Forças militares do Governo reforçam posições em Sanaa para travar o avanço dos combatentes leais a um poderoso líder tribal
Fotografia: Reuters
A intensificação dos violentos confrontos entre rebeldes ligados a líderes tribais e forças do governo do Iémen provocou ontem o encerramento do aeroporto da capital do país, Sanaa. Apesar de os protestos contra o Presidente terem sido na sua maior parte pacíficos, analistas temem que os recentes confrontos entre combatentes tribais e forças do governo levem o país a uma guerra civil.
Centenas de combatentes leais ao xeque Sadeq al-Ahmar, líder do poderoso clã tribal Hashid, marcham em direção à capital. Segundo relatos, um grupo de rebeldes entrou ontem em choque com tropas do governo na periferia norte da cidade.
Pelo menos 39 pessoas foram mortas em Sanaa na quarta-feira, após a violação de um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes no fim-de-semana. Segundo correspondentes de imprensa em Sanaa, fortes explosões foram ouvidas na cidade durante a madrugada e manhã de ontem.
Também há relatos de confrontos na cidade de Taiz, onde 50 pessoas foram mortas desde domingo, segundo as Nações Unidas.
O Presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh, resiste desde o início do ano a grandes protestos populares que pedem a sua renúncia. Na semana passada, Ali Abdullah Saleh recusou-se a assinar um acordo, mediado por países do golfo Pérsico, que previa a sua saída do poder no prazo de um mês.
Na terça-feira, o governo norte-americano pediu a Ali Abdullah Saleh que ajude a “levar a República do Iémen para a frente” e assine o acordo mediado pelo Conselho de Cooperação do Golfo, que prevê que transfira o poder ao seu vice em troca de uma amnistia contra eventuais processos-crime.
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