domingo, 20 de fevereiro de 2011

Palestinos protestam em Ramala pelo veto dos Estados Unidos na ONU





Milhares de palestinos protestam em Ramala pelo veto dos EUA na ONU
20/02/2011
Fonte: YAHOO Notícias

Ramala (Cisjordânia), 20 fev (EFE).- Cerca de 3 mil palestinos protestaram neste domingo na cidade cisjordaniana de Ramala pelo veto dos Estados Unidos na sexta-feira a resolução no Conselho de Segurança da ONU contra a colonização judaica. "EUA são parciais", "Não podemos negociar com os EUA" e "A ANP (Autoridade Nacional Palestina) não deve continuar as negociações" foram alguns dos slogans de cartazes carregados pelos manifestantes, concentrados em uma praça central. O protesto foi organizado pelo movimento Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas. Neste domingo, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, criticou o veto americano durante visita em um povoado ao norte da Cisjordânia. Na sexta-feira, Washington freou uma resolução, apoiada por 130 países, que condenava à contínua ampliação israelense dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos e que obteve o "sim" dos outros 14 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na véspera, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, garantiu que a solidão dos EUA em sua rejeição à proposta representa uma "vitória" da diplomacia, embora matizou que não pretende "boicotar" à Administração de Barack Obama, mediadora nas paralisadas negociações de paz entre israelenses e palestinos. Washington havia tentado - incluindo duas ligações de Obama ao presidente Abbas - que os palestinos retirassem a proposta de resolução para evitarem o isolado no veto a uma medida com amplo apoio. Por sua vez, o movimento islamita Hamas, que governa na Faixa de Gaza, garantiu que o veto "revela a realidade do claro apoio dos EUA" às ações de Israel contra o povo palestino. Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta manhã sua satisfação pelo apoio americano e ressaltou seu compromisso com o diálogo de paz com os palestinos, estagnado desde setembro. "Israel agradece profundamente esta decisão e seguimos comprometidos em avançar a paz tanto com nossos vizinhos na região com os palestinos", assinalou ao início do conselho semanal de ministros. De acordo com Netanyahu, "a decisão americana deixa claro que a única via para paz é a da negociação direta e não as ações nos organismos internacionais, que estão desenhadas para evitar as negociações diretas". EFE







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Manoel Messias Pereira

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