quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prefeitura fecha o Novo Lua Nova no Bexiga








Edmilson Costa publicou no grupo Casa da América Latina

Edmilson Costa 7 de Junho de 2012 00:30

Denúncia Pública:

Prefeitura fecha o Novo Lua Nova no Bixiga



Como vem ocorrendo em várias regiões de São Paulo, onde existem espaços culturais de resistência cultural sendo fechados, como o Sarau do Binho, o Sarau Poesia na Brasa, a Prefeitura de São Paulo, através do PSIU fechou dia 21 de maio o tradicional bar Novo Lua Nova, localizado na rua 13 de Maio, no Bixiga, sob a alegação de que o bar está irregular e não possui revestimento acústico.

O espaço cultural Novo Lua Nova é uma tradicional casa de cultura, onde se apresentam show de MPB alternativa, sarau poético, o Clube Caiubi, o Samba Nosso de Cada Dia, com os compositores da Vai, Vai e de outras Escolas de Samba da Cidade, mostra de artes plástica, shows em apoio à causa de Cuba, Palestina e Comissão da Verdade, além da tradicional Feira do MST.

Importante espaço cultural de esquerda, frequentado por todas as correntes políticas progressistas de São Paulo, o bar Novo Lua Nova vem sendo perseguido pelos fiscais da Prefeitura há mais de um ano. Eles alegam que o espaço que lá funcionava anteriormente estava irregular, possuía várias multas e que o Novo Lua Nova é apenas uma fachada do bar anterior, o que é um absurdo uma vez que são CNPJ diferentes, objetivos diferentes e pessoas diferentes.

O bar Novo Lua Nova é dirigido politicamente por uma cooperativa de boêmios, professores, sindicalistas, artistas, músicos, poetas, todos ligados à resistência cultural de esquerda. Seus espaços são decorados com imagens tradicionais da esquerda mundial e brasileira e painéis relativos aos direitos humanos. Trata-se de um espaço sem fins lucrativos, onde os músicos recebem 100% do courvert e os próprios cooperados aportam recursos para manter o bar em funcionamento.

Essa é mais uma ofensiva da prefeitura contra os espaços culturais de resistência, uma vez que existem muitos bares próximos que sequer são visitados pela fiscalização. Em reunião realizada ontem (dia 5 de junho) os cooperados decidiram pedir a solidariedade material e política de todos aqueles que já freqüentaram o Novo Lua Nova, bem como daqueles que estão contra a perseguição dos espaços culturais de resistência em São Paulo. Essa ofensiva do obscurantismo, sob a fachada de uma fiscalização seletiva com objetivos escusos e obscuros, deve parar. A sociedade paulistana deve reagir a mais essa truculência da Prefeitura de São Paulo.



Cooperativa Espaço Cultural Novo Lua Nova







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Manoel Messias Pereira

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