Quando sentamos com os colegas professores no nosso dia a dia na escola, podemos perceber como o ambiente escolar tem se tornado um lugar tenso, onde frustração toma o lugar do bem estar, que deveria ser nossa condição primeira, mas não é.
O que tem contribuído para isso sem sombra de dúvida é perceber que nossa profissão tem se transformado num espaço para o burocratismo (prencher papeis e mostrar o resultado numérico, pois a meritocracia é isso , resultado)
Além disso, vem sendo noticiado costumeiramente como o ambiente escolar tem sido alvo da violência externa e também interna. Logo isso estourar naquele que mais parece um muro de arrimo que tem de suportar as pressões que a escola tem produzido como resultado de políticas sufocadoras destes governos que estão aí.
A imprensa tem dito que os profissionais da educação só perdem em numero de afastamento para os agentes penitênciários, e que a cada ano esse numero tem aumentado, pois as patologias psicológicas tem sido o alvo principal dos afastamentos dos docentes e daqueles que lidam diretamente com as tensões escolares.
Quando os profissionais da educção vão recorrer aos hospitais que são responsáveis por auxiliá-los, o que vemos é um total abandono dos hospitais que tem a obrigação de tratar a saúde dos trabalhadores, pois os mesmos são sustentados com contribuição tanto direta dos servidores, como da contribuição da população via imposto. Essa tem sido a açãocriminosa do poder público para com a saúde dos trabalhadores, trata a saúde como uma mercadoria e isso não podemos aceitar.
Os convênios são ótimos, desde que não adoeçamos, pois eles criam enormes dificuldades para prestar atendimento, sobretudo quando se trata de enfermidades mais complicadas, mas cobram caro.
O que propomos é que os sindicatos dos trabalhadores se unam e façam campanha sistemática, cotidiana em defesa da saúde pública para aqueles que mais precisam dela, não podemos aceitar esse descaso que o poder público tem nos imposto. Os profissionais da educação não podem ser tratados como recursos humanos, mas como sêsres humanos que deve ter seu direito a saúde preservado.
Arnaldo Guedes
Professor das redes municipal(São Paulo) e Estadual (São Paulo)
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