OUTONO DE NOSSAS VIDAS
É como desfolhar do outono
na palidez cinza
Das tardes tristes de inverno.
... O aconchegante
morno de um cachecol,
Envolto as lembranças e aos desejos
Contidos entre tantos outonos.
Rostos pálidos e frios
Que flutuam entre folhas mortas,
Que levadas pelo vento
Buscam uma cova rasa entre tantas
Já abertas
ao longo das nossas existências!
Rasa demais
para um corpo cansado e longo,
Que ao cair das folhas
entristeceu-se ao sentir gelar
o derradeiro outono
das nossas vidas!
Entristeceu-se,
Vendo sentimentos serem sepultados
Pela longa espera dum verão sonhado
Cujo corpo tinha um bronze dourado
Um calor interno a um outono gelado
Onde a vida finda, findando passado!
http://www.youtube.com/watch?v=8n4Az7b1
Benedito Alberto Vilalva
poeta
São José do Rio Preto
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