domingo, 1 de novembro de 2009

Olhos para o Brasil

Penso que nascemos sentindo o cheiro do café, ouvindo pelas manhãs o canto do galo no quintal, nos domingos ouvindo o repicar da viola, entre toadas e chulas, vendo e ouvindo as estorias de pescadores que sempre busca o melhor peixe nos rios e isto tudo já faz parte de nossa cultura.


O jeito do Brasil é essa relação entre a literatura e a realidade. dizem que o romantismo enraiza nas tradições e implanta uma revolução de conceitos. Todos os brasileiros são bons prosadores e usam a língua portuguesa com desdenho e pronunciam as palavras carinhosamente erradas, assim fósforo vira forfe, mulher vira muié, trabalhar vira trabaiá, e há quem faz desta conversa o chamado caipira. E isto é bão de mais da conta.


Porém temos o interior urbanizado, o nosso sertão tem hoje, luz elétrica, estradas pavimentadas, canais de televisão pagos, produção mecanizada, administração informatizada.


A população toda está geográficamente vivendo nas cidades, que tem uma infra-estrutura europeizada, com valores estabelecidos provido do Velho Mundo, sua elite branca pensante, com suas universidades, clássicas, suas cantigas misturando rock and roll com gírias, breguices e batuques.


E os batuques são as ternas interferências dos seres que vieram dos terreiros, das senzalas, dos lares pobres, que hoje vivem nos arrebaldes, com suas poesias, seus versos martelados políticos e sociais, colocando o grito de dor estridentes e aguerrido, graças aos baixos sa´larios implementados pelos patrões brancos, que falam da violência mas estão impotentes em resolver, pois a melhorias das condições sociais necessitam de investimentos e esta elite política excludente não tem coragem pra pensar,e assim vivemos na amargura do viver. E o abandono dos brasileiros por parte dos governantes refletem hoje nas escolas, que vivem na espera de um sonho utópico de melhor educação, mas o Brasil é um país que já instituiu aos seus filhos doutorados de fila, seja na saude, educação, cultura, e assim por diante. Ao povo só migalha. E muitas vezes o povo da força de trabalho fica desempregado ai, há um Deus que nos acuda.


é preciso pensar e ter este país nas mãos, melhorar a assistência pública, a saude , a educação. Olhar além da televisão, relacionar-se numa espécie de diálogo consciente, em que a bipolaridade de viver e contradizer o existir faça parte de cada um de nós, como nos movimentos descritos pra criança, eticamente sociabilidade e responsabilidade entendendo que é precisamos de um futuro melhor.

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Manoel Messias Pereira

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