domingo, 25 de setembro de 2011

Em busca da razão perdida



Em busca da razão perdida

Jornal do Brasil

Mauro Santayana

O Iluminismo conduziu o mundo, durante o século 19 e a maior parte do século 20. A oposição que sofreu, no início dos oitocentos, com o Romantismo, foi débil, e só se manifestou de forma mais forte nas artes, sobretudo na literatura. Hegel e Marx, nas ideias sociais, ou seja, políticas, são dois dos maiores frutos do século 18. Um se seguiu ao outro, e de seu pensamento surgiram os grandes movimentos revolucionários do século passado. Apesar disso, os resultados mais espetaculares das luzes parecem ter ocorrido na ciência e na tecnologia.



O espírito do mundo moderno é o da ruptura de todos os limites, na investigação do Cosmos, na velocidade das comunicações e dos transportes, na duração da vida.



Galileu tem uma frase inquietante: “Muita prudência, muitas vezes, quer dizer muita loucura”. A razão, sendo o uso da mente para a construção da autonomia, já representa, em si mesma, uma violação da natureza instintiva da espécie: talvez nessa intuição, Chesterton tenha afirmado que “louco é aquele que perdeu tudo, menos a razão” – o que significa entender que a aparente loucura pode também significar muita prudência.





Jornal do Brasil
Copyright © 1995-2011
Todos os direitos reservados

Nenhum comentário:

Postar um comentário

opinião e a liberdade de expressão

Manoel Messias Pereira

Manoel Messias Pereira
perfil

Pesquisar este blog

Seguidores

Arquivo do blog