quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Festival de Cinema de Brasília 2011

Quinta feira, 06 de outubro de 2011 Edição nº 13129 05/10/2011














Meu País e Hoje faturam



Ao longo de seis dias, mais de 26 mil pessoas assistiram as sessões de filmes do Festival de Brasília. Premiados foram divulgados na 2ª



Da Editoria



Os longas-metragens “Meu País” e “Hoje” foram consagrados no 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, encerrado na segunda-feira a noite. Foram seis prêmios para cada um. Considerando todas as mostras, que aconteceram dentro do Plano Piloto e nas cidades satélites, a organização do evento calculou um público estimado em mais de 26 mil pessoas acompanhando o Festival durante os seis dias da mostra competitiva.



“Meu País” saiu com cinco prêmios oficiais e o Prêmio Vagalume, conferido por integrantes do Projeto Cinema para Cegos, da Secretaria de Cultura do DF. Ficaram para o filme de André Ristum os prêmios de Melhor Montagem, para Paulo Sacramento; Melhor Trilha Sonora, para Patrick de Jongh; Melhor Ator, para Rodrigo Santoro; Melhor Diretor, para André Ristum; e o Melhor Filme do Júri Popular. Depois de subir ao palco seguidas vezes, no momento em que estava nas mãos com o Candango de Direção, Ristum confessou: “Não tenho palavras. Essa sensação aqui é incrível. Este é o prêmio mais importante da minha vida. Este é o festival mais importante do cinema brasileiro”.



“Hoje”, de Tata Amaral, também conquistou o Juri Oficial do evento e o Troféu da Crítica para longa-metragem. Levou ao todo seis prêmios. Dentre os oficiais, ficou com os de Melhor Filme, Melhor Atriz para Denise Fraga, Melhor Roteiro (para o trio Jean-Claude Bernardet, Rubens Rewald e Felipe Sholl), Melhor Fotografia (Jacob Solitrenick) e Melhor Direção de Arte (Vera Hamburguer). Ao comentar o prêmio de Melhor Filme, no valor de R$ 250 mil, Tata afirmou: “Esse é um prêmio efetivo, que permite que o filme seja lançado. Com este prêmio, o filme vai poder chegar ao mercado”, afirmou. E prometeu: “Nós vamos usar todas as nossas forças para fazer esta história chegar a todos os brasileiros”.



A cerimônia de premiação foi marcada por vários discursos emocionados e também por protestos da classe cinematográfica brasiliense. O ator Rodrigo Santoro, de “Meu País”, estava visivelmente emocionado ao receber o Prêmio de Melhor Ator. “O reconhecimento no Festival de Brasília tem um valor simbólico e incomensurável”, confessou. “Ter tido o meu trabalho reconhecido aqui, com Bicho de 7 Cabeças, foi importante para o trajeto da minha carreira. Meu País fala do país que está dentro da gente e eu queria dedicar este prêmio ao meu pai”.



Tremendo muito, Denise Fraga, protagonista de “Hoje”, revelou que, ao prever que ficaria gaga se tivesse que subir e falar em público, escreveu seus agradecimentos. “Este prêmio me deixa especialmente feliz. Estou sentindo um orgulho muito grande de estar na terra do cinema, pisando neste palco cheio de bicho de cinema”, disse. E dirigindo-se a Tata, agradeceu: “As pessoas costumam gostar de segmentar os gêneros. Um ator não pode fazer comédia e drama ao mesmo tempo. Por isso, agradeço a Tata que confiou em mim, que sempre fui identificada como atriz cômica”.



A cerimônia viveu um de seus momentos mais especiais quando foi anunciado o Prêmio de Melhor Som para o filme “As Hiper Mulheres”. O filme enfoca a batalha de índias de uma aldeia do Xingu, em Mato Grosso, pela perpetuação de suas tradições. Takumã Kuikuro, o cacique Kuikuro e outros integrantes da equipe, incluindo índias com seus filhos no colo, fizeram uma festa, com direito a dança e tudo mais. “Agradeço ao meu povo, que trabalhou comigo, ao cacique que está aqui, às cantoras que trabalharam muito. É uma honra estar aqui”. E o cacique complementou: “Nós somos brasileiros em primeiro lugar. O filme serve para todos vocês conhecerem melhor as nossas tradições. Nós fomos a Nova York e lá não tem mais indígena. Está tudo morto. No Brasil, estamos vivos!”



“Rock Brasília - era de ouro”, de Vladimir Carvalho, recebeu o Prêmio Saruê, conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense. “Estou vivendo uma duplícima emoção” - disse Vladimir. “Por ter esta orquestra aqui tocando ao vivo, por ter visto a retrospectiva do festival na tela e por ter recebido este Prêmio Saruê, que tem nome inspirado no meu filme (O País de São Saruê)”.



CONVITE



A convite da Oi, uma das patrocinadoras do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a editoria deste caderno acompanhou o festival ao longo dos últimos sábado e domingo. Oportunidade para conferir as razões que tornam o evento o mais importante do audiovisual brasileiro. (com assessoria)







PRÊMIOS



FILME DE LONGA METRAGEM







Melhor filme - R$ 250.000,00



Filme: “Hoje”, de Tata Amaral







Melhor direção - R$ 20.000,00



André Ristum por Meu País







Melhor ator - R$ 5.000,00



Rodrigo Santoro por “Meu País”







Melhor atriz - R$ 5.000,00



Denise Fraga por “Hoje”







Melhor ator coadjuvante - R$ 3.000,00



Ramon Vane por “O homem que não dormia”







Melhor atriz coadjuvante - R$ 3.000,00



Gilda Nomacce por “Trabalhar cansa”







Melhor roteiro - R$ 5.000,00



Jean-Claude Bernardet, Rubens Rewald, Filipe Sholl por “Hoje”







Melhor fotografia - R$ 5.000,00



Jacob Solitrenick por “Hoje”







Melhor direção de arte - R$ 5.000,00



Vera Hamburger por “Hoje”







Melhor trilha sonora - R$ 5.000,00



Patrick de Jongh por “Meu País”











Melhor som - R$ 5.000,00



Mahajugi Kuikuro, Munai Kuikuro e Takumã Kuikuro pela captação de som direto de “As Hiper Mulheres”







Melhor montagem - R$ 5.000,00



Paulo Sacramento por “Meu país”







Confira a relação completa dos premiados no link http://www.festbrasilia.com.br/noticiasver/premiao-consagra-meu-pas-e-hoje















Diário de Cuiabá © 2009

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Manoel Messias Pereira

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