Depois da chuva
surge a poesia da ruptura
onde só havia areia
a semente germina
em plena aventura.
Como nós sociedade doente
em pleno estágio de transtorno e loucura,
mesmos envenenados pelos pesticidas dos agricultores
queremos ser flores
mesmos violentados pela ditadura da burguesia
queremos resistir e manter nossa antropofagia
comemos carnes e produtos industrializados
construimos nosso câncer
consumimos remédios
que curam, mas também matam-nos
Somos andrôginos em estágios
surreais e a demais
o surrealismo nasceu no campo de batalha
veja o cubismo de Picasso.
E desculpem nossa falta de tratamentos
psíquicos.
Ainda estamos em estágios primários
somos da infantilidade como canto
de prazer e de luta
mas, observamos,
a poesia da ruptura
depois da chuva
onde só havia
areia
uma semente aventura-se.
Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto-SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
opinião e a liberdade de expressão