al Arabiya.



O primeiro-ministro iemenita, Ali Mohammed Muyawar, também estava reunido com o chefe do Parlamento, Yehia al Rai, e ambos ficaram feridos durante uma série de explosões nesta capital, nas quais morreram cinco soldados, disseram à agência espanhola de notícias EFE fontes da oposição. Inicialmente, agências de notícias divulgaram que o presidente, Ali Saleh, fora atingido. Mais de dez explosões foram registradas nesta sexta-feira no bairro de diplomatas de Hedda, no sul de Sanaa, onde as forças de segurança enfrentam milicianos de um líder tribal opositor.



Testemunhas disseram à EFE, por telefone, que foram registradas explosões perto do palácio presidencial. As fontes opositoras assinalaram que a explosão atingiu uma mesquita dentro do palácio presidencial. Por sua vez, fontes da Presidência disseram que o presidente do país, Ali Saleh, não se encontrava no interior do palácio no momento da explosão e negaram as informações de que ele teria sido atingido durante o ataque. Os seguidores do líder da tribo Hashed, Sadeq al Ahmar, consideram que a série de explosões tinha como alvo a residência de seu irmão mais novo, Hamid al Ahmar, empresário e destacado opositor ao regime de Saleh.



Os choques armados entre as forças do regime e os partidários de Al Ahmar tiveram início em 23 de maio, depois que o presidente iemenita se recusou pela terceira vez a assinar uma iniciativa apresentada pelos países do Golfo Pérsico para uma transferência pacífica do poder. Por outro lado, pelo menos duas pessoas morreram nesta sexta-feira pelo impacto de mísseis lançados contra a polícia, disseram fontes dos serviços de segurança.



As fontes não descartaram que membros de uma tribo opositora estejam por trás do ataque, em resposta ao tratamento que os manifestantes antigovernamentais recebem por parte dos agentes da ordem. Neste momento, em Taiz, onde continuam os enfrentamentos entre os opositores e a polícia, é possível ouvir explosões e disparos.



Drama humano



Em outro ponto do Magreb, corpos de 150 africanos que fugiam da crise na Líbia foram recuperados próximo à costa tunisiana, depois que os barcos que transportavam ilegalmente os refugiados à Europa enfrentaram dificuldades, disseram autoridades da ONU nesta sexta-feira.



– Por enquanto, 150 corpos de refugiados foram encontrados próximo à costa de Kerkennah. As operações de busca continuam – disse à agência inglesa de notícias Reuters Carole Laleve, representante da agência da ONU para refugiados (Acnur), referindo-se à ilha tunisiana.



Os barcos tiveram problemas na quinta-feira, a cerca de 20 km de Kerkennah, ao tentar chegar à Itália, disse a agência tunisiana de notícias TAP. Guardas costeiras e forças militares da Tunísia resgataram 570 pessoas, mas muitos estavam perdidos na água depois que um tumulto para descer dos pequenos barcos de pesca “junto com o mar instável” naufragaram algumas das embarcações, disse uma autoridade tunisiana. No total, cerca de 250 pessoas foram registradas como desaparecidas na quinta-feira, em uma crise que se arrasta há tantos meses quanto no Iêmen.

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Manoel Messias Pereira

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