quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quem paga o pato pela crise?

Análise Conjuntural

Gustavo Henrique


As várias faces que assume o capital talvez seja a maior arma do imperialismo e seus abutres neoliberais, a conciliação no discurso capitalista conseguem escrever certo por linhas tortas.

Os neoliberais espalham aos quatro cantos a liberdade de comércio, a democracia sob o signo do dinheiro e transformaram o Estado em mero financiador nas aventuras fianceiras dos grandes empresários e seus carteis.

E é deste aparelho ideológico e suas contradições que parte as inquietações dos trabalhadores e todos aqueles que sentem na prórpia pele as discrepâncias de um mundo dirigido pelos interesses econômicos e especulações financeiras.

Porém, na segunda metade do ano de 2009, em pleno turbilhão da crise financeira especulativa estadunidense, que por imposições imperialistas se tornou internacional, deu motivo pra que muitos dos chamados " especialistas econômicos e financeiros" dessem suas opiniões sempre frias e a favor da ordem do capital, essas teorias recentemente deram espaço para que a Europa, governos e empresários discutissem a redução de dreitos trabalhistas e benefícios sociais com a redução da aposentadoria, o fim do seguro desemprego e redução salarial, forçando os trabalhadores europeus a se organizarem e coordenarem greves na França, Espanha, Portugal, além de manifestações por todo o velho continente que orgulha cada vez mais na crise sistêmica que se arrasta até os dias de hoje.

Aqui no Brasil, onde a crise econômica encontro refúgio temporário, o chamdo relativismo econômico citado acima trouxe a tona a forma como pensam os tecnicos do capital que se recusam a enxergar além do número e estatísiticas.

Tanto o governo quanto os economistas e alguns veiculos de informações fazem questões de minimizar os efeitos da crise, pelos mais variados motivos, mas todos pautados na garantia da ordem capitalista. Dizem que as crises cíclicas do capitalismo tem efeitos imunológicos e age como uma espécie de vacina, reafirmando as instituições, superando as deficiências e patrocinando os esforços para a superação destas crises. Mas sabemos que no âmago de nossa sociedade essas indefinições econômicas garante apenas direitos voláteis de consumo, parcelamentos de dívida e taxação de juros e que assim que banqueiros, empresários e especuladores se sentirem novamente ameaçados essas concessões serão prontamente suprimidas, assim como os direitos conquistados pelos trabalhadores, a exemplo do que está ocorrendo na Europa com os pacotes econômicos sugeridos pelos governos para a superação da crise, penalizando o trabalhador pelas contradições capitalistas. Não estamos longe desta realidade.

E é  daí que surgem nossas indagações, de uma análise simples e direta do cenário político - econômico que se faz hoje no Brasil.

Que se sacrifica para reafirmar esses entraves entre os capitalistas e seus interesses pessoais?
Por que se criam fundos monetários de ajudas a grandes empresas, distribuindo montantes em milhões de dolares aos empresários, e os problemas como os da educação e de saúde simplesmente parecerem ignorados?
Nascemos com a crise, crescemos com a crise e estamos ficando velhos com crise e por que temos que arcar com os desmandos de um grupo de senhores que jogam com as nossas vidas como se fossem fichas de cassino, apostando o que é nosso e como se não fosse o bastante, aparelham a máquina pública e os governos para que prevaleçam sempre, suas vontades, criando fundos milionários para socorrerem suas grandes empresas, enquanto para os trabalhadores, verdadeiros sustentadores da sociedade, sem acesso a educação, saude e recursos tecnológicos, sobram apenas regulações nos juros e concessões no consumo.

É preciso que nós trabalhadores tenhamos ciência da urgência de nossa lutas e organizemos nossas atuações a fim de garantir nossos direitos e avançar nas conquistas e podemos enfim levar uma vida justa e plena, para todos os trabalhadores e trabalhadoras do mundo, sem ter que pagar pelos doméritos dos capitalistas.

SEM LUTA E ORGANIZAÇÃO NÃO HAVERÁ CONQUIST, NENHUM DIREITO A MENOS AOS TRABALHADORES. AVANÇAR NA LUTA!.

Gustavo Henrique é professor de História e filosofia da Rede Pública Estadual de São Paulo - Militante do PCB

Unidade Sindical -Construindo a Intersindical.

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Manoel Messias Pereira

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