terça-feira, 22 de junho de 2010

PURA POESIA

Não aprendi apanhar no outono uma tarde virginal
Não encontrei a organicidade dapétala no sorriso da mucama
Não percebi a puberdade incrustada em cada amnhecer
Por isso não faço poesia
Procuro por causas e efeitos
e deslembro dos defeitos,
dos hiatos
que impulsionam a criação
Sou filho da definição
sudito do porquê
dependente sintomático do juizo.
-Doutor e o tratamento?
Não desintoxicação,
Não há antíodo
Não há haverá
É tarde. Tardíssimo!
A criança que me habitava esvaiu-se no labirinto da certeza
sem descobrir como cobrir o verbo cor.
Não sei fazer poesia
porque cadaverizo os sentimentos
numa página pálida.
Matheus Arcaro
poeta e artista plástico
Ribeirão Preto

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Manoel Messias Pereira

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