O dia 25 de dezembro

No dia 25 de dezembro de cada ano, reunimos a família, brindamos com um copo de champagnhe, a data maior da cristandade, que é o nascimento de Jesus Cristo.

As pessoas acreditam que o coração do ser humano, fica mais voltada para a caridade, para a esmola, para a piedade e esquece que a celebração, e o pensar do bem estar ao próximo deveria ser um ato contínuo entre os seres humanos.

A história desta data porém inicou-se muito antes do cristianianismo. No ano de 164.aC, celebrava-se a reucperação e purificação do Templo em Jerusalém por Judas Macabeu, depois que fora contaminado por antíoco IV Epifânio. Também é chamada essa celebração de Festa das Luzes, porque começava nesta data ascender uma vela no primeiro dia, no dia 26 duas velas, no dia seguinte três velas e assim sucessivamente até a chegar ascender as 8 velas. Mas em 46.aC, o imperador Julio Cesar definira que oficialmente o soltício de inverno acontece e nesta data, os imperadores romanos decidiram que era uma data sagrada, pois o soltício de inverno sempre foi de esperança.

O Papa Julius I, também chamado de Julius Africanus, escolheu o dia 25 de dezembro como data fixa para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, mas há historiadores que apontam para o dia 7 de abril 6a.C, para o surgimento do Messias. A questão que substitiui um ritual pagão, referente ao soltício de Inverno, por um ritual cristão. E em 138 foi o bispo Telesforo que estabeleceu as atividades da festividade do Natal.

No Oriente nesta data comemorava-se o renascimento do Sol, uma das divindades mais difundida identificada com o rei Mitra, o rei Sol. E a igreja cristã não teve dificuldade em fazer esta solenidade, extremamente popular, visto aos apologistas apresentarem Jesus como o verdadeiro e único sol da salvação.
Já os calendaristas eclesiásticos chegaram a essa forma numerica muito difundida no ambiente judaíco cristão. Jesus morrera com 30 ou 33 anos, na semana da Páscoa hebráica, que teve lugar na primavera: o dia exato variava  entre o 25 de março e o 6 de abril. Dado que o início da vida era pelo momento da concepção e não do parto e o dia da "encarnação", como consta no livro de Ambrógio Doninni, devia ter sido 25 de março ou 6 de abril e o da natividade, naturalmente nove meses depois, a 25 de dezembro ou 6 de janeiro.

Ao buscar apontamentos nos evangelhos, nada diz do calendário da data de nascimento de Jesus, e a contagem baseou-se em calculos de Dionísio, que imaginou-se, tirado do Evangelho de Lucas. Imagine-se que Herodes, morrera  4a.C e este é um dado seguro da história. Enquanto que no Evangelho de Lucasos pastores passam a noite no relento para guardar os rebanhos (II,6), o que fazia pensar na primavera e não no inverno, como dizem alguns estudiosos.

Na liturgia antiguíssima o dia 25 de dezembro não era o nascimento do Messias. Mas o da morte e ressureição do Messias. E os primeiros padres ficavam indecisos e até o século IV, tinham proposto o Natal para as datas de 25 e 28 de março e 2 e 19 de abril.

Somando a essas informações, o dia 25 de dezembro prevaleceu, a outra data foi adaptada para a festa da Epifânia, ou Revelação de Jesus as massas, simbolizadas pelos magos, sacerdotes astrais, que nalguns textos apócrifos são mais de tres chegando a doze, numero dos principais povos da terra sengudo a crença da época, sobre estes dados sobrepuseram muitos outros da fantasias , com a estrela aparecida a oriente, o mito da vaca e do burro e os costumes do presépio que teve início com São Francisco de Assis.  Mas estes são dados que estão cristalizados, na crença e na fé. Mas as informações foram alicerçadas em grande parte, no Livro de Ambrogio Donini, "História do Cristianismo" das Origens a Justiniano. Edições 70.





Manoel Messias Pereira
professor de História