segunda-feira, 11 de julho de 2011

Manifestante sairam as ruas no Marrocos desejando mudanças políticas







Milhares de manifestantes pedem democracia no Marrocos



Fonte: Hora de Santa Catarina



Milhares de pessoas, entre elas islamitas, manifestaram-se neste domingo em Casablanca e Rabat, atendendo a convocação do Movimento 20 de fevereiro, que reivindica mudanças políticas e mais justiça social no Marrocos. Em Casablanca, no bairro popular de Ulfa, mais de 8 mil pessoas gritavam slogans hostis à classe política marroquina, exigindo "menos corrupção e uma divisão equitativa das riquezas". O Movimento 20 de fevereiro, nascido depois das revoltas no mundo árabe no início do ano, reune, além dos islamitas da Justiça e Caridade, um importante movimento ilegal, mas tolerado, assim como "ciber-militantes" independentes e militantes de esquerda. "Não à acumulação da fortuna e do poder", "a soberania para o povo", "queremos mais igualdade", gritavam os manifestantes em Casablanca, vigiados por um importante aparato policial. Em Rabat, a capital do reino, mais de 1 mil pessoas, entre elas islamitas, protestaram na praça Bab El Had, no centro. Um dos fundadores do Movimento 20 de fevereiro, Usama el Khlifi, foi levado a um hospital depois de ser ferido por um agente das forças de segurança durante a manifestação em Rabat. Várias dezenas de opositores aos manifestantes, levando bandeiras e retratos do rei Mohammed VI, protestaram também, sem incidentes. Em Tânger, no norte, milhares de pessoas protestaram pacificamente no bairro de Beni Makada, também por mais democracia e melhores condições de vida. Os protestos ocorrem dez dias depois de um referendo popular sobre uma reforma constitucional proposta pelo rei e adotada por mais de 98% dos marroquinos. O Movimento 20 de fevereiro tinha conclamado um boicote, assim como três pequenos partidos de esquerda e os sindicatos. A nova Constituição reforça os poderes do premier e do parlamento, mas preserva a preeminência política e religiosa do monarca. Também prevê reformas que reforçam o Estado de Direito e a independência da Justiça.















©UN
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Manoel Messias Pereira

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