Longa estrada de ferro
Dando volta pelas colinas
Sobreadas por grandes nuvens
Suas madeiras bem gastas,
Comidas pelo tempo
Lavadas pela chuva
Areias deslizam, pedras rolam.
Uma casa apoiada no barranco,
Solitária e tão perto da vista de Deus,
Feita de pequenos tijolos.
Janelas abertas, pregos expostos
E um grande vazio.
Nas quinas das paredes dobra-se um silêncio,
Anunciando o entardecer.
Helenice Martins Gonçalves Costa
poetisa
São José do Rio Preto-SP
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