terça-feira, 8 de setembro de 2009

Há Preconceito nas passarelas

A modelo inglesa Naomi Campbell, hoje com 39 anos, e uma das mulheres mais linda do Planeta, conhecida nas passarelas, afirmou que com a crise os anunciantes estão deixando de usar modelos negras em suas campanhas. "As pessoas, em pânico por causa de recessão, não arriscam colocar uma garota de cor na sua campanha".Conforme o Jornal Telegraph.
E esse assunto também foi retratado pela Folha de São Paulo, aqui no Brasil. Vale informar que houve uma mobilização, para que os anunciantes, publicitarios pudesse ter a coragem e o respeito pelo profissional de cor negra.
E isto é que chamo a atenção dosPartidos políticos de esquerda que fica numa discussão absurda, acreditando que não há diferenças entre o profissional negro e o branco, mas há e evidente que é por questão do mercado. Afinal quem compra é geralmente quem possui maior poder aquisitivo e evidente que pertence a etnias provindas do Ocidente europeu. Mas o pior é que o preconceito é um fato. Que tem por tras a discriminação, que tem no seu bojo o racismo, o ódio, muito bem instalado na sociedade brasileira e evidentemente mundial.
E isto remonta todas as teses de sociologia, que alicerça a chamada política do branqueamento, que só teve uma discussão melhor aprofundada com o livro "Casa Grande e Senzala", que mostra bem a hipocrisia do senhor de engenho para com os seus escravos. Ou seja estes trabalhadores não era considerado gente.Inclusive a igreja dizia que eram seres sem alma.
O livro de Gilberto Freire, faz surgir outros pensadores, que buscam trazer a idéia da cultura de um povo, daí surge "os defensores do socialismo moreno" como Darci Ribeiro, Abdias do Nascimento , evidentemente cada qual com suas diferenças proporcionais ao tema. Mas ambos entendendo que é preciso afirmar, a idéia da cultura. E ter com isto a visibilidade social.
Florestan Fernandes com o seu livro "O negro no mundo dos brancos", ele trabalha a questão economica e demonstra, como há uma hierarquia que separa o homen branco, da mulher branca, o homen negro da mulher negra. E assim um mesmo trabalho, feito por estes elementos, seguem pagamentos desiguais.
Creio que as diferenças precisam ser sanadas independentes do regime que vivemos. E lembro que no Leste tivemos um processo de socialismo vigente, porém as questão etnicas permaneceram como um câncer social. e portanto defendemos sim uma política, de respeito aos tratamentos desiguais, para atingir o processo de igualdade de oportunidade. Pois o mundo é dialético e esta luta está no centro do debate.

Manoel Messias Pereira

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