sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

25 de fevereiro de 1986 — A queda do ditador das Filipinas
25/02/2009 - 00:30 | Enviado por: denisedealmeida



Milhares de pessoas comemoraram nas ruas de Manila, capital das Filipinas, a renúncia do presidente Ferdinando Marcos, que estabeleceu no país uma das mais longas e corruptas ditaduras do século 20. Marcos foi acusado de acumular mais de dez bilhões de dólares durante os 21 anos em que ficou no poder. Em boa parte desse período o governo do ditador contou com o apoio dos Estados Unidos.

Marcos pediu garantias para deixar o palácio onde morava e refugiou-se com a família e alguns assessores na base aérea americana de Clark.

O palácio de Malacanang foi invadido e saqueado por uma multidão. Documentos foram jogados pela janela. Retratos de Marcos e de Imelda, sua mulher, foram arrancados das paredes e queimados. A ex-primeira-dama, vencedora de um concurso de beleza nas Filipinas, ficou conhecida por sua grande coleção de sapatos, estimada em mais de 3 mil pares.

Marcos chegou a ser empossado para um novo mandato como vencedor de eleições fraudadas., mas foi destituído do cargo. Com a queda do ditador, Corazón Aquino assumiu a presidência. Corazón é viúva do lider da oposição Benigno Aquino assassinado em 1993. Muitos choraram ao ouvir pelos alto-falantes a cerimônia de posse da nova chefe da nação. A nova presidente enfrentou, em sua gestão, várias tentativas de golpe organizadas por partidários de Marcos.

Pobreza e repressão violenta
Durante seu primeiro mandato, Ferdinando Marcos governou democraticamente e a economia do país cresceu. Já o segundo mandato foi marcado pelo autoritarismo. A pobreza e a criminalidade também aumentaram nas Filipinas. A oposição protestava e crescia o movimento de guerrilha.

Em 1972, a pretexto de combater a luta armada, o ditador decretou estado de sítio e suspendeu a constituição. No ano seguinte aprovou uma nova constituição e se reelegeu. A partir daí, a repressão aos opositores tornou-se violenta e milhares de pessoas foram torturadas e mortas.
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Manoel Messias Pereira

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