sábado, 7 de novembro de 2009

Mama Africa


A matriz da raça humana no mundo é africana, a transformação tecnológica inicial é africana, portanto a Africa é o berço da humanidade.
O historiador Joel Rufino, em seu livro "A questão do Negro em Sala de aula", aponta que conclusões de paleontólogos, biológos e geneticistas coincidem num ponto: homo sapiens surgiu com um pequeno grupo de animais na África Oriental (Etiópia e Quênia). O outro ponto é que os próprios egípicios se autodeterminavam "khen" que significa negros. A maioria de seus ancestrais "descderam" durante milhares de anos, de Uganda a oeste e do ponto a leste do Mar Vermelho, empurrados por abruptas mudanças climáticas, como o próprio Saara, que há milhares de anos, fora habitado e fertil.
O traço negróide, marca visivelmente, muitas das famosas esculturas egípcias como dos faraós Tutmes III e Zoses; Djeses (cerca de 2800 a.C) Quéfren (cercade 2600 a.C) e Amenema II (2000 a.C) foram seguramente negros. As principais dinastias como Nubia, eram um País Negro do Médio e Alto Nilo.
A língua egípcia foi a primeira do mundo a ser codificada em escrita, em relação a ideologia, à organização política e arte. È a civilização egípica que mais se aproxima da cultura negra.
Na pesquisa realizada de 1985 a 1995 pela historiadora Elisa Larkin Nascimento, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, num curso de extensão, que contou com o apoio do Instituto de Pesquisa Afro Brasileiro - IPEAFRO e resultou no livro "Sankofa - Matrizes Africanas da Cultura Brasileira", a pesquisadora atribuiu a Grécia o conhecimento filosófico e o princípio científico, mas os negros iam estudar no Egito e fundamentar os seus conhecimentos. Portanto, a engenharia, a arquitetura, a matemática, a medicina são ciências negras, que servem a humanidade.
A primeira revolução tecnológica se deu na África, e para tanto, Elisa Larkin Nascimento cita o processo de transição do extrativismo vegetal e animal para o processo da agricultura e pecuária e, partir daí, inicia-se a construção das cidades. Nas enciclopédias estes acontecimentos estavam localizados no Vale dos rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia, atual Iraque. Porem isto já estava ocorrendo no vale do Rio Nilo, como também na região do Saara, onde a 15(quinze )mil anos já existia a prática da agricultura. Consta ainda nesta obra as lutas dos povos africanos no mundo e na América, e num segundo volume temos a mulher, religiosidade e meio ambiente. Um bom material pra ser incluído nos currilos dos professores.
Em dezembro de 2000, a revista Nature, confirmou que o homem surgiu no Continente africano e pelo menos a 52(cinquenta e dois) mil anos atrás. Para tanto foi sequenciado o DNA completo dos mitocondrias (fabricas de energias das células) de 53 indivíduos de várias regiões do planeta. A equipe de geneticistas UlfGyllensten da Universidade de Uppsala, Suécia, foi quem construiu uma árvore genealógica cuja a raiz se localiza no Continente Africano ao redor de 100 mil ano atrás. Um outro estudo como do geneticista Henrik Kaessmann do Instituto Max Planck de antropologia evolutiva em Leipzig, Alemanha, que também sequenciou DNA mitocondrias, o resultado foi uma árvore genealógica robusta que se perde na África, cerca de 171 (cento e setenta e hum ) anos atrás.
Todos estes estudos com genes, são contestados por pesquisadores ingleses, como Phillip Awadalla da Universidade de Edmburgo e Adam Eyre Walker da Universidade de Brigton que provavelmente não admite uma Eva negra e africana.
A Agencia de noticia Reuters divulgou em janeiro de 2000, que os cientistas australianos, também questionam a origem africana; porque para eles, fosseis encontrados no Lago Mungo, datados de 68 (sessenta e oito) anos atrás não tem ligação com os ancestrais africanos.
Embora alguns crêem que Mama Africa é apenas uma bela composição musical cantada por Chico Cesar, desconhecem portanto, o que a ciência apresenta de que a civilização ocidental, tem origem nos conhecimentos africanos, são conceitos científicos que desfazem as teorias eurocêntricas, comum nas sala de aula.
Manoel Messias Pereira
Professor de Históra
São José do Rio Preto.

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